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Alimentação e saúde: os desafios da tecnologia em alimentos para minimizar os fatores de risco relacionados à má alimentação

CÂMPUS CANOINHAS Data de Publicação: 07 abr 2022 17:31 Data de Atualização: 07 abr 2022 18:25

O atlas Situação alimentar e nutricional no Brasil, publicado pelo Ministério da Saúde, aponta que as doenças crônicas não transmissíveis correspondem a 74% das mortes prematuras entre a população adulta no Brasil. Entre estas doenças, as de maior incidência são a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes melittus, ligadas diretamente a hábitos alimentares. Preocupados com esta situação, os estudantes do Câmpus Canoinhas Jocondo Santer e Larissa Cacilda Leite desenvolveram a pesquisa “Perfil alimentar de idosos com hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus acompanhados pela Estratégia Saúde da Família em Canoinhas – SC”, como trabalho de conclusão de estágio do curso superior de tecnologia em Alimentos, orientado pelo professor Luiz Paulo de Lima.

“Trabalhar este tema é de bastante relevância, tendo em vista que muitas pessoas da comunidade apresentam estes problemas de saúde. Tendo acesso às informações do contexto local, vai ser possível chamar mais a atenção e, consequentemente, ajudar as pessoas a cuidarem mais e melhor da própria saúde, tendo um impacto positivo na qualidade de vida”, justifica Jocondo, que também é enfermeiro na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Campo da Água Verde, onde a pesquisa foi realizada.

Para o estudo, Jocondo e Larissa entrevistaram cem usuários acompanhados pela UBS com diagnóstico de hipertensão arterial e diabetes, com idade igual ou superior a 60 anos. A pesquisa abordou aspectos relacionados às características individuais (idade, sexo, peso, altura, prática de exercícios físicos) e aos tipos de alimentos consumidos no café da manhã, almoço e jantar, classificados em alimentos in natura, minimamente processados, processados e ultraprocessados.

Os pesquisados foram divididos em dois grupos homogêneos em relação ao perfil alimentar. Uma das conclusões do estudo é que, quando comparados, o grupo com maior consumo de alimentos minimamente processados apresentou um perfil alimentar mais saudável em relação ao grupo com maior consumo de alimentos processados e ultraprocessados. “As pesquisas locais são muito eficientes para implementar e embasar políticas públicas voltadas ao tema e também para orientar nos tratamentos prescritos pelos profissionais da área da saúde”, destacam os pesquisadores.

Clique aqui para acessar o artigo publicado na revista Perspectivas Online: Biológicas & Saúde e conferir todos os resultados obtidos

O papel da tecnologia em alimentos

Enfermeiro especialista em Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família, Jocondo conhece na prática a importância da tecnologia de alimentos para minimizar os fatores de risco relacionados à má alimentação. “Quando se fala em alimentação, as boas práticas e os cuidados alimentares são um ponto fundamental relacionado especialmente à saúde das pessoas com hipertensão arterial sistêmica e com diabetes melittus, por exemplo, pois faz parte do tratamento de saúde a redução do consumo de sal e açúcar, dois ingredientes muitos utilizados pela indústria alimentícia”, enfatiza.

“Na dinâmica de trabalho do tecnólogo em alimentos, a preocupação com a saúde do consumidor é um desafio constante. Adaptar formulações alimentares e desenvolver novos produtos que estejam alinhados com a preocupação de saúde do consumidor representam um nicho de mercado crescente no Brasil”, comenta Jocondo, lembrando que as políticas públicas recentes já levam em consideração este novo contexto. Um exemplo é a Resolução da Diretoria Colegiada RDC n° 429/2020, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabeleceu alterações na rotulagem nutricional dos alimentos embalados, como a declaração na rotulagem nutricional frontal indicando alto teor em sódio, em açúcar adicionado e em gordura saturada.

Sobre o curso

No IFSC, o curso superior de tecnologia em Alimentos é ofertado nos câmpus Canoinhas e São Miguel do Oeste. Com duração de seis semestres e aulas no período noturno, o curso tem o objetivo de formar profissionais capacitados para atuar em processos relacionados ao beneficiamento, industrialização e conservação de alimentos e bebidas, tanto na produção como na supervisão e gestão das atividades. Já o Câmpus Urupema oferta o curso de Engenharia de Alimentos.

Os três cursos estão com inscrições abertas para vagas remanescentes. Podem concorrer as pessoas com ensino médio completo e que tenham feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou vestibular do IFSC a partir de 2011, sem ter tirado nota zero na redação. Veja as informações completas clicando aqui.

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