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Alunos desenvolvem projeto de aquaponia com resíduos de construção civil

CÂMPUS ITAJAÍ Data de Publicação: 23 fev 2017 21:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 15:26

 


No projeto integrador do curso técnico concomitante em Aquicultura do Câmpus Itajaí, Mateus Cabral e Jackson Pereira resolveram investir em aquaponia, processo em que se cultiva peixe associado ao cultivo de vegetais. Dentre os diferentes tipos de técnica, eles escolheram o de cama de mídia em que a planta é cultivada em caixas utilizando algum tipo de substrato. O mais comum nesta técnica é usar a argila expandida, mas como o material é caro, os alunos resolveram testar diferentes tipos de substratos como pedra brita, cacos de tijolos, restos de concreto e areia, todos resíduos da construção civil.

Para fazer o projeto, os alunos utilizaram também uma caixa d'água como tanque para a criação de tilápias e jundiás e nos vasos plantaram alface, cebolinha e salsinha. “O que apresentou o melhor resultado foi o feito com restos de tijolos porque a composição lembra a da argila expandida. O que tivemos a maior dificuldade foi com a areia porque as partículas são muito finas, o que fazia com que a água empoçasse”, explica Mateus Cabral.


Com a experiência que adquiriram com o projeto desenvolvido no Câmpus Itajaí, os egressos estão trabalhando em outros de grande escala. “Na minha casa fizemos o mesmo sistema de cama de mídia com 400 pés de hortaliças e na casa do meu pai adaptamos uma piscina para receber tilápias, carpas e cascudos. Usamos a técnica de floating ou flutuação em que o cultivo da planta é feito sob um isopor na água. Com essa técnica cultivamos hortaliças, morango, tomate e pepino”, explica Jackson Pereira.

Com a conclusão do curso técnico em Aquicultura, Mateus e Jackson irão trabalhar juntos em projetos de aquaponia para prefeituras, escolas ou mesmo para residencias. “É possível desenvolver um projeto de aquaponia inclusive para apartamentos. O que se precisa é de luz e que seja feito um acompanhamento dos parâmetros da água para verificar a qualidade”, afirma Jackson Pereira.

O professor Rodrigo Gomes, que orientou os alunos no projeto integrador, explica que na aquaponia as plantas auxiliam a equilibrar o ph da água onde os peixes são cultivados. “As plantas tiram a amônia da água e isso é muito importante para o desenvolvimento dos peixes. Nesse processo, não são aplicados defensivos agrícolas nas plantas e o crescimento delas é muito mais rápido. Uma alface cultivada por aquaponia está pronta para ser comercializada em 28 dias enquanto no cultivo tradicional leva-se em média o dobro do tempo.”

Rodrigo explica que o modelo desenvolvido para o projeto integrador será aprimorado e servirá como modelo. “Iremos aumentar os filtros e canos para que este projeto sirva como um modelo demonstrativo inclusive para mostrarmos para alunos e professores de outras escolas que costumam visitar o Câmpus”, afirma o professor.

Assim como Mateus e Jackson, outros formandos do curso técnico em Aquicultura também irão investir em aquaponia. Adelino de Oliveira Filho está de mudança para Chapecó onde espera produzir mais de dois mil pés de alface e 100kg de peixe por safra em uma área urbana utilizando a técnica de aquaponia.

Por Beatrice Gonçalves | Jornalismo IFSC

 

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