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Equipe do Câmpus Florianópolis é a única medalhista de SC na Olimpíada Nacional em História do Brasil

CÂMPUS FLORIANÓPOLIS Data de Publicação: 22 set 2021 20:35 Data de Atualização: 23 set 2021 14:34

A equipe formada por três estudantes do Câmpus Florianópolis foi a única de Santa Catarina a conquistar medalha na 13ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), cuja final foi realizada de forma on-line no mês passado, com o tema do bicentenário da Independência do Brasil. Heloisa Genovez Alcoforado Carneiro, Maria Vitória Gomes Werner e Sabrina Alves de Araújo conquistaram a prata entre os mais de 28 mil alunos participantes na competição.

As três estudam no curso técnico integrado em Química e, nas seis primeiras fases, tiveram a orientação da professora Jaqueline Tondato Sentinelo.

Para Heloisa, a organização da ONHB foge do modelo individualista das demais olimpíadas do conhecimento – ela já participou de olimpíadas de Astronomia, Matemátia, Linguística e Química, além das de História. “É um modelo muito proveitoso. Cada fase tem uma semana, com questões em que não há somente uma alternativa correta. São grandes diferenciais e atribuem novos entendimentos. Um dos pilares mais importantes para nós, no desenvolvimento da olimpíada, é o debate”.

Maria Vitória concorda. “Este diálogo entre nós da equipe – e entre as demais equipes do câmpus que participaram – possibilitou a compreensão de diferentes pesquisas e perspectivas sobre o tema. Os encontros e discussões proporcionados pelos professores e bolsistas do Laboratório de Imagem e Oralidade (LIO) foram essenciais para a socialização dos múltiplos entendimentos sobre as questões, além de estimularem práticas que vão além de um bom desempenho na prova, pois estimulam o pensamento crítico e a argumentação”.

A recompensa, segundo as estudantes, vai além da medalha em si. “Acho que as olimpíadas estimulam os jovens a descobrirem seus interesses e também a se aprofundarem criticamente em conhecimentos que, muitas vezes, são apenas pincelados em sala de aula. Além disso, são experiências desafiadoras que possibilitam oportunidades como ingressar em uma universidade através da vaga olímpica”, diz Sabrina.

E os reflexos aparecem também nas demais disciplinas. “Algo que percebi é que a gente trouxe para os trabalhos em grupo do IFSC esse formado da ONHB, de sempre compartilhar e discutir nossas ideias e conhecimentos, para depois iniciarmos os trabalhos. E também passamos a ser mais críticas. É claro que participar de uma olimpíada traz muitas referências, pois temos contato com documentos oficiais antigos, poemas, artigos, entre outros. A gente recebe uma bagagem cultural e acadêmica muito boa”, conta Maria Vitória.

“Concordo com a Vitória, o conhecimento histórico é um dos mais importantes para a nossa formação pessoal e profissional, pois permite nos compreender enquanto sujeitos, tanto de forma a interpretar o passado, quanto entender a nossa importância como agentes ativos na transformação de nosso próprio curso na História”, afirma Heloisa.

“Achamos necessário ressaltar a importância de projetos como o da Unicamp (que organiza a ONHB) e o do LIO, que permitem o desenvolvimento de uma análise crítia pelos estudantes em relação à formação histórica da nossa sociedade”, finaliza Sabrina.

LIO e a participação nas olimpíadas de história

Desde 2017, o Câmpus Florianópolis tem inscrito equipes para participarem em sucessivas edições da ONHB. O Projeto Conhecendo a História do Brasil por meio da ONHB, que em todos os seus anos contou com bolsistas do ensino médio e professores de História, teve seu surgimento em 2018. Desde então, procurou estabelecer grupos de estudos que tratam sobre diversos assuntos históricos, expondo, também, a metodologia da ONHB e seu funcionamento.

Geralmente, os bolsistas, sob a orientação prévia dos professores, lecionam sobre diversos elementos da História nacional, pautando-se sempre em assuntos trazidos pelas questões da competição, promovendo a integridade cidadã dos participantes por meio do ensino, do debate e da colaboração e preparando-os para as edições seguintes da ONHB, que se dão normalmente no início de cada ano. É então no momento de realização da olimpíada que as equipes do LIO se auxiliam e debatem as possíveis respostas das questões por meio de encontros (em 2020 e 2021 de forma on-line) e em grupos nas redes sociais.

Desde seu surgimento, o projeto tem rendido finalistas por três anos consecutivos, além do aumento no número de alunos inscritos – exceto em 2021, por conta da pandemia de Covid-19. Além da equipe medalhista neste ano, outras sete equipes representaram o câmpus, com a orientação do LIO. “A medalha deste ano foi uma conquista gratificante, que nos deixa felizes e orgulhosos. É um processo construído ao longo de quatro anos de projeto”, afirma a professora Jaqueline. “Gostaríamos de parabenizar não só a equipe medalhista de prata, mas a todas as equipes participantes. Afinal, foi o debate entre todos que permitiu essa conquista”, completa.

Atualmente, o projeto conta com bolsistas de diferentes cursos: Vitória Bilhão Rodrigues, Ana Elizabete Nunis Osório, Laura Charara Aires da Silva e Victor Hiendicke Moreira Prates, além dos professores de História Jaqueline Tondato Sentinelo, Viegas Fernandes da Costa, e Rafael Pereira da Silva.

O projeto hoje se encaminha para a 1ª edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil Aberta Para Todos (ONHB-A), uma modalidade alternativa e não competitiva da Olimpíada original, que será realizada em outubro – com a preparação, até o momento de 12 alunos para participação.

A ONHB teve sua primeira edição em 2009 e é organizada desde então pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As diferentes etapas da Olimpíada sempre se deram de maneira online, tendo a fase final também sido incorporada a essa metodologia desde o agravamento da pandemia de Covid-19. Os participantes se dividem em equipes de três pessoas, orientadas por um docente da área de História e trabalham com questões de teor historiográfico, usufruindo de uma gama de fontes históricas, tais como documentos oficiais, cartas, fotografias, jornais, boletins, músicas ou pinturas.

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