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Engenharia de Alimentos: Aula inaugural apresentou possibilidades para o profissional

ENSINO Data de Publicação: 19 mai 2021 15:51 Data de Atualização: 19 mai 2021 18:15

Na última sexta-feira (14), o Câmpus Urupema do IFSC promoveu a aula inaugural do curso superior de Engenharia de Alimentos. O curso foi aprovado para oferta no início deste ano e estava disponível para seleção no Sisu ofertando 20 vagas. A aula foi ministrada por Raquel Silveira Porto Oliveira, Engenheira de Alimentos que trabalha no Canadá.

"Convidamos um profissional de sucesso na área de Engenharia de Alimentos, que tem experiência tanto no Brasil como no exterior, para mostrar aos alunos como é a vida do profissional", comenta a professora Leilane de Conto, coordenadora do curso superior de Engenharia de Alimentos.

Raquel tem graduação em Engenharia de Alimentos e durante o período de formação trabalhou em laboratórios e fez estágio em uma empresa do ramo alimentício, em especial no controle de qualidade. Fez mestrado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) onde manteve a atuação laboratorial, em especial na área de lipídios, até a conclusão do curso.

"Após o mestrado fiquei naquela dúvida: continuo na área acadêmica ou vou para a indústria? Como eu havia passado pelas duas durante a formação, eu pretendia manter os dois objetivos, ou seja, trabalhar numa área de pesquisa e desenvolvimento dentro de uma indústria. Cheguei a iniciar o doutorado numa outra linha, mas logo depois parei e comecei a trabalhar numa empresa em São Paulo. Logo depois surgiu a oportunidade de migrar para o Canadá", conta. No Canadá, Raquel iniciou na Université Laval.

Hoje trabalha em uma empresa na área de controle de qualidade e segurança alimentar. Lá ela atua bastante com a legislação vigente e suas exigências no que se refere à qualidade dos alimentos produzidos. O recado aos alunos é o da experimentação. É difícil escolher, segundo ela, um ramo de atividade para seguir após a graduação, por isso é importante experimentar. "Eu tive essa experiência, e no primeiro contato com o laboratório foi de forma voluntária, sem remuneração. Mas mesmo assim foi importante. Mesmo quando cheguei aqui (Canadá) eu não tinha essa certeza. Por isso é importante experimentar, conversar com pessoas, participar de eventos e congressos. É uma área muito extensa e com muitas possibilidades", completa.

Outro ponto que chamou a atenção dos alunos na conversa foi a possibilidade de morar fora do país. Raquel explica que existem diversas oportunidades para diversos países e para chegar a uma delas é preciso ter um bom currículo e caprichar no idioma. "Muito importante e eles valorizam muito a questão do idioma, por isso quem quer ter a chance de conseguir algo fora tem que estudar bastante a língua do país", finaliza.

Esse assunto foi o que mais chamou a atenção de Maykon Allan Soldatti Quandt, natural de Joinville e agora aluno do primeiro semestre de Engenharia de Alimentos. "Estou estudando a ideia de montar um projeto para adicionar universidades a esse processo, mas está só na especulação ainda. Conversei com professores e com a Raquel, e eles disseram que eu preciso primeiro ter o contato com o professor da faculdade que eu queira ir e saber se há a possibilidade, e também para ter um contato formal com alguém antes de tudo", comenta.

Maykon é técnico em Química, formado no Instituto Federal Catarinense (IFC) de Araquari, e trabalha há um ano na área. Foi esse contato com o mundo do trabalho que o fez escolher o curso de Engenharia de Alimentos. A opção pelo IFSC foi "pelo ensino público e de qualidade. Frequentei um IF no ensino médio e gostei da experiência. O IFSC era quem ofertava o melhor 'catálogo' de cursos", completa.

Sobre a atuação do engenheiro trazida pela palestrante, Maykon reforça que a gama de opções de trabalho dentro da Engenharia de Alimentos contribui para o aluno exercer sua experimentação. "Você pode trabalhar com Leites e derivados, carnes, aves, peixes, bebidas e cereais, e tudo faz parte da gama a qual você tem acesso com o título. E você não fica apenas sabendo uma área, e sim várias, indo de biologia, química, física, matemática e gestão. Além da parte científica, quase todo engenheiro de alimentos acaba indo para o setor de Pesquisa e Desenvolvimento", finaliza.

Somando forças

"É com grande alegria que iniciamos mais um curso do IFSC na Serra Catarinense, mesmo com os desafios do trabalho remoto, nossa instituição não pára, e é com grande satisfação e sentimento de receptividade, que o curso é iniciando. Quero desejar sucesso e um excelente aproveitamento aos estudantes ingressantes, nossa atuação institucional vai muito além da sala de aula, sejam e vivam o IFSC por meio da educação e da interação", desejou a diretora-geral do Câmpus Urupema, Evelize Zerger.

O curso de Engenharia de Alimentos é uma ofera conjunta entre os câmpus Lages e Urupema. Engenhaia de Alimentos e Engenharia Química, ofertado em Lages, têm um núcleo comum, logo no início, onde os estudantes terão aula no mesmo ambiente, em Lages. Com o avanço dos cursos, as disciplinas específicas da graduação em Engenharia de Alimentos serão ministradas nos laboratórios e instalações do Câmpus Urupema, com o IFSC oferecendo o transporte dos alunos. Já os estudantes de Engenharia Química farão toda a formação em Lages, onde os laboratórios específicos estão concentrados. O corpo docente será composto por professores de ambos os câmpus, permitindo maior interação entre eles nas práticas de ensino e desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão.

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