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Projeto do Câmpus Palhoça Bilíngue pretende levar informação sobre a pandemia para crianças e adolescentes surdos

EXTENSÃO Data de Publicação: 19 mai 2020 20:15 Data de Atualização: 03 jul 2020 18:44

Um dos efeitos do fechamento de escolas durante a pandemia de covid-19, causada pelo novo coronavírus, foi a dificuldade de acesso de crianças surdas a informação em língua brasileira de sinais (Libras). Para tentar contornar esse problema, um projeto do Câmpus Palhoça Bilíngue, aprovado na chamada emergencial do IFSC de combate à covid-19, vai elaborar materiais multimídia bilíngues (Libras-português) sobre a pandemia para crianças e adolescentes de até 14 anos.

No projeto, a coordenadora dele, a professora Janaí de Abreu Pereira, informa, com base em pesquisas publicadas em artigos e livros que ela consultou, que cerca de 93% das crianças surdas no são filhas de pais ouvintes e a maioria deles não tem domínio da língua de sinais, o que a dificulta a comunicação entre pais e filhos. “A escola, para além da função específica de ensino, assume para  a comunidade surda e para  as crianças surdas um papel fundamental na mediação linguística, social, cultural e comunitária”, destaca. O período de isolamento social exerce, portanto, um forte impacto na vida deste público.

A ideia do projeto é elaborar materiais multimídia bilíngues (Libras/português) voltados ao público infanto-juvenil e disponibilizá-los nas redes sociais e outros canais de mídia. Esses materiais serão um livro digital e um infográfico, que vão contar histórias com temáticas que abordem aspectos de saúde (como as formas de prevenção e de contágio da covid-19) e questões socioambientais (como a mudança de hábitos culturais e sociais a partir da pandemia, informações sobre a diminuição dos índices de poluição em diversos pontos do planeta por conta da diminuição da emissão de gases poluentes, entre outros).

“Não queríamos algo tão datado, mas sim que possamos usar sempre, como as informações sobre lavar as mãos e como isso previne várias doenças, inclusive a covid-19”, explica Janaí. Outros temas de caráter emergencial e extraordinário dos desdobramentos da pandemia que venham a surgir também poderão ser abordados.

O projeto está na primeira etapa, que consiste de análise do problema, análise do usuário (público-alvo), de similares e de estética e a definição do problema. Na segunda etapa, será feito esboço das ideias, configuração dos desenhos e estratégias de inserção da língua de sinais. Na terceira etapa, será feito o desenho do produto, o mockup (modelo) e a finalização da edição.

A equipe do projeto envolve, além de Janaí, as professoras Ana Paula Jung, Eliana Cristina Bär, Renata da Silva Krusser e Simone Gonçalves de Lima e Silva, além da técnica e laboratório em webdesign Francine Medeiros Vieira.
 

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