BLOG DO IFSC Data de Publicação: 28 abr 2021 09:56 Data de Atualização: 16 mai 2024 13:13
No post da semana passada, a gente explicou como é o processo de criação de cursos no IFSC. Vimos que esse processo não é aleatório, mas sim bastante atrelado às necessidades sociais identificadas para cada oferta – ou seja, está associado a aspectos como a demanda de capacitação de profissionais em determinadas áreas ou ao potencial de desenvolvimento econômico numa região específica. Então faz sentido, por exemplo, a oferta de cursos nas áreas da viticultura ou da fruticultura na Serra, onde há grande potencial para incrementar esses tipos de atividade econômica, e não no litoral, onde as demandas são outras.
Hoje, continuamos falando sobre a organização das ofertas de cursos no IFSC, porém de forma um pouco mais detalhada. E vamos dar seguimento também à série de posts sobre o nosso Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), tratando do Capítulo 7, que é o Plano de Oferta de Cursos e Vagas (POCV).
Recapitulando, nas publicações sobre o PDI nós já abordamos:
> O que é um PDI e como ele é feito?
-> Como funciona a estrutura organizacional do IFSC?
-> O que é um projeto pedagógico institucional?
-> Como funciona a EaD no IFSC?
-> Entenda o orçamento do IFSC
-> Aonde o IFSC quer chegar?
Neste post, além de abordar o POCV, que é o documento que norteia as ofertas de cursos em todos os nossos câmpus para os próximos cinco anos – o que é algo imenso, se a gente considerar que estamos falando de um universo de 22 câmpus, mais o Cerfead –, vamos detalhar também os itinerários formativos.
O que são os itinerários formativos?
São literalmente os percursos acadêmicos que nossos estudantes podem fazer em sua formação no IFSC, desde o nível mais básico, como um curso técnico de nível médio ou mesmo um Proeja de nível fundamental, até a pós-graduação, se assim desejar.
Mas o que os itinerários formativos têm a ver com o planejamento da oferta de cursos? Eles são levados em conta na hora da definição das ofertas, já que estão relacionados aos eixos tecnológicos de atuação de cada câmpus (já falamos sobre os eixos neste post). E como o POCV é um instrumento que precisa encontrar a melhor equação entre os servidores disponíveis, número de cursos e infraestrutura física disponível para as ofertas, tem lógica que num mesmo câmpus os professores de uma determinada formação tenham sua expertise aproveitada em cursos de diferentes níveis, dentro de uma mesma área de conhecimento.
No PDI, uma das forças identificadas no IFSC como instituição é exatamente a possibilidade de oferta de cursos em itinerários formativos verticalizados, como descrito no capítulo do Planejamento Estratégico. Isso significa que a possibilidade de oferecer diferentes níveis de formação numa mesma área do conhecimento é um importante diferencial do IFSC enquanto instituição pública de ensino.
A organização dos cursos em itinerários formativos nos institutos federais é prevista pelo Decreto 5.154/2004, que regulamenta o artigo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que trata da Educação Profissional e Tecnológica. Por esse decreto, a oferta de cursos com foco em itinerários formativos visa exatamente dar oportunidade para que os alunos da EPT possam dar continuidade a sua formação dentro da instituição, aproveitando e aprimorando o conhecimento adquirido num curso de nível técnico, por exemplo, no curso de nível superior da mesma área.
Como isso funciona na prática?
Para conhecer os itinerários formativos nos quais o seu câmpus atua, consulte a área de documentos complementares na página do PDI, no Portal do IFSC. No link Itinerários formativos por câmpus, você vai encontrar todos os mapas dos nossos câmpus.
Voltando às áreas que usamos como exemplo no início do texto: no Câmpus Urupema, o primeiro itinerário formativo tem início na qualificação profissional em Viticultura e Enologia; segue para o curso técnico concomitante na mesma área, para o curso superior também em Viticultura e Enologia e termina na pós-graduação em Enologia. Já o caminho iniciado no curso FIC de Agricultura pode prosseguir pelo técnico concomitante na mesma área e prosseguir na pós-graduação em Fruticultura.
Dentro de cada eixo, conhecimentos da mesma área em diferentes níveis são mobilizados. Em termos de organização da oferta, envolvem-se os mesmos servidores e infraestrutura física, como salas de aula, laboratórios e materiais. É nessa lógica que os itinerários formativos influenciam o POCV.
O POCV também planeja as ofertas de cursos levando em conta o atingimento da meta legal de que 50% do total de vagas da instituição sejam destinadas a cursos técnicos, 20% a cursos de licenciatura e programas especiais de formação pedagógica e 10% para cursos Proeja – neste último caso, meta que deve ser alcançada no último ano de vigência do PDI, em 2024.
O total de vagas de ingresso projetado para 2024 será de 37.524, em 324 cursos, conforme o POCV.
Esperamos ter esclarecido todas as dúvidas, mas se você ficou com mais algum questionamento mande para a gente no e-mail blog@ifsc.edu.br.
Receba nossos posts
Se quiser ver tudo o que já publicamos no Blog do IFSC, clique aqui.
Você também pode receber nossos posts no seu e-mail sempre que forem publicados fazendo seu cadastro aqui.