EXTENSÃO Data de Publicação: 30 mai 2023 17:40 Data de Atualização: 02 jun 2023 18:12
Um projeto do Câmpus Chapecó do IFSC está levando conhecimentos sobre programação de microcontroladores (Arduino) a estudantes de quatro escolas públicas do município. São estudantes de 14 a 15 anos, com indicadores da Altas Habilidades e Superdotação (AH/SD), indicados pela Coordenadoria Regional de Educação.
Os estudantes são das Escolas de Educação Básica (EEB) Druziana Sartori, EEB Geni Comel, EEB Zelia Schaf, EEB Zitta Flach. A turma que iniciou as atividades em março terá uma nova etapa, com o desenvolvimento de projetos práticos, no segundo semestre.
O projeto foi submetido ao Edital 01/2023 da Pró-reitoria de Extensão e Relações Externas (Proex). Segundo o professor Miguel Debarba, que coordena o projeto juntamente com o professor Marcos Virgílio, mesmo sendo aprovado sem recursos, a equipe decidiu dar continuidade ao projeto, pois o Câmpus Chapecó já dispunha dos equipamentos necessários. As aulas são ministradas semanalmente, às terças-feiras pela manhã, em um laboratório do próprio câmpus.
No início do projeto, em março de 2023, foram inscritos 35 alunos, porém, muitos desistiram e somente 17 vão concluir o primeiro módulo. Segundo Debarba, isso se deve ao fato de que alguns alunos não identificaram com as aulas. “Muitos foram desligados pelos próprios instrutores, pois não demonstraram o interesse necessário”, explica.
A proposta agora é, além de iniciar uma segunda etapa, implantar uma nova turma de iniciantes, apresentando conhecimentos mais básicos de programação, para que os estudantes possam acompanhar as aulas com mais facilidade. Já a primeira turma, na segunda etapa, deverá desenvolver projetos práticos de automação, aplicando os conhecimentos já aprendidos.
A ideia do projeto iniciou-se em 2017, quando após realização de oficina em uma escola da cidade, o IFSC foi contatado pelo diretor para realizar uma parceria. Segundo o professor Debarba, o aplicativo de automação Arduino foi escolhido para o projeto por ser uma plataforma fácil e prática, e poder ser aplicado a um grande universo de projetos de eletrônica e programação, sendo uma “porta de entrada” para os estudantes no universo da programação.
Assim, partindo do ensino da “Cultura Maker”, o projeto visa potencializar as habilidades já identificadas nos estudantes, relacionadas ao uso das tecnologias, e desenvolver essas habilidades compartilhando os saberes aprendidos com os demais estudantes das escolas participantes. Dessa maneira, atende-se a necessidade dos estudantes identificados com AH/SD de ter um atendimento educacional direcionado ao desenvolvimento de suas aptidões, como preconiza a legislação que trata de Atendimento Educacional Especializado em Altas Habilidades e Superdotação.
Diretora do Câmpus Chapecó e professoras da educação especial
Alunos aprendem praticando