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Impacto dos IFs no desenvolvimento regional é tema da abertura da Reditec Sul

EVENTOS Data de Publicação: 20 jun 2018 09:17 Data de Atualização: 21 jun 2018 13:41

O impacto dos Institutos Federais (IFs) no desenvolvimento regional foi o tema da palestra de abertura da primeira edição da Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica da Região Sul (Reditec Sul), que começou nesta terça (19), no Câmpus Lages do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). O ministrante, Luís Enrique Aguilar, que é professor e pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), considera a criação dos IFs, que completa 10 anos em 2018, o fato histórico mais importante da educação brasileira.

“As pessoas descobriram nos IFs uma nova possibilidade de futuro. Eles são um novo espaço para desenvolvimento da trajetória educacional dos trabalhadores”, disse, complementando que a educação oferecida pelos Institutos Federais representa uma chance de ascensão social para essas pessoas. “Os IFs atendem a pessoas com poucos anos de estudo, aumentando a capacidade delas de se inserir no mundo do trabalho e emprego”, avaliou o professor da Unicamp.

Aguilar, que é coordenador do Laboratório de Políticas Públicas e Planejamento Educacional, lembrou das razões para criação dos IFs. Na época, recordou, “o desafio era articular as novas instituições com o desenvolvimento regional e local no Brasil”. Segundo ele, os Institutos surgiram com objetivo de promover justiça social, equidade, geração de novas tecnologias e desenvolvimento econômico. A inclusão promovida pelos IFs é uma maneira de pagar uma dívida histórica com muitos brasileiros, na visão do professor.

O professor da Unicamp participou, na época de criação dos Institutos Federais, de capacitações com gestores das instituições, experiência que relatou na palestra. Segundo ele, com as capacitações, os dirigentes começaram a entender e deram início a estudos socioeconômicos locais, principalmente com perfil e volume ocupacional, e localização das ocupações. “Isso ajudou-os a entender as demandas dos atores econômicos”, ponderou.

Olhando para o futuro, Aguilar ressaltou que um dos desafios da educação brasileira, e da rede de IFs, é promover o acesso de aproximadamente 34 milhões de pessoas que hoje poderiam ser alunos de Institutos Federais e universidades. “Devemos buscar rapidamente caminhos que nos levem a essas pessoas”, alertou. A educação a distância pode ser um desses caminhos, segundo ele.

Finalizando a palestra, Luís Aguilar destacou que a educação profissional e tecnológica deve ser vista dentro de um projeto de nação. “O Brasil precisa de uma política de educação profissional e tecnológica que seja política de estado e não de governos”, analisou.

Abertura

Antes da palestra de Luís Aguilar, a cerimônia de abertura da Reditec Sul teve atrações culturais, descerramento de placa comemorativa e discursos de autoridades.

O diretor-geral do Câmpus Lages do IFSC, Thiago Meneghel, falou sobre os 10 anos dos Institutos Federais e os oito anos de atuação do Câmpus Lages na educação pública de qualidade. Thiago também abordou a importância da realização da Reditec Sul. “É importante existir diálogo e cooperação entre os institutos, pois promovemos o desenvolvimento social e econômico da região”, disse.

Para destacar o impacto que o Instituto Federal de Santa Catarina tem na região de Lages, o diretor-geral explicou que o câmpus da cidade é o que tem mais alunos em vulnerabilidade social dentre todos os 22 do IFSC. O diretor considera que a ampliação da oferta de cursos técnicos subsequentes é fundamental para promover esse desenvolvimento, pois eles atendem pessoas que já concluíram o ensino médio e procuram uma oportunidade de profissionalização e de volta aos estudos.

Na opinião da secretária de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eline Neves Braga Nascimento, a iniciativa de unir os institutos é importante na discussão do trabalho que vem sendo desenvolvido, já que a educação é um grande diferencial no crescimento do País. São 650 câmpus de Institutos Federais em todo o Brasil e, para ela, visitá-los oportuniza constatar os resultados do trabalho que a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. “Os institutos oferecem oportunidades de aprendizado, experiências, cidadania e comprometimento profissional”, declarou. 

O compromisso dos institutos em transformar a vida das pessoas que veem na educação uma possibilidade de mudança foi comentado pela reitora do IFSC, Maria Clara Schneider. “A rede é múltipla e diversa, acolhe a todos. Crescemos e nos transformamos de maneira rápida, e tivemos resultados expressivos”, destacou.

O prefeito de Lages, Antônio Ceron, ressaltou a satisfação de Lages poder contar com o Instituto Federal e receber o evento ReditecSul. “O instituto vem ajudando na preparação e na busca por uma vida de qualidade”, afirmou.

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