INSTITUCIONAL Data de Publicação: 06 mar 2024 12:32 Data de Atualização: 08 mar 2024 11:29
Momento do juramento do curso técnico em Teatro
Jennyelli e Laysla: esperança de viver profissionalmente na área
Formados nos cursos concomitantes em Eletroeletrônica, Mecânica e Teatro
Juramento dos cursos técnicos em Mecânica (em Libras) e Eletroeletrônica
Turma do técnico integrado em Eletroeletrônica
Turma do técnico integrado em Mecânica
O sábado 1º de março de 2024 foi de comemoração para o Câmpus Joinville, que realizou três cerimônias de formatura de cinco cursos técnicos: integrado em Eletroeletrônica, de manhã; integrado em Mecânica, à tarde; e técnicos concomitantes em Eletroeletrônica, Mecânica e Teatro, à noite.
De Teatro, foi a primeira turma a se formar. O curso teve início em 2020, mas por causa da pandemia de Covid-19, as aulas práticas só retornaram em 2022, junto com o ingresso de novos alunos, formando uma turma única.
Jennyelli Victoria Carlos é uma das remanescentes da primeira turma e não se arrepende de ter ficado no curso até o final. “Foi difícil esperar de 2020 até 2022, mas, foi gratificante fazer parte desta turma. O caminho de dificuldades foi também o de aprendizagem e evolução”, conta Jennyelli, que quer continuar estudando na área para ser professora de Artes.
Laysla Hendrew Schulze de Lima ingressou em 2022 e encarou o desafio de fazer parte de uma turma bem diversificada. “Foi desafiador, porque tínhamos opiniões diferentes. Mas, aprendemos a trabalhar em equipe, ensaiamos bastante e apresentamos muitas peças. As aulas foram como presentes para nós”, elogia a técnica em Teatro e caloura do curso de Cinema, na Universidade Estadual do Paraná (Unespar).
Juntas com Amanda Hornig Pereira, Elaine Regina Albrecht Wolff, Isabela Ochôa da Luz, Isadora Gonçalves Schiavini, Leticia da Silveira Silva, Maria Eduarda Klitzke Gomes, Maria Luíza Carvalho Mesquita e demais alunos que não participaram da cerimônia de formatura, elas trabalharam em nove peças durante o curso: Dois perdidos numa noite suja; Última instância; O Enterro; 1/3 de Divorciadas; Papo-calcinha; Luz nas trevas; Quantos filhos Natalina teve?; Augusto jantar; e As tias da gente.
Em seu discurso, o coordenador e paraninfo da turma, professor Samuel Kuhn, elogiou a coragem das alunas por terem escolhido a arte como profissão. “É fora do comum porque é difícil a sociedade reconhecer o trabalho artístico como uma escolha profissional. E a escolha de um curso técnico passa por uma escolha profissional. É evidente que essa escolha pode mudar, outros interesses podem chegar, mas essa escolha pode também se ampliar, partindo para um curso universitário na área do teatro, do cinema etc.”
Atualmente, a oferta do curso técnico concomitante em Teatro está suspensa para revisão do Projeto Pedagógico do Curso (PPC).
Emoção e inclusão
Da entrada dos formandos no auditório até o encerramento oficial da cerimônia, todas as formaturas são um misto de protocolo e emoção. “A formatura é a certeza que o esforço institucional valeu a pena para que os alunos realizassem seus sonhos”, discursou a chefe do departamento de Administração de Pessoal da Diretoria de Gestão de Pessoas do IFSC e representante da reitoria nas formaturas de sábado, Josiane Lima dos Santos. Dirigindo-se aos novos profissionais formados pelo IFSC, ela aproveitou para lembrar que não existe lista padrão de sucesso: “sua história é única. Ignore comparações”.
Falando em Libras, Cleverson da Silva foi o juramentista e orador da turma do concomitante em Mecânica. Primeiro aluno surdo a concluir um curso no Câmpus Joinville, Cleverson falou das dificuldades com as aulas on-line durante o período da pandemia e com a falta de intérprete no início do curso. Mas, principalmente, da falta de comunicação com os demais alunos e servidores ouvintes. “Aprendam Libras. Conheçam a cultura surda”, pediu.
Apesar dos desafios, Cleverson reconhece o esforço institucional e, principalmente, seu próprio empenho para sua permanência no curso. “Nunca desisti, porque eu queria aprender, me formar. Cada disciplina apresentada ajudou a abrir minha mente. Mudei como pessoa e como profissional. Estou muito feliz.”
Para o diretor-geral do Câmpus Joinville, Maick da Silveira Viana, cada formatura é momento de reforçar a ligação entre o IFSC, a comunidade e egressos. “Só teremos uma nação desenvolvida economicamente e justa socialmente com educação pública, gratuita e de qualidade. Por isso, queremos que a defendam, assim como a defendemos e trabalhamos para fazer isso acontecer”.
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