EXTENSÃO Data de Publicação: 04 set 2023 18:58 Data de Atualização: 17 nov 2023 10:58
No início de agosto, a aluna de Agronomia do Câmpus Canoinhas Bárbara Thiem participou de um projeto que mudou sua vida: a Operação Horizonte, promovida pelo Núcleo Extensionista Rondon (NER) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e realizada em 24 cidades do Meio-Oeste catarinense, uma das regiões de menor índice de desenvolvimento (IDH) do estado.
“Ter a chance de participar deste projeto é uma experiência única. Nenhuma palavra irá dimensionar o tamanho da minha gratidão e alegria ao estar nesta operação”, conta Bárbara. “Participar do Projeto Rondon é um desafio, sair da sua zona de conforto e passar doze dias com pessoas desconhecidas, sem saber a cidade que em que iria ficar. Realmente, é desesperador de início, eu admito, mas, agradeço ao meu eu do passado por ter tido coragem e aceitado este desafio. Foi uma das melhores experiências que tive em minha vida.”
No total, a Operação Horizonte mobilizou cerca de 400 rondonistas, de mais de 20 instituições brasileiras e estrangeiras (de Angola, Argentina, Equador, Guiné-Bissau e Paraguai). Mais de 1,4 mil atividades, com a participação de cerca de 42,6 mil pessoas, marcaram a maior operação da história do NER da Udesc. O IFSC participou com 19 pessoas, entre estudantes e servidores.
“Durante o andamento do projeto, aprendi que muitas vezes os nossos problemas, por maiores que pensamos ser, não são nada, quando comparados com as vivências de outras pessoas. Foi um soco no estômago ver tantas realidades distantes das minhas. Retornei para casa valorizando muito mais a minha vida e as pessoas que tenho em volta”, afirma a estudante.
Na operação, ela teve oportunidade de produzir oficinas de temas variados, a maioria bem diferente de sua área de formação. “Foi algo inédito. Nunca pensei que iria falar sobre sexualidade e gravidez na adolescência para alunos de 7º ano, estando em uma graduação que se dedica, principalmente, a plantas”, lembra.
O grupo dela trabalhou no município de Capinzal, de onde trouxe muitas lembranças. “Cada um que tive o prazer de encontrar nesta trajetória me ensinou um pouquinho”, conta Bárbara, lembrando os olhares atentos e curiosos durante as oficinas, os abraços calorosos e as histórias de cada um.
Para finalizar, Bárbara faz questão de registrar um agradecimento especial aos seus colegas de grupo. “Tínhamos duas baianas, uma carioca, um gaúcho, uma paulista do interior, um manezinho da ilha, um paraense e mais um catarinense, cada um com uma maneira única de ser. Nossa união e fraternidade foi diferenciada, nossa sintonia foi única e admirável. É gratificante ver o nosso crescimento durante a operação. Acredito que plantamos uma semente no coração de cada um, e, lá na frente, iremos colher os frutos da nossa dedicação.”