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Ministério do Meio Ambiente seleciona trabalho sobre combate ao desperdício de alimentos

PESQUISA Data de Publicação: 09 nov 2018 09:14 Data de Atualização: 09 nov 2018 16:03

Um projeto do Núcleo de Estudos em Gastronomia do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) foi escolhido para ser apresentado na Semana Nacional de Conscientização da Perda e Desperdício de Alimentos 2018, que ocorre até domingo, 11 de novembro, em Brasília.

Realizada por professores, servidores e alunos voluntários, a iniciativa “Desenvolvimento de produtos com a biodiversidade da Mata Atlântica” conquistou uma das três melhores colocações na categoria produção pelo edital do Ministério do Meio Ambiente, que seleciona boas práticas no combate à perda e ao desperdício de alimentos. O grupo será representado pela professora Patrícia Matos Scheuer.

O objetivo é divulgar conhecimentos na área de Gastronomia sobre, principalmente, frutas, ervas e flores nativas da Mata Atlântica que, por falta de informação, acabam sendo descartados gerando desperdício de alimentos. Com o trabalho do NEG, o araçá vira ketchup, a fruta uvaia dá origem a molho de pimenta e a goiaba serrana se transforma num salgado de gosto parecido com azeitona.

Depois de desenvolver produtos como estes, o grupo ensina os agricultores a usarem as técnicas, que são pensadas de maneira simples e prática. Em vez de apodrecer e ir parar no lixo, a fruta que nasce de maneira selvagem, ou seja, que não é cultivada, pode ganhar uma nova função e ainda contribuir para agregar renda aos produtores. Além disso, muitas das matérias-primas alimentícias são ricas em antioxidantes, têm baixa taxa de gordura e podem ajudar a prevenir tumores e fungos.

 

“A Gastronomia está num movimento de não-desperdício do alimento e de trazer novas sensações para quem vai comer a partir de insumos locais. Às vezes as pessoas vão comprar trufa da França, que é um insumo caríssimo, para ter essa sensação nova, sendo que tem muito produto ali do lado que a pessoa nunca provou”, ressalta a professora Fabiana Mortimer do Amaral, coordenadora do NEG.

O Núcleo incentiva ainda, conta a professora, que os alunos tenham essa visão diferenciada sobre os insumos para a Gastronomia e vejam a biodiversidade do Brasil como fonte para a diversificação.

Mobilização contra o desperdício de alimentos

O objetivo da Semana é mobilizar a população contra o desperdício de alimentos e estimular comerciantes a adotarem práticas que evitem perdas de produtos que podem ser consumidos, além de trocar experiências entre os participantes.

Foram selecionadas as três melhores iniciativas em cinco categorias — produção, pós-colheita, processamento, comercialização e consumo — para compor um banco de dados do Ministério para divulgar a promoção da redução de perda e desperdício de alimentos no Brasil.

Segundo informações do Ministério do Meio Ambiente, cada brasileiro joga, em média, 40 quilos de comida no lixo anualmente. O combate à perda e ao desperdício de alimentos foi incorporado na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas (ONU).

A meta global é  reduzir pela metade o desperdício de alimentos per capita mundial, nos níveis de varejo e do consumidor, e reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento, incluindo as perdas pós-colheita.

A estimativa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) é de que, no mundo, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos sejam perdidos a cada ano, o que representa mais de 30% da produção mundial de alimentos para consumo humano. Toda essa comida seria mais do que suficiente para alimentar as 821 milhões de pessoas que ainda passam fome no mundo.

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