Mês da Mulher finaliza com roda de conversa sobre a mulher e o contexto sociocultural

EVENTOS Data de Publicação: 27 mar 2024 12:48 Data de Atualização: 04 abr 2024 11:36

A Biblioteca do Câmpus Chapecó e o Coletivo Ada Lovelace, formado por estudantes e servidoras, organizaram uma série de atividades voltadas para e sobre as mulheres nas últimas semanas. Roda de conversa, momentos de reflexão, e um espaço de integração com dança foram as principais ações ao longo do mês de março. Ao longo do mês, a Biblioteca também contou com uma exposição de obras de autoras mulheres e de questões sobre a mulher.

“Foram realizados momentos de reflexão sobre os desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher, tivemos dança, roda de conversa sobre a mulher, exposição de livros de autoras mulheres e de questões sobre a mulher. Uma série de atividades e momentos de reflexão, sabendo que não se esgota a temática aqui”, afirma a bibliotecária Nelcy da Rosa Kegler.

No dia 04 ocorreu uma reflexão sobre "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher”, com a participação do módulo 3 do curso Técnico em Desenvolvimento de Sistemas Integrado ao Ensino Médio. Estiveram presentes a representante da Associação de Grupos de Mulheres de Chapecó, a pedagoga e mãe de estudante do IFSC, Marinês Rosa Palavicini Sotili; também a professora e participante de movimentos sociais, Solange da Rosa; e Jaqueline Schneider, terapeuta integrativa sistêmica e representante da União Brasileira das Mulheres (UBM).

No dia 12 foi realizado um momento de dança de  vários estilos, para integração entre estudantes e servidores, comandada pela professora Adriane Cavalli, da Escola de Danças Giramor. E no dia 14 houve uma roda de conversa com o tema "Mulher e o contexto sociocultural: um olhar para as políticas públicas (ou sociais) e o autocuidado". Participaram os estudantes dos módulos 5 e 6 do Ensino Médio Técnico e servidores do IFSC. 

Eles acompanharam uma conversa com Christele Fanfan, representante das Mulheres Imigrantes haitianas da América Central; Marinês Rosa Palavicini Sotili, do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) e Associação de Grupos de Mulheres de Chapecó (AGMC) - Mulheres Urbanas; e Jaqueline Schneider, terapeuta integrativa sistêmica, presidente da Região de Chapecó da União Brasileira das Mulheres (UBM).

Christele Fanfan apresentou seu olhar e vivência enquanto mulher imigrante haitiana, compartilhando como reflexão também os movimentos migratórios no mundo e no Brasil. A professora Marinês Sotili comentou sobre violência, não só a física, e também da sobrecarga no âmbito doméstico - quando a mulher fica com todas as atividades do lar, acumulando serviços quando trabalha fora de casa e dentro dela. Ainda destacou a importância da colaboração e participação de todos os membros da família nas atividades da casa, e tratou do trabalho invisível das mulheres no mundo de hoje e a recente participação na vida política brasileira (desde o direito a voto, entre outros). 

A presidente da regional da UBM, Jaqueline Schneider, através de um olhar sistêmico, esclareceu sobre a participação da mulher na construção da sociedade. A importância de reconhecermos nossa ancestralidade, do movimento das mulheres que saíram para as ruas exigindo dignidade humana, a formação cultural do povo brasileiro e o reconhecimento do seu papel hoje no mundo. “O lugar da mulher brasileira é em espaços de decisões e o acesso de mais mulheres trabalhadoras na política se faz urgente”, afirmou.

 

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