Amor ao esporte faz servidores transitarem entre áreas do conhecimento

JIFSC Data de Publicação: 04 ago 2023 09:57 Data de Atualização: 04 ago 2023 17:15

No corre-corre da programação intensa dos Jogos do IFSC, a presença deles ao lado dos estudantes sempre é fácil de observar: são os articuladores dos câmpus, responsáveis por organizar as equipes e, em muitos casos, treinar os atletas-estudantes nas várias modalidades da competição.

Curiosamente, também não é difícil encontrar articuladores que não atuam com educação física. São servidores que, por amor ao esporte e compreensão da importância dos jogos para a formação dos estudantes, acabam se envolvendo com os preparativos e desempenhando um papel de liderança motivadora para os alunos.

É esse o caso dos técnicos administrativos Douglas Sauceda, do Câmpus São Carlos, e Davi Sell Iahn, do Câmpus São José, e do professor Yves-Ganard Irilan, do Câmpus Caçador. A história dos três com o JIFSC têm vários pontos em comum: a prática desportiva na infância, a observação de potencial nos estudantes e a disposição de contribuir para a formação dos alunos-atletas, mesmo que esse trabalho não esteja entre suas atribuições funcionais.

Douglas, 31 anos, tem graduação e mestrado em Zootecnia e atua como coordenador de Extensão e Relações Externas no Câmpus São Carlos – onde é lotado como técnico de laboratório de Agropecuária. Natural de Alegrete (RS), começou a praticar futsal aos 14 anos e chegou a jogar na categoria de base da escola do Flamengo, no município gaúcho. Como aluno do Instituto Federal Farroupilha (IFFar), também praticava futsal e futebol de campo.

Ao ingressar como servidor no Câmpus São Carlos, Douglas observou que, embora os estudantes tivessem interesse em praticar esportes, alguns aspectos estruturais e a rotatividade de docentes de educação física dificultava a regularidade dos treinos. Movido pelo amor que tem ao esporte, Douglas começou a congregar os alunos interessados e atualmente treina as equipes de futsal e vôlei do câmpus. No 10º JIFSC são 36 estudantes na delegação do Câmpus São Carlos, nas modalidades vôlei de quadra (masculino), vôlei de areia (masculino e feminino), xadrez (masculino e feminino) e atletismo.

A história se repete no caso do técnico de Tecnologia da Informação Davi Sell Iahn, 30 anos. Também egresso da rede federal – ele fez o curso técnico em Telecomunicações e superior de tecnologia em Sistemas de Telecomunicações no Câmpus São José, onde atua hoje como servidor –, Davi também foi praticante de futsal desde a infância, chegando a participar de campeonatos juvenis importantes. Da mesma forma que aconteceu com o colega do Oeste, percebeu a dificuldade de organização dos estudantes e a pouca estrutura do câmpus. Resolveu, então, ajudar emprestando sua experiência para, em horários alternativos, treinar a equipe de futsal. Ele observa que o esporte integra o ensino, atividade-fim do IFSC, e defende que os técnicos participem mais ativamente dos processos pedagógicos, independentemente de suas atribuições ou formação.

Graduado em Engenharia Mecânica e em Matemática e doutor em Ciências Mecânicas, Yves-Garnard Irilan, 39 anos, praticava basquete na infância, no Haiti. O amor pela modalidade veio na bagagem para o Brasil, em 2007, e se manteve durante a universidade, época em que chegou a ser vice-campeão estadual por duas vezes pela UFSC. Ao assumir como docente de Matemática no Câmpus Caçador, em 2021, Yves também se propôs a conciliar a admiração pelo basquete e a transmissão de seu conhecimento aos estudantes interessados em praticar a modalidade. Participou do projeto de extensão da professora de Educação Física Denise Jove César e passou a preparar o grupo para os jogos. Os treinos ocorrem duas vezes por semana, no horário do almoço. O resultado veio: a equipe ficou em terceiro lugar no 10º JIFSC.


 

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