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Projeto apresenta monumentos turísticos e obras de arte para deficientes visuais

CÂMPUS CHAPECÓ Data de Publicação: 11 dez 2017 22:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 15:40


Torre Eiffel, Estátua da Liberdade e o quadro da Monalisa. A maioria das pessoas já ouviu falar ou até já viu de perto esses monumentos históricos e obras de arte. Mas e como uma pessoa com deficiência visual poderia conhecer esses famosos espaços turísticos e essas obras de arte? Foi pensando nesse público que o Câmpus Chapecó do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) desenvolveu a Mostra de Arte e Cultura Inclusiva.


A partir da aprovação deste projeto de extensão pelo IFSC, três servidores e sete alunos do câmpus se envolveram na produção de peças tridimensionais em tamanho reduzido. Eles contaram com a ajuda do arquiteto chapecoense Renato Slomski, de um programa de computador e uma impressora 3D, produzida pelos alunos de Engenharia de Controle e Automação do próprio câmpus, em 2016.


Além das obras de arte e pontos turísticos conhecidas no mundo todo, também foram desenhados e impressos monumentos de Chapecó, como a Igreja Matriz e o Desbravador.


Para sentir se a ideia realmente surtiria o efeito desejado, no último dia 6, as peças foram levadas à Associação de Deficientes Visuais do Oeste de SC (Adevosc), em Chapecó. Um a um, os alunos puderam pegar e conhecer com as mãos cada obra produzida em miniatura.


“Eu já tinha entrado na Igreja e passado no Desbravador, mas como eles são enormes, não tinha como tocar e conhecer as características de cada um. Não sabia que a Igreja tem duas torres, por exemplo”, relatou Alexandre Nachiaki, que perdeu a visão aos 14 anos.


“Esperamos conseguir, através da arte, trazer motivação, iniciativa e a autonomia a eles. Esperamos também que esta arte impressa tridimensional traga conhecimento e interesse pela nossa cultura e pela nossa história”, afirma a coordenadora do projeto, Tatieli Lui Meneghini.


Para a diretora pedagógica da Adevosc, a missão foi cumprida. “É incrível ver a alegria e emoção deles ao tatiar as peças. Eles ouvem falar, mas não tinham como tocar, sentir e conhecer as características de cada monumento ou obra”, afirma Roseli Scheid.


Após a Mostra, as peças tridimensionais ficam na Adevosc para que os professores possam utilizá-las de forma didática e outros alunos também possam conhecer os monumentos turísticos e obras de arte com as mãos, já que no Brasil, segundo o Censo de 2010, existem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo 582 mil cegas e seis milhões com baixa visão.


Por Rafaela Menin | Jornalista IFSC

 

 

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