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O dia a dia depois de dois meses em Portugal

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 05 dez 2024 10:30 Data de Atualização: 06 dez 2024 15:13

Nosso relato de hoje é sobre as experiências de intercâmbio da Sofia Ortiz da Boa Ventura, estudante do curso Técnico Integrado em Comunicação Visual do Câmpus Palhoça Bilíngue. Desde setembro ela está participando de um projeto no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), em Portugal, pelo programa de intercâmbio do IFSC, o Propicie. Na cidade de Porto, ela tem feito novas amizades, descoberto uma nova rotina em um novo país e aprendido muito durante o desenvolvimento do projeto "A Artificial Intelligence applied to Mindfulness and Mental Care".

Confira o relato completo da Sofia:

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Depois de dois meses em Portugal estou começando a me sentir mais em casa. É engraçado pensar em como tudo parecia uma correria na primeira semana, entre a adaptação e a novidade de estar aqui, e agora tudo se encaixou em uma rotina gostosa, com o projeto e os dias fluindo. A adaptação foi tranquila, Portugal tem muitas semelhanças com o Brasil. Não é só pela língua, mas também por coisas simples, como o som de uma música brasileira passando de algum carro ou os anúncios da Globo que encontro nos outdoors. E, claro, a presença dos meus amigos brasileiros, que me fazem sentir mais à vontade.

É curioso, mas meu inglês até melhorou! Mesmo em Portugal, converso sempre em inglês com amigos de outros países. Em outubro, além de explorar o Porto, visitei Braga e Fátima, duas cidades lindas, que me surpreenderam de forma positiva. É bom abrir os olhos para lugares novos e ver quantos mundos ainda tenho para explorar.

Tenho me aproximado mais dos meus amigos e, tenho certeza, vou levá-los para a vida. Nos encontramos quase todos os dias na hora do almoço, quando conversamos e damos risada. O almoço na universidade custa €2,75 e é sempre variado, o campus é enorme. Uma coisa curiosa é que a praxe, que é o trote dos calouros, dura o ano inteiro, então eles sempre estão por aí, cantando, fazendo atividades, enquanto os veteranos caminham com suas capas e roupas tradicionais, o que têm um certo charme.

Passo as tardes no GECAD, onde participo de pesquisas e reuniões, e a cada 15 dias me encontro com o coordenador do meu projeto. Estou trabalhando no design de um aplicativo que usa inteligência artificial e mindfulness para ajudar jovens com ansiedade, e estou gostando muito dessa experiência. Aprendi a usar o Figma para criar os mockups, e o professor, apesar de não ser da área, é sempre muito atencioso. Trabalho com o Antony, do IFSC Xanxerê, e com a Luiza, do IFSC Florianópolis, e dividir esse espaço com eles torna o trabalho mais leve e divertido.

Acho que três meses é aquele marco em que a saudade do que deixei no Brasil começa a apertar de verdade. Mas, ao mesmo tempo, já sinto que vou ter uma saudade imensa de tudo isso aqui. Das pessoas, das paisagens e das lembranças que estou criando.

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