Professores dos Câmpus SMO e Xanxerê do IFSC são classificados entre os principais cientistas latino-americanos

PESQUISA Data de Publicação: 11 nov 2021 09:28 Data de Atualização: 12 nov 2021 09:13

Reconhecimento profissional e na área científica. O grande desafio de ser pesquisador no Brasil foi cumprido com eficiência por dois profissionais do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Odimar Zanuzo Zanardi do Câmpus São Miguel do Oeste e Manoela Alano Vieira do Câmpus Xanxerê. Ao todo, onze pesquisadores do IFSC se classificaram entre os principais cientistas latino-americanos pelo AD Scientific Index 2021. O ranking é baseado no índice de produtividade dos pesquisadores, conforme sistema de pontuação e número de citações no Google Acadêmico nos últimos cinco anos.

Pesquisadores do IFSC estão entre os mais influentes da América Latina

Manoela é formada em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e também mestre e doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela mesma universidade. É professora no IFSC Câmpus Xanxerê desde 2010 na área de tecnologia de alimentos e pontua que a classificação significa uma alegria e um reconhecimento do trabalho como pesquisadora. 

“Esta classificação é realizada a partir do número de citações dos trabalhos publicados e isso demonstra o alcance das pesquisas das quais participei. Isso para um pesquisador é muito gratificante, pois é o reconhecimento de um bom trabalho”, destaca Manoela. 

O foco das pesquisas de Manoela, como autora ou coautora, são na área de ciência e tecnologia de alimentos e boa parte delas tiveram como objetivo agregar valor a matérias-primas regionais como a erva-mate, mandioca, palmeira-real e também o aproveitamento de resíduos gerados pela agroindústria de alimentos com o objetivo de contribuir para a valorização de produtos regionais. 

A professora aponta que os resultados revelam o grande potencial de pesquisadores na instituição e que a valorização na pesquisa deve estar entre as prioridades. “Entendo que a pesquisa científica impulsiona o desenvolvimento da sociedade como um todo e é o ponto de partida para a inovação em qualquer segmento”, detalha.

Manoela ainda questiona o incentivo para a pesquisa no Brasil, que considera muito pequeno e que deveria ser realizado em maior quantidade dentro dos grandes centros de conhecimento, que são as instituições de ensino, universidades e institutos federais. “Sem este incentivo o país vai ficando para trás em inovação, na produção científica e, consequentemente, a economia e a educação brasileiras são impactadas negativamente. Com baixo investimento nas pesquisas teremos um atraso no desenvolvimento do país. Investir em ciência e inovação é oferecer perspectivas para o país”, destaca. 

Também pesquisador destaque, o professor Odimar Zanuzo Zanardi é Engenheiro Agrônomo formado pelo Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Mestre em Fitossanidade pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutor em Entomologia junto ao Fundo de Defesa da Citricultura (FUNDECITRUS). 

A atuação dele no IFSC teve início em julho de 2019 e atualmente é docente, pesquisador e orientador nos cursos técnico integrado em Agropecuária e no curso superior de Agronomia. Desde muito jovem, Odimar decidiu que queria ser Engenheiro Agrônomo por ser filho de agricultor e por ter muitas pessoas próximas que atuavam nessa profissão.  

Ele acredita que o fato de o IFSC ter profissionais na lista dos cientistas mais influentes da América Latina indica que a instituição estimula, fomenta e fornece condições para o desenvolvimento de pesquisas básica e aplicada de qualidade. “Este reconhecimento também contribui para a difusão do IFSC como uma importante instituição de pesquisa no cenário internacional”, analisa. 

O profissional ressalta ainda que estar no grupo de pesquisadores mais influentes na América Latina significa o reconhecimento da dedicação: "É uma motivação pelo esforço depositado na geração de conhecimento e no desenvolvimento de tecnologias que auxiliam no aprimoramento ou na solução de problemas do cotidiano. Além disso, serve de motivação para continuar no desenvolvimento da ciência e na geração de novas tecnologias para o fortalecimento do agronegócio brasileiro”, finaliza.  

 

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