INTERNACIONAL Data de Publicação: 15 set 2023 10:32 Data de Atualização: 15 set 2023 10:37
Vinicius, Ezequias, Miguel, Laura e Juliana são os cinco estudantes do Câmpus Florianópolis que realizam a partir deste mês o desejo de fazer intercâmbio. Para alguns deles, um sonho desde “sempre”, para outros, a vontade surgiu com a realização de seu curso no IFSC. Eles participam pelos próximos três meses do Propicie.
Vinicius Hermann Dutra Liczkoski cursa a 6ª fase de Gestão de Tecnologia da Informação, e embarca para a Finlândia dia 29 de setembro, para desenvolver um projeto na área de Machine Learning e Data Science na Hame University of Applied Science (HAMK). “Creio que essa oportunidade dará um "up" imenso em meu currículo, sem contar os aprendizados que levarei para a vida pessoal, pois essa é a primeira vez que eu irei sequer sair do Brasil”, diz ele, que fez a seleção ao programa por indicação de um dos professores do seu curso. “O idioma não foi um impedimento pois estudo o inglês por conta própria desde criança, mas estou aprendendo o finlandês para tentar me comunicar melhor com o pessoal nativo”, revela.
Ezequias Samir Rogério cursa o 7º período de Engenharia Elétrica, conta que o desejo por fazer intercâmbio iniciou quando ainda fazia o curso técnico integrado de Eletrotécnica. Ele embarca segunda-feira (18) para desenvolver o projeto "Artificial Ingelligence Applied to Energy", que visa utilizar inteligência artificial para fazer gestão de geração e consumo de energia elétrica, no Instituto Superior de Engenharia do Porto (Isep), em Portugal.
“Será o meu primeiro contato trabalhando com inteligência artificial e eu espero aprender muito sobre o tema. Também estou entrando agora nesse vasto mundo que é a programação e penso que participar desse projeto vai contribuir muito para o desenvolvimento das minhas habilidades de programação. Eu acredito que viajar para outro país, conhecer outras culturas e ter contato com pessoas do mundo inteiro será uma grande oportunidade para o meu crescimento pessoal. Além disso, creio que essa experiência agregará, em muito, ao meu currículo profissional e espero poder usar aqui no Brasil os conhecimentos adquiridos lá. Como ainda não tenho certeza de qual área desejo seguir após concluir a graduação, acredito que essa experiência me permitirá abrir novos horizontes”, destaca Ezequias.
Para ele, pelo fato de estar indo para Portugal, a língua não foi uma preocupação tão grande, mesmo a seleção sendo feita em inglês. “Apesar disso, tenho um conhecimento razoável do inglês que acredito que será o suficiente, caso seja necessário. Para me preparar para a entrevista, eu conversei com uma amiga que havia participado do programa no semestre anterior e ela me contou mais ou menos como seria a conversa.
Miguel Philippi Araujo é o caçula dos selecionados. Aos 18 anos cursa a 7ª fase do técnico integrado em Eletrônica, e segundo ele, antes mesmo de entrar no IFSC, já tinha vontade de participar de algum intercâmbio estudantil. “Isso foi até um dos motivos da minha escolha de estudar na instituição”, revela ele, que embarcou nesta quinta-feira (14) para participar de um projeto de pesquisa no Instituto Superior de Engenharia de Porto (Isep), em Portugal. “Espero usar essa oportunidade para desenvolver ainda mais autonomia de trabalho e pessoal”, diz Miguel.
Laura Martin da Silva Werneck, da 9ª fase de Engenharia Eletrônica, também embarcou nesta quinta-feira (14), com o mesmo destino de Miguel e Ezequias: Instituto Superior de Engenharia do Porto (Isep), mais especificamente no Instituto Politécnico do Porto (IPP), para atuar em uma pesquisa que tem como tema a Inteligência Artificial aplicada à saúde.
Ela diz que sempre sonhou em fazer intercâmbio: -“Isso abre muitas portas para o nosso futuro profissional, principalmente na área da tecnologia. Com o programa de intercâmbio do IFSC esse sonho se tornou mais fácil de ser conquistado”. Laura pondera que, quanto à questão do idioma, apesar de estar em Portugal, foi essencial ter um bom domínio do inglês, uma vez que a entrevista do Propicie foi conduzida nessa língua. “Para me preparar, desde a infância frequentei aulas de inglês e, ao ingressar no IFSC, participei do FIC de inglês. Desde a conclusão desses cursos, busquei praticar o idioma de alguma forma, seja ouvindo músicas ou vendo filmes totalmente em inglês”, relata Laura.
A futura engenheira eletrônica revela as expectativas para esse período de três meses no exterior. “A Engenharia Biomédica sempre me atraiu muito, e com este projeto, finalmente vou poder atuar um pouco nessa área que pretendo seguir após me formar. Além disso, planejo utilizar essa pesquisa como base para o meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), se tudo der certo. Tenho certeza de que este projeto de intercâmbio vai abrir muitas portas para mim. E não posso esquecer da parte cultural, que é incrível. Sempre ganhamos muito ao sair e conhecer novas culturas e pessoas. Mal posso esperar por essa experiência”, ressalta.
Para os estudantes que desejam realizar intercâmbio, Laura acredita que o melhor conselho “é simplesmente tentar”. E ela complementa: “se você tem vontade de participar de algo assim, vá em frente e se arrisque, não custa nada. Muitas vezes, as pessoas desejam participar, mas acabam com medo ou procrastinando, o que pode fazer com que percam oportunidades incríveis. Portanto, mesmo que você sinta medo ou não tenha certeza se vai dar certo ou não, não hesite em tentar”. Da mesma forma, Ezequias coloca: “não hesitem em se inscrever. Esta é uma oportunidade ímpar que a nossa instituição oferece e que será de grande valia para o seu desenvolvimento pessoal”. E Miguel aconselha que aqueles que querem essa oportunidade não desistam desse desejo: “busquem sempre se superar no âmbito pessoal e acadêmico e agarrem as oportunidades que a vida lhes dará”.