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Pesquisa reaproveita o bagaço de cana-de-açúcar e amido da casca da batata para fabricação de papel

PESQUISA Data de Publicação: 20 set 2018 11:00 Data de Atualização: 20 set 2018 14:36

O descarte incorreto de resíduos é um agravante para os problemas ambientais, porém algumas pesquisas vem propondo uma solução mais sustentável. Um exemplo disso é o trabalho “Fabricação de papel utilizando celulose extraída do bagaço de cana-de-açúcar com adição de amido extraído da casca de batata como aditivo” da aluna Danielle Vitória Dias do curso técnico integrado em Química do Câmpus Jaraguá do Sul (Centro)

A pesquisa mostra a abundância de resíduos descartados anualmente do bagaço da cana-de-açúcar, que atinge 90,66 milhões de toneladas, e das cascas da batata que chegam a 300 mil toneladas. A forma como esses resíduos se decompõem afetam os recursos naturais e colaboram na poluição do solo, ar e água. 

O objetivo do trabalho foi extrair a celulose - polissacarídeo presente na parede celular das plantas - do bagaço de cana-de-açúcar, rejeito significativo na fabricação de papel, pelo método de Soxhlet (promove a interação dos solventes adicionados, hexano e álcool etílico), que reage com os lipídeos e carboidratos. Após evaporados e condensados, é obtida a celulose. A comprovação do material acontece por espectrometria de infravermelho, que analisa suas peculiaridades.

Para a extração do amido, foram lavadas as cascas da batata, trituradas em água gelada e coadas. O líquido fica 48 horas em processo de decantação (separação de misturas heterogêneas). Em seguida o material obtido vai para uma estufa a 40º C por 90 minutos. 

O teste realizado com o amido e a celulose em mistura homogênea, apresentou maior resistência da folha de papel, comparado ao sem adição do material. 

Para Danielle esse trabalho é uma forma de reaproveitar um material que seria descartado. “A formação desse papel requer menos processos que a original, com uso da madeira, e ainda é uma proposta que vem de encontro à sustentabilidade”, explica.

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