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Oficinas da SNCT do Câmpus Florianópolis – Continente contam a história por meio dos alimentos

EVENTOS Data de Publicação: 01 dez 2022 14:52 Data de Atualização: 05 dez 2022 11:03

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) do Câmpus Florianópolis – Continente, realizada nos dias 29 e 30 de novembro, teve como destaque as oficinas gastronômicas e visitas de estudantes de escolas públicas.

Em 2022, como o tema nacional da SNCT é “Bicentenário da Independência: 200 anos de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil”, as oficinas abordaram produtos que remontam à história nacional e de Santa Catarina, como o açúcar, a farinha, a cachaça e o café.

Os alunos de todos os cursos do câmpus puderam participar das oficinas, entre elas o “Paiol de Engenho”, com a produção e degustação de produtos tradicionais como a paçoca de pilão, a bijajica, a farinha, a rapadura e o café. “A alimentação conta uma história, por isso trouxemos alimentos que têm algum vínculo com a colonização. Por exemplo, a rapadura, apresentamos diversos tipos, além da produção da farinha e da farofa”, explica o professor Léo Serpa, do curso superior de tecnologia em Hotelaria e um dos coordenadores da atividade. Também foi realizada roda de conversa sobre os sabores tradicionais do Brasil, como brigadeiro, pão de queijo, e cuca alemã e a oficina sobre “Rabanadas, as fatias portuguesas do Imperador”.

A coordenadora de Extensão e Relações Externas do câmpus Gleicy Corrêa Nunes Marques explica que a realização da SNCT foi possível graças ao recurso de R$ 30 mil obtido via edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “O projeto que a gente inscreveu teve aderência ao tema da Semana Nacional deste ano, que foi o Bicentenário da Independência. Por isso as equipes pensaram em trazer um resgate histórico através da alimentação”, explica Gleicy. Ela e a coordenadora de pesquisa do câmpus, Gladis Teresinha Slonski, coordenaram o evento e redigiram o projeto para o CNPq. A intenção era realizar o evento em outubro, porém, como houve demora no repasse dos recursos, a programação foi adiada para novembro.

Além das oficinas com a participação dos alunos do câmpus, o evento recebeu a visita de mais de 200 estudantes da Escola de Educação Básica Vanderlei Júnior e da Escola de Educação Básica Presidente Roosevelt. Devido às fortes chuvas nos dois dias, atividades externas foram canceladas, como visitas técnicas a locais de turismo de base comunitária no Sertão do Ribeirão, engenho de farinha e pesca da tainha, produção de cerâmica e o city tour pelo centro de Florianópolis.

Nas duas noites de evento foram realizadas apresentações culturais: no dia 29, a apresentação foi da banda de servidores do IFSC e no dia 30, foi a vez da Orquestra e Coral do Câmpus Florianópolis. Gleicy destaca a colaboração dos câmpus São José, que cedeu veículo para transporte da Orquestra, o próprio Câmpus Florianópolis, com a Orquestra e Coral, e o Câmpus Palhoça Bilíngue, com a participação de servidor no evento cultural.

O mocotó e o processo de urbanização de Florianópolis

Uma das palestras do evento foi “De Mocotó do Morro a Morro do Mocotó”, com a professora Anita de Gusmão Ronchetti. Ela apresentou o histórico da pesquisa realizada pelo câmpus no Morro do Mocotó e o resgate da receita do prato tradicional, que se confunde com o processo de urbanização do centro da cidade.

Segundo a professora, a ocupação do então “Morro do Governo” iniciou-se nos séculos 18 e 19, com a realocação de escravos fugitivos e libertos. De 1922 a 1926, durante a construção da Ponte Hercílio Luz, os operários da obra subiam o morro para comer o mocotó preparado pela comunidade local. Segundo as pesquisas, foi a ex-escrava Felipa que iniciou a tradicional receita, provavelmente trazida pelo seu sobrinho Edmundo em alguma viagem de navio.

O mocotó preparado em Florianópolis tem uma receita bastante típica, que utiliza pés de bovinos e suínos, charque, arroz, defumados e temperos. O prato foi produzido no Câmpus Florianópolis – Continente nesta quarta-feira (30) pela turma do curso técnico em Cozinha e degustado pelos alunos e visitantes do evento.

Segundo a professora Anita, o resgate da receita e toda a pesquisa possibilitou “ressignificar e valorizar toda a história da comunidade”. Uma visita de devolutiva da pesquisa será realizada com a comunidade.

Veja no vídeo produzido pelo IFSC como foi a pesquisa e conheça a Dona Dete, a mais antiga detentora da receita original do mocotó:

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