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Cineclube Ó Lhó Lhó completa quatro anos com Cineclubinho e ciclo especial

EXTENSÃO Data de Publicação: 15 out 2018 16:55 Data de Atualização: 15 out 2018 17:00

O Cineclube ´Ó Lhó Lhó completa quatro anos este mês com um ciclo especial e com a realização da segunda edição do Cineclubinho – exibição de filmes para crianças de escolas da Grande Florianópolis.

As comemorações começaram com o lançamento do ciclo “Faça Você Mesmo”, juntando a temática do aniversário com o tema das eleições. A escolha dos filmes já costuma ser bastante discutida, mas, para esse ciclo em especial, cada pessoa pode levar um filme ou falar com a organização sobre qual filme gostaria de ver. No dia da sessão, cada um conta sobre a sua sugestão e é realizada uma votação sobre qual vai ser exibido.

No dia 9 de outubro, a equipe do Ó Lhó Lhó levou a exibição de filmes infantis para a creche São Francisco de Assis, na Trindade, dentro da ação chamada de Cineclubinho. “O Cineclubinho surgiu a partir da ideia de exibir filmes infantis e debatê-los com as crianças. A primeira exibição foi no auditório do câmpus, ano passado. Por meio de contatos, recebemos a sugestão de exibir na creche São Francisco de Assis e eles nos receberam de braços abertos” conta Gabriel Nunes, um dos integrantes do Cineclube. A apresentação foi feita para crianças de dois a seis anos, aproveitando a deixa do Dia das Crianças. Em seguida, os alunos foram incentivados a dar suas opiniões sobre o filme – apesar da idade, um dos motes do Ó Lhó Lhó é exatamente a discussão sobre o que é exibido, e o debate pós-filme é feito desde a criação do grupo.

Cineclube Ó Lhó Lhó 

O grupo é formado por servidores, alunos, ex-alunos e a comunidade externa. A participação é voluntária e as responsabilidades e tarefas são divididas. Todos os filmes exibidos são eleitos democraticamente pelos membros do grupo, dentro de uma temática escolhida a cada mês, os chamados 'ciclos'. Os temas e gêneros são variados e, antes de cada sessão começar, a ficha técnica e uma sinopse do filme são apresentadas para o público, para despertar o interesse no debate – que sempre é acompanhado de uma boa pipoca.

“A nossa intenção é sempre ter pipoca na sessão. Tem toda essa questão de se alimentar não somente da arte, mas também desse alimento que é tão associado com o cinema. As contribuições para a pipoca são espontâneas. E nunca nos faltou nem milho, nem óleo, nem sal e nem gás. Sempre tivemos condições de ofertar pipoca gratuita para todos” conta a professora Gizely Cesconetto, cofundadora do cineclube.

Este ano a organização vai produzir camisetas, bótons e adesivos com a intenção de consolidar a identidade visual do cineclube. Há dois anos, os cartazes que anunciavam os ciclos de filmes passaram por uma repaginada. O responsável foi o programador visual Rafael Gonzaga, da Assessoria de Comunicação e Marketing do Câmpus Florianópolis. 

“A identidade visual do cineclube hoje é muito mais legível. Não sabemos se a pessoa que aparece pescando é um homem ou uma mulher. É um ser que pode ser todos nós. Não tem cor nem gênero. É um indivíduo que está ali pescando almas para assistir filmes. Por meio dessas obras, a gente consegue se pensar e se repensar” explica Gizely. 

Na hora da escolha dos filmes, os não-comerciais e os que não são norte-americanos costumam ser prioridade. “Gostamos de priorizar outras nacionalidades, outras narrativas, outras formas de contar histórias e identificar a linguagem do cinema. Para entender que nada está ali por acaso. Essas histórias estão sendo contadas por uma equipe que fez pesquisas, que tem uma intenção ao disponibilizar essas imagens para um grande público. O cinema, diferente de outras artes, tem esse poder de circulação, de difusão muito grande” completa. 

Gizely também destaca a importância dos cineclubes nas escolas e na comunidade. “O cineclube é um lugar de resistência, porque ele é coletivo. Ele precisa estar olho no olho, cara a cara. Você colocando suas reflexões diante do outro e ponderando outras reflexões com respeito. É um ato de resistência diante de um mundo que nos distancia, nos leva para longe do contato humano”.

O Cineclube Ó Lhó Lhó é realizado toda sexta-feira, às 18h no Laboratório de Artes Visuais. A entrada é livre e gratuita, sendo que quem não é estudante nem servidor do Câmpus Florianópolis deve apresentar um documento oficial de identidade, com foto, no hall de entrada. 

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