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Projeto Integrador do IFSC: entenda como funciona

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 21 nov 2024 09:08 Data de Atualização: 21 nov 2024 10:35

Dependendo do curso que se faz aqui no IFSC ou do seu curso de interesse, você irá se deparar com alguma destas unidades curriculares na matriz curricular: Projeto Integrador (o famoso PI), Atividade de Extensão ou Seminário Integrador. Essas unidades aparecem em diversos dos nossos cursos, às vezes até em mais de um semestre, e geralmente tem uma carga horária bem grande, o que pode até assustar um pouquinho! 😅

Embora os nomes de algumas delas possam ser um pouco autoexplicativos, nem sempre sabemos do que se tratam e por que estão ali. Pensando nisso, trouxemos essa questão aqui pro nosso Blog para explicar como funcionam essas unidades e por que são tão especiais para a formação e vida profissional dos nossos estudantes. Vamos lá?

Por que o Projeto Integrador existe?

Que o IFSC é uma ótima escolha para quem busca uma formação profissional não há dúvidas. Mas o ensino de qualidade que a gente busca oferecer aqui vai além da nossa estrutura e do nosso quadro de professores: quando formulamos um novo curso, o pensamento está sempre no profissional que terá ele no currículo quando se formar. E é aí que unidades curriculares como o Projeto Integrador entram na grade, já que elas focam justamente no alinhamento de tudo que os estudantes estão aprendendo em um semestre (daí o integrador do nome), em um projeto que se relaciona com a área de trabalho, aplicando esse conhecimento a situações mais próximas da realidade. Ficou confuso? Calma que vamos explicar melhor!

Unidades curriculares como Projeto Integrador ou Seminário Integrador costumam sintetizar o que é aprendido em aula para situações que aquele profissional encontrará fora do IFSC, às vezes até mesmo com clientes reais. Ou seja, essas unidades são o momento perfeito para sistematizar os conhecimentos adquiridos no curso e colocá-los em prática, o que muitas vezes envolve também o contato do estudante do IFSC com a comunidade.

Um exemplo muito legal que temos é do curso técnico integrado em Alimentos do Câmpus Canoinhas. Em 2022, os estudantes avaliaram rótulos de produtos, analisaram aditivos, fizeram estudo de caso de uma empresa local, e desenvolveram novas propostas de produtos. Tudo isso utilizando os conhecimentos adquiridos ao longo do curso!

Em resumo, nesta unidade o estudante aprende metodologias e técnicas de pesquisa, trabalha sua produção de texto, elabora projetos e os coloca em prática, relatando os resultados obtidos. Tudo isso documentado para a posteridade! 🙂 

Já a unidade de Seminário Integrador, é menos comum nos nossos cursos, mas está presente em vários semestres do curso de Pedagogia Bilíngue, por exemplo, com um papel bem próximo do Projeto Integrador, mas adaptado ao contexto de pedagogia. Em sua ementa, está previsto introduzir a dinâmica pedagógica do curso, pesquisa acadêmica e a produção de projetos de pesquisa em ensino.

Qual a diferença entre o Projeto Integrador e Atividades de Extensão?

As unidades curriculares de Projeto Integrador e Atividade de Extensão têm muita coisa em comum. Elas têm proximidades metodológicas e práticas, embora algumas nuances sejam diferentes. Na verdade, as unidades de Atividades de Extensão fazem parte de um cenário maior, que vem acontecendo já há algum tempo na educação brasileira, que é a curricularização da extensão em cursos superiores, que nada mais é que tornar a extensão parte do currículo. Alguns cursos de graduação com oferta de unidades curriculares análogas ao Projeto Integrador e passaram por atualizações curriculares, agora possuem também unidades de Atividade de Extensão, como foi o caso do curso de Produção Multimídia do Câmpus Palhoça Bilíngue.

Se você não sabe o que é extensão, a gente explica: é quando os saberes criados aqui dentro de uma instituição de ensino retornam para a comunidade externa, em projetos voltados para o público ao redor da instituição ou que o beneficiam de alguma forma. No caso de uma disciplina como a de Atividade de Extensão, é quando o cliente deixa de ser hipotético: você cria um produto ou oferece um serviço para alguém real que, de outra forma, não poderia pagar por aquele serviço, mas que precisa dele mesmo assim.

Já as unidades de Projeto Integrador e Seminário Integrador (que mencionamos mais acima) não necessariamente têm esse compromisso com o público externo, embora seja super comum em suas  ementas que contemplem isso também. Afinal, esse é um dos papeis do IFSC: formar profissionais capazes, criar experiências profissionais aqui dentro e contribuir para o desenvolvimento em nossa sociedade.

Quais os tipos de curso que têm alguma dessas unidades?

Apesar de ser bem comum, não são todos os cursos do IFSC que têm um Projeto Integrador em sua matriz. Até porque, em alguns deles, isso nem faria sentido, uma vez que fazem parte da nossa oferta os cursos de idioma, de formação inicial e continuada, entre outros de curta duração. Sem contar que em alguns dos nossos cursos de curta duração, os conhecimentos desenvolvidos são muito específicos, como nos cursos de Desenho Artístico oferecidos no Câmpus Gaspar, por exemplo.

De modo geral, essas unidades curriculares (de projeto ou seminário integrador e de atividades de extensão) estão presentes nos cursos técnicos - integrados, concomitantes e subsequentes - e de graduação - superiores de tecnologia, bacharelados e licenciaturas. Afinal, são esses os cursos que têm mais tempo e espaço para o desenvolvimento de projetos mais complexos e que possuem componentes curriculares mais profundos e diversificados ao longo dos semestres. Sempre que presentes, essas unidades curriculares são obrigatórias, uma vez que são bem importantes na matriz curricular desses cursos.

-> Conheça os cursos que o IFSC oferece

-> Você sabe a diferença entre bacharelado, licenciatura e curso superior de tecnologia?

Como funciona o projeto integrador?

O desenvolvimento dessas unidades curriculares depende de cada curso, é claro. Porém, o que há de comum em todas elas é esse caráter de preparação para o mercado de trabalho, além do ensino de metodologias para a elaboração de projetos. Geralmente esses projetos contemplam os conhecimentos adquiridos no curso até então, sendo quase sempre multidisciplinares. É comum que todo o processo de desenvolvimento de trabalho inclua a elaboração da escrita formal de um projeto, seguindo as normas ABNT, e relatórios sobre a sua execução.

Além disso, nas unidades que envolvem extensão, há também a seleção de clientes/público-alvo das atividades realizadas e, é claro, o acompanhamento de um ou mais professores direcionando todas as partes do processo. Outra tendência é que esses trabalhos sejam feitos em grupo, uma vez que um dos importantes aprendizados que queremos que todos tenham aqui é o trabalho em equipe.

Depois que esse projeto for executado, é possível ainda que a unidade se encerre com um relatório ou com uma rodada de apresentação dos resultados e experiências que cada grupo teve. Assim, todos podem aprender com as experiências dos colegas. 🙂

-> Cinco pontos que não podem faltar no seu projeto de pesquisa

O que fazer depois de concluído?

Tudo isso parece muito trabalho, não é? Bem, talvez as unidades de Projeto Integrador sejam realmente um tanto trabalhosas… Mas se tudo for feito com paciência e dedicação, os resultados podem ser ótimos em diversos sentidos! Ter um projeto formalizado, bem escrito e formatado dentro das normas pode te garantir publicações futuras ou até mesmo ideias para projetos maiores. Quem sabe você encontra ideias para seu Trabalho de Conclusão de Curso (se seu curso tiver, é claro) ou para uma Iniciação Científica?

Além disso, aqui no IFSC nós temos anualmente o Sepei - nosso Seminário de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação - , um evento e espaço todo especial para você e seu grupo apresentarem seus trabalhos. Outros eventos de IFs, outras instituições e revistas também podem aceitar projetos de estudantes, mesmo os de ensino médio. Afinal, um trabalho bem feito não precisa ficar esquecido e escondido, né?

-> Você sabe o que é Qualis Capes?

Como o Projeto Integrador pode fazer seu currículo brilhar?

Além de poder virar um trabalho acadêmico que você pode apresentar no Sepei e colocar no seu Currículo Lattes, em eventos do seu câmpus ou semana do seu curso e que te ensina o processo por trás desse tipo de produção, há vários outros motivos para caprichar no Projeto Integrador. E eles têm tudo a ver com a sua vida depois daqui!

Isso porque é bem comum que o resultado dessa unidade possa entrar, por exemplo, para o seu portfólio profissional. Como o foco é desenvolver atividades próximas da realidade de trabalho, você pode sair do seu curso do IFSC tendo feito trabalhos para pequenas empresas, por exemplo, o que já conta muito na hora de enviar seu currículo e portfólio para uma vaga de emprego.

-> Saiba como mandar bem no currículo e na entrevista de emprego

Por isso, nossa dica é não mirar só na nota: quando realizar um Projeto Integrador ou Atividade de Extensão, capriche em cada aspecto para fazer esse trabalho valer e cada pedacinho desse conhecimento te ajudar no futuro!

Vale inclusive coletar o feedback dos professores e colegas ao final do trabalho e dar toques especiais nele, junto ao seu grupo, para depois ter algo bem feito e elaborado para mostrar para um futuro empregador. Projetos visuais ficam muito legais em plataformas como o Behance, vídeos em boa qualidade podem ficar no YouTube ou vimeo, por exemplo. E deixe sempre as documentações dos seus projetos bem revisadas e formatadas. Independente do formato, não deixe um trabalho feito com dedicação cair no esquecimento, viu?

-> Procurando um estágio? Saiba por onde começar

Conheça alguns exemplos de projetos já feitos pelos nossos estudantes

Fizemos uma pequena busca para te mostrar resultados super legais de disciplinas de Projeto Integrador para te inspirar e dar novas ideias:

-> Este projeto do curso de graduação em Design do Câmpus Florianópolis desenvolveu móveis para um espaço infantil em uma comunidade indígena de Biguaçu

-> Aqui você pode ver vários projetos que foram feitos no primeiro semestre deste ano no curso de graduação em Engenharia de Controle e Automação, do Câmpus Chapecó

-> Uma estudante do curso técnico subsequente em Agronegócio, do Câmpus São Lourenço do Oeste, desenvolveu um projeto que resultou na implantação uma horta mandala para produzir alimentos de maneira mais sustentável

-> Os estudantes do curso técnico subsequente de Mecânica do Câmpus Chapecó registraram a apresentação dos seus trabalhos inovadores no YouTube

-> Um projeto integrador de 2022 do curso técnico integrado em Química do Câmpus Gaspar virou um artigo científico publicado em uma revista científica da Fiocruz

Esses são só alguns deles, porém se você acompanhar o IFSC nas redes sociais e nos nossos canais de divulgação, vai perceber que é bem comum nós divulgarmos alguns trabalhos como esses por lá. Quem sabe em breve não publicamos algum dos seus projetos também?!

Dúvidas sobre PI

Esperamos que esse post tenha ajudado a resolver algumas dúvidas sobre o Projeto Integrador. Mas se ainda restaram dúvidas, lembre-se que em qualquer momento da sua vida acadêmica, terá alguém aqui no IFSC para te ajudar. No caso de unidades curriculares, os professores responsáveis por ela são, é claro, os primeiros que você deve procurar. Porém, se você tem outras dúvidas sobre seu curso, matriz curricular ou outras coisas no IFSC, é só vir falar com a gente.

-> Confira o nosso Portal do Aluno
-> Conheça templates de arquivos que podem facilitar sua vida aqui no IFSC

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Publicações do IFSC: veja como divulgar seu trabalho científico

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 23 out 2024 09:51 Data de Atualização: 23 out 2024 21:41

Que se produz muita ciência aqui no IFSC todo mundo sabe. Diariamente temos notícias de prêmios e editais nos quais nossos estudantes e servidores brilham por criar inovação, sustentabilidade, pesquisa e muito mais. Porém, é essencial que esse conhecimento não fique preso aqui dentro, não é mesmo? E é por isso que divulgar a ciência e publicar o que nós fazemos aqui é tão importante!

Afinal, já que o nosso querido Instituto Federal de Santa Catarina é público e funciona com a colaboração de todos, temos o compromisso de compartilhar o que fazemos com todo mundo que quiser aprender e criar meios de veiculação de conhecimento. 🙂

Existem, é claro, muitas formas de se fazer essa divulgação de conhecimento. Os conteúdos que nós publicamos todos os dias no nosso portal, notícias ou no IFSC Verifica, por exemplo, são parte disso. No entanto, existem outras plataformas aqui do IFSC  dedicadas para divulgações mais estritamente científicas, como artigos e ensaios acadêmicos, ou de estudos mais aprofundados e extensos o bastante para formarem um livro. E hoje falaremos sobre elas: as publicações do IFSC.

Então, se você tem curiosidade ou interesse em fazer parte desse universo – quem sabe ter algumas publicações no seu currículo lattes? – siga conosco para entender melhor sobre onde e como você pode ter uma publicação feita pelo IFSC.

Quais tipos de trabalho são publicados pelo IFSC?

Quando se fala de publicações, uma das primeiras formas que vêm à mente é a do livro que, apesar de ser uma das formas de publicar pelo IFSC, não é a única. Além dos livros, majoritariamente digitais, que nós publicamos, há também os periódicos e os anais de eventos do IFSC. A publicação, normatização e divulgação desses textos é de responsabilidade da Coordenadoria de Publicações do IFSC, que faz parte da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Proppi).

Ou seja, o IFSC publica trabalhos técnico-científicos em livros e e-books e também em periódicos científicos.

Por que publicar pode ser interessante?

Além da recompensa pessoal de fazer parte de uma pesquisa e produzir conhecimento, há outras vantagens em ter um trabalho seu publicado. O aprendizado do processo de escrita acadêmica é muito importante para quem quer continuar estudando (quem sabe um mestrado aqui no IFSC?), sem contar que seu currículo lattes, que é uma plataforma também bem importante para quem segue na academia, fica bem mais legal quando tem publicações!

Aliás, para alguns processos de ingresso de pós-graduação, as publicações contam pontos que podem muito bem ser a diferença entre receber uma bolsa ou não. Ou até mesmo num futuro em concursos para a carreira de docente, publicações em revistas bem conceituadas na área também podem fazer bastante diferença.

E nada melhor do que começar essa jornada aqui com a gente, com toda a orientação e suporte que o IFSC nunca nega pra ninguém ❤️. Até porque ter o selo de qualidade do prefixo IFSC na sua publicação só vai valorizar ainda mais a sua pesquisa.

-> Aprenda como fazer pesquisa em periódicos on-line

E onde esses trabalhos são publicados?

Em um mundo cada vez mais digital, faz sentido que boa parte das publicações do IFSC atualmente sejam feitas nesse meio, certo? Por isso, hoje a preferência é que os livros sejam publicados digitalmente, assim como os periódicos. Esses materiais estão disponíveis gratuitamente e são de fácil acesso pelo Portal de Periódicos e na página de Livros e Periódicos do IFSC

Especificamente no caso dos livros, quem organiza o fluxo de publicação é o Conselho Editorial. Os critérios estéticos e técnicos das publicações devem se adequar à identidade visual do IFSC, seguindo nosso Manual de Marca e também o Manual de Editoração,  respeitando a organização, o formato da publicação e o layout esperado.

No caso dos periódicos já existentes no Portal de Periódicos, cada um possui sua chamada e organização próprias, seguindo as normas pré-estabelecidas na resolução da política editorial do IFSC. Para se abrir um novo periódico, é preciso preencher um formulário e fluxo específico junto à Coordenadoria de Publicações, seguindo, é claro, as normas da política editorial e manual de marca do IFSC.

-> Você sabia que o IFSC tem um Comitê de Ética?

Portal de Periódicos do IFSC

No Portal de Periódicos do IFSC, você encontra os periódicos científicos e os anais de alguns dos eventos realizados pelo IFSC. Para acessar os artigos é necessário entrar nos sites específicos de cada periódico, que podem ser encontrados no portal. A exceção é a Revista eletrônica Ciências da Administração e Turismo, que não está no portal, mas que pode ser acessada por um endereço próprio.

Alguns eventos também divulgam os anais em seus sites específicos e não no Portal de Periódicos. Se você não sabe o que são os anais de um evento, a ideia é bem simples: é o registro dos trabalhos apresentados em um evento, ou seja, um grande compilado das palestras, oficinas, mesas redondas, etc, presentes naquela edição do evento. Quer ver um exemplo? Aqui temos os anais dos Sepei realizados desde 2016.

Livros e periódicos do IFSC

Os livros do IFSC são divulgados no Portal do IFSC, na seção Livros e Periódicos do IFSC. Você pode notar que os livros são publicados com o que chamamos de Prefixo Editorial do IFSC. Isso é feito porque, formalmente, nós não temos uma editora. O IFSC possui toda a estrutura que uma editora exige, mas essa mesma estrutura não foi incluída no Regimento Geral do IFSC, que data de 2010, e será formalizada quando o regimento for atualizado.

O IFSC pode publicar, com seu prefixo editorial, tanto livros selecionados por meio de edital público quanto livros que julgar de interesse institucional. Como mencionamos antes, esses materiais são preferencialmente digitais e são de acesso livre e gratuito, não podendo ser comercializados, conforme os preceitos da Política Internacional de Acesso Aberto da Unesco.

-> Aliás, você sabe o que é um edital? Se não, confira nosso post sobre o assunto.

Publicar pelo prefixo IFSC ou autopublicar faz muita diferença?

Em tempos de internet e de tantas plataformas de publicação de ebooks, não é incomum que surja essa dúvida. Afinal, apesar de trabalhoso, com certa dedicação qualquer um pode escrever e formatar um epub ou pdf e publicar, certo? Então qual é a diferença de fazer isso pelo prefixo IFSC?

A resposta para isso é o critério avaliativo pelo qual as obras passam antes de serem publicadas pelo nosso prefixo. Há um processo de validação por pareceristas ad hoc e outras pessoas da área de conhecimento da obra que garantem a qualidade de tudo que é publicado por nós. Por isso, quando sua obra é aprovada e lançada pelo IFSC, ela já sai da fábrica com esse atestado de qualidade que não vem fácil quando você se publica autonomamente.

Além disso, o registro na Biblioteca Nacional (ISBN) que é feito para cada obra publicada pelo IFSC também conta para o currículo Lattes. Livros sem esse registro não podem ser incluídos na plataforma. É um bônus bem importante para quem quer seguir carreira acadêmica! :)

Quem pode publicar trabalhos pelo IFSC?

Tanto trabalhos de estudantes do IFSC quanto de servidores ou pesquisadores de fora da instituição podem ser publicados pelo IFSC. Só é importante se atentar a como e onde cada um pode enviar submissões.

Isso porque, para os periódicos (como Caminho aberto, EJA em Debate, RTC e Revista eletrônica Ciências da Administração e Turismo), é necessário que um dos autores, pelo menos, tenha nível superior completo. Logo, se você é um dos nossos estudantes de cursos técnicos ou de graduação, por exemplo, é preciso que um professor seja coautor do seu trabalho. O mesmo vale para membros da comunidade externa, como pesquisadores de outros Institutos ou Universidades.

Já para a publicação de livros, é necessário que um dos autores ou organizadores seja professor ou técnico-administrativo do IFSC. Estudantes aqui do IFSC ou de outras instituições podem ter textos publicados em livros, mas somente como um capítulo ou em coautoria com algum servidor.

Por fim, para os Anais de Eventos (como do nosso querido Sepei), existe uma política editorial e de submissão de trabalhos própria da comissão organizadora de cada evento. Muitas vezes as comissões aceitam trabalhos da comunidade interna (alunos e servidores) e da comunidade externa, mas nesse caso é importante conferir no site do evento em questão.

-> Você sabe como ser um cientista?

Quais as normas para publicação?

Como dissemos na seção anterior, as normas editoriais dos Anais de Evento são próprias, mas para o caso dos periódicos e livros temos algumas informações a mais que podem te ajudar a entender onde seu trabalho se enquadra e como submetê-lo. 
Periódicos

Cada periódico tem normas próprias para a submissão de trabalhos. Por isso, quando você quiser enviar um trabalho, é importante verificar os critérios exigidos na chamada de cada periódico. Você pode acessar essa informação acessando o Portal de Periódicos > Escolher o seu periódico de interesse > Sobre (no menu superior) > Submissões.

Livros

A publicação de livros pelo prefixo do IFSC segue dois caminhos diferentes pois, atualmente, temos tanto editais públicos como livros de interesse institucional que são lançados e divulgados por nós. Cada um deles segue um fluxo um pouquinho diferente, e nós preparamos um infográfico para deixar um pouco mais claro o assunto:

Você sabia que o IFSC tem uma Política Editorial?

A Política Editorial para Publicações Técnico-Científicas do IFSC é o documento que regula nossa prática de comunicação científica (o processo de circulação de informações acadêmico-científicas que resultam de projetos de ensino, pesquisa e extensão) e que define os critérios de submissão, avaliação, aprovação e acompanhamento da produção desses materiais.

O objetivo dessa política é qualificar as publicações técnico-científicas do IFSC por meio do estabelecimento de normas e diretrizes que assegurem processos democráticos de submissão, avaliação, aprovação e produção técnica da nossa comunidade, em livros e periódicos.

A confecção desse documento foi fundamental para garantir clareza, organização e funcionamento na publicação de materiais pelo IFSC, e a qualidade da nossa divulgação científica - que é, afinal, uma das tarefas importantíssimas que temos nas mãos!

Se eu quiser publicar e tiver dúvidas, com quem eu falo?

Primeiramente, fique sempre de olho nos editais abertos - você pode acompanhar pelas notícias que publicamos - e no Portal de Periódicos do IFSC, assim você sempre vai saber quando uma nova oportunidade de publicação surgir. É claro que, como sempre, é necessário ler os editais e chamadas com atenção para ter certeza de que seu trabalho atende a todos os critérios.

Se você for aluno aqui do IFSC, é uma boa ideia conversar com professores da sua área de interesse para ter melhores orientações de como uma pesquisa ou projeto se encaixa em uma publicação ou em algum outro edital de fomento à pesquisa. Além do nosso portal de periódicos, existem muitos outros de outras instituições que também aceitam trabalhos, desde que haja um orientador com nível superior completo envolvido.

Para mais informações, entre em contato com a Coordenadoria de Publicações do IFSC pelo e-mail publicacoes@ifsc.edu.br. 
Se você tiver outras dúvidas sobre produção científica…

Confira outros conteúdos que podem te ajudar:

-> Veja como acessar os acervos virtuais
-> Conheça os programas de pesquisa do IFSC
-> O que pode ser considerado plágio?
-> Conheça os templates do IFSC
-> Saiba como registrar uma inovação
-> O que é o Qualis Capes?

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Combate ao assédio no IFSC: o que você precisa saber

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 18 set 2024 09:32 Data de Atualização: 08 out 2024 10:48

Uma palavra agressiva, uma “brincadeira” que na verdade é preconceito racial ou de gênero, uma aproximação forçada, um toque não consentido. São muitas as formas como, no cotidiano, o assédio e a violência podem se concretizar. Trata-se de uma problemática que existe em todas as classes sociais e ambientes, seja na família, no trabalho ou, mesmo, na escola. E é importante saber o que pode ser feito quando situações de assédio ou violência acontecem com você ou com alguém próximo a você.

Legislações e normas que visam o combate ao assédio e às violências têm sido cada vez mais amplamente discutidas e implementadas no Brasil. É o caso, por exemplo, da Lei 14.540/23, que instituiu o Programa de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Sexual e demais Crimes contra a Dignidade Sexual e à Violência Sexual. A lei prevê a implementação do programa em todos os órgãos públicos federais, estaduais e municipais, nas escolas de ensino médio, nas universidades e nas empresas privadas que prestam serviços públicos. Avanços como esse podem ser resultado de uma maior compreensão acerca do que o assédio e as violências significam e da desnaturalização daquilo que, há até pouco tempo, poderia ser dissimulado como “brincadeira”, “mal-entendido” ou “exagero” da vítima.

Aqui no IFSC, a discussão institucional sobre o enfrentamento do assédio e das violências vem de longa data, mas ganhou um importante alicerce com a aprovação, pelo Conselho Superior (Consup), da Política de Prevenção e Combate ao Assédio Moral, ao Assédio Sexual e às demais Violências no IFSC, em fevereiro de 2023. A elaboração do documento envolveu uma comissão de servidores, com a participação de colaboradores externos. O processo de discussão e elaboração teve consultas à comunidade acadêmica e durou cerca de um ano, até a apresentação da minuta de texto que foi aprovada pelo Consup como Resolução 01/2023.

No post de hoje, vamos explicar melhor esta Política. 

Para que serve a Política de Prevenção e Combate ao Assédio Moral, ao Assédio Sexual e às demais Violências no IFSC?

É importante que toda a comunidade acadêmica saiba da existência desse dispositivo, que visa prevenir casos de assédio e violência, conscientizar sobre o que caracteriza cada tipo de assédio e violência e definir responsabilidades quando há necessidade de denúncias.

Também é preciso ter clareza de que a Política serve para proteger toda a comunidade acadêmica de situações de assédio, seja nas relações de trabalho (entre servidores e/ou terceirizados) ou nos ambientes de ensino, pesquisa e extensão (envolvendo servidores e estudantes ou apenas estudantes). Além disso, ela prevê que a prevenção e o enfrentamento das situações de assédio e violências são uma responsabilidade compartilhada de toda a comunidade acadêmica

Por dentro dos conceitos

O conhecimento de algumas definições pode ajudar a identificar situações desse tipo e entender como agir. Veja a seguir alguns dos conceitos importantes que o documento traz e que orientam essa compreensão.

  • Prevenção: são as ações individuais e coletivas que estimulam práticas de cuidado, integração e bem-estar entre as pessoas. Essas ações eliminam ou minimizam, por antecipação, acontecimentos, vivências e experiências assediosas ou violentas.
  • Acolhimento: é a primeira etapa do atendimento a quem sofreu assédio ou violência. Ele é composto de dois processos distintos: a escuta inicial e o atendimento especializado.
  • Escuta inicial: é o primeiro contato da pessoa que considera ter sido vítima de assédio ou violência com alguém da comunidade acadêmica. Neste momento não há, ainda, o registro formal da denúncia. A escuta inicial não precisa, necessariamente, ser feita por alguém da Coordenadoria Pedagógica ou de qualquer outro setor específico do câmpus: pode ser um professor ou professora, colega ou servidor de confiança da pessoa que considera ter sido vítima de assédio.
  • Atendimento especializado: aqui, sim, o atendimento passa para o nível profissional. É a escuta qualificada feita pelos setores relacionados ao tema, que podem variar de câmpus para câmpus. Em geral esse atendimento cabe aos servidores da Coordenadoria Pedagógica – psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, por exemplo. A Política prevê que os servidores responsáveis pelo atendimento especializado nos câmpus sejam designados por portaria.
  • Escuta qualificada: esse tipo de atendimento envolve elementos como liberdade, confiança, compreensão, paciência, prontidão para ajuda, disponibilidade, atenção, abertura para a fala, não recriminação e compromisso com o sigilo.
  • Registro da denúncia: ato de formalização da denúncia em meio institucional. Em geral, as denúncias são encaminhadas por meio da Ouvidoria (na sequência do post detalhamentos como fazer isso).
  • Assédio sexual: é o ato de constranger alguém com o objetivo de obter vantagens ou favorecimento sexual. Qualquer conduta de natureza sexual não solicitada e/ou não consentida, com o efeito de perturbar ou constranger a pessoa, afetar sua dignidade ou criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante e desestabilizador.
  • Assédio moral: são ações ou omissões intencionais e constantes, com o intuito de causar humilhação, isolamento e/ou constrangimento, de maneira repetitiva e prolongada durante a jornada de trabalho ou de estudo e no exercício de suas funções. Pode ser expresso em gestos, palavras (orais ou escritas) e/ou comportamentos de natureza psicológica. Essas ações expõem a vítima e podem causar ofensa à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica, podendo excluir a pessoa de suas funções e/ou deteriorar o ambiente de trabalho e/ou pedagógico.
  • Violência: qualquer ação intencional praticada por indivíduo, grupo, instituição, classe ou nação que cause prejuízos, danos patrimoniais, danos físicos, sociais, psicológicos e/ou espirituais.
  • Discriminação: violência oriunda de preconceito. Compreende todo tipo de distinção, exclusão, restrição ou preferência fundada em raça, etnia, cor, sexo, gênero, religião, deficiência, opinião política, ascendência nacional, origem social, idade, orientação sexual, identidade e expressão de gênero, ou qualquer outra que atente contra o reconhecimento ou exercício, em condições de igualdade, dos direitos e liberdades fundamentais nos campos econômico, social, cultural, laboral ou em qualquer campo da vida pública.
  • Violência sexual: qualquer forma de atividade sexual não consentida.
  • Importunação sexual: praticar ato libidinoso contra alguém, com objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiros.

Acho que fui vítima de assédio ou violência no IFSC. O que devo fazer?

A nossa instituição trabalha para que situações assim não ocorram, mas, infelizmente, sabemos que pode acontecer.  Se você é estudante do IFSC e acha que sofreu ou está sofrendo assédio - moral e/ou sexual -, converse com alguém de sua confiança, seja um colega ou um servidor. Também é possível buscar apoio com a Coordenadoria ou Núcleo Pedagógico do seu câmpus para receber o primeiro acolhimento por meio de uma escuta qualificada. Servidores que estejam passando por uma situação de assédio podem procurar a área de Gestão de Pessoas do seu local de trabalho. 

Depois, o recomendado é denunciar. Porém, a denúncia pode ser feita tanto pela própria vítima quanto por outra pessoa que tenha ciência dos fatos: uma testemunha, a pessoa que fez o acolhimento inicial da vítima ou qualquer outra pessoa. Veja abaixo o passo a passo básico do que pode acontecer após a denúncia:


 

1 Formalização da denúncia: por meio da plataforma Fala.Br, que é o canal oficial do Sistema de Ouvidorias do Poder Executivo Federal. Em caso de dúvidas sobre o uso da plataforma, é possível consultar o manual ou enviar um e-mail para ouvidoria@ifsc.edu.br. Para que a Ouvidoria do IFSC possa dar um encaminhamento imediato à manifestação, é preciso que a pessoa que está fazendo a denúncia tenha o máximo possível de informações. É importante identificar o câmpus do IFSC onde ocorreram os fatos denunciados, informar datas, fatos detalhados e, se possível, os nomes dos envolvidos. Também é recomendado que se anexe à manifestação informações que possam ilustrar os fatos, como e-mails, prints de conversas, fotos e documentos.

2 Ouvidoria: ao receber a manifestação por meio do Fala.Br, a Ouvidoria do IFSC toma ciência do fato e verifica se a pessoa que considera ter sofrido assédio recebeu atendimento especializado. Caso isso não tenha ocorrido, a situação é encaminhada junto ao câmpus. O atendimento especializado é facultativo para pessoas maiores de idade, mas obrigatório no caso de menores de 18 anos. Nessa etapa, a Ouvidoria também informa a área envolvida e analisa se cabe ou não dar sequência ao processo. Se houver materialidade na denúncia – ou seja, a comprovação de que de fato aconteceu o que foi denunciado, o caso pode ser encaminhado para três setores: Assessoria de Correição e Transparência, Comitê de Ética ou câmpus. Nos casos em que há envolvimento de estudantes e servidores, haverá apoio da Diretoria de Assuntos Estudantis e da Diretoria de Gestão de Pessoas.

-> Ouvidoria do IFSC: entenda como funciona

3 Assessoria de Correição e Transparência: analisa a materialidade da denúncia. O processo pode ter dois caminhos: instauração de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), quando há materialidade robusta e indicativo de autoria; ou instauração de Investigação Preliminar Secundária (IPS) ou Sindicância Investigativa (Sinve), quando a denúncia não apresenta materialidade robusta e/ou indicativo de autoria. A IPS e a Sinve investigam a situação de forma mais aprofundada, dentro das regras da Controladoria-Geral da União (CGU). Caso haja presença de materialidade e autoria, é recomendada a abertura de PAD.

4 Investigações internas: tanto no caso do PAD quanto nos de IPS ou Sinve, há uma série de procedimentos que devem ser seguidos para garantir a idoneidade da investigação. Tanto denunciante quanto denunciado podem apresentar testemunhas. E deve-se garantir ao acusado o amplo direito de defesa. Em geral os PADs demoram até 60 dias para serem concluídos, mas, dependendo da situação, é possível haver prorrogação.

5 Conclusão: a comissão de servidores responsável pelo PAD encaminha ao reitor o resultado do PAD, que, com apoio da Procuradoria Federal, julga o processo e faz cumprir o resultado. É importante ter claro que o PAD, sindicâncias e IPS são processos administrativos, ou seja, analisam se a conduta do servidor investigado contraria suas obrigações de servidor público. 

Em caso de denúncia de assédio, é preciso sempre se identificar?

De acordo com o Princípio da Proteção ao Denunciante, todo indivíduo que leve aos órgãos de controle, de regulação ou de execução informações sobre atos ilegais ou prejudiciais ao interesse público deve receber proteção especial contra retaliação, perseguição ou tratamento discriminatório, seja por parte de seus superiores, do denunciado ou de autoridades públicas.  

Em caso de vítimas menores de idade, a Política prevê que deverá ser contatado o responsável legal para ciência dos fatos, bem como será feita uma comunicação por meio de ofício ao Conselho Tutelar.

Tenho medo de denunciar o assédio no IFSC

Sabemos que não é fácil para uma vítima de assédio denunciar o caso. Aliás, às vezes o assédio pode acontecer de forma velada que nem a pessoa percebe que é uma vítima. A decisão é sempre da vítima e essa revelação deve ser espontânea. 

O IFSC pode investigar denúncias?

Recebemos todos os tipos de manifestações, mas sabemos que as denúncias chamam mais a atenção e merecem todo o cuidado. Por isso, o IFSC tem o dever de investigá-las. O artigo 143 da Lei nº 8.112/1990 obriga que a autoridade competente, ao ter ciência de suposta irregularidade, promova a imediata apuração, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar. Para haver indícios de materialidade do caso, é importante que quem quiser fazer uma denúncia junte o maior número de provas e indique testemunhas para garantir que a investigação seja levada adiante. Além de apurar, a gestão da instituição deve emitir resposta quanto às solicitações ou reclamações na esfera de sua competência, principalmente demonstrando a forma como o IFSC age.

Quando é caso de polícia?

Conforme prevê a Lei 8112/90 e o Código de Ética do Servidor Público Federal, o IFSC apura administrativamente todos os atos que envolvam as condutas dos servidores do IFSC. Em casos de violência contra criança e adolescentes, a denúncia poderá também ser feita no conselho tutelar, no Ministério Público Federal e/ou na Delegacia da Infância e da Juventude - se não houver delegacia especializada, pode ser em uma delegacia normal. Cabe ao IFSC apurar administrativamente e, nos casos que envolverem  as esferas cível e criminal, fica a critério do manifestante buscar a apuração.

Nos demais casos que envolvam qualquer espécie de crime, o IFSC recomenda que a vítima, além de cadastrar manifestação na Ouvidoria da instituição, registre, também, uma ocorrência na Delegacia de Polícia mais próxima. Esta ocorrência poderá ser apresentada ao IFSC como um dos elementos de prova para apuração administrativa.

Campanha de Combate ao Assédio no IFSC

Para conscientizar a comunidade acadêmica sobre o tema, o IFSC criou uma campanha de combate ao assédio na instituição. Diversas ações serão promovidas a partir deste mês nos câmpus e na Reitoria com o objetivo de evitar este tipo de situação.


 

Saiba mais

Leia mais sobre a prevenção ao assédio e à violência nos órgãos do governo federal no Guia Lilás: Orientações para prevenção e tratamento ao assédio moral e sexual e à discriminação no Governo Federal

Ficou com mais dúvidas? Leia a Política de Prevenção e Combate ao Assédio Moral, ao Assédio Sexual e às demais Violências no IFSC. Se precisar, procure o setor pedagógico do seu câmpus ou entre em contato com a nossa Ouvidoria.

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BLOG DO IFSC

Entenda melhor o seu curso: do calendário aos planos de ensino

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 14 ago 2024 09:17 Data de Atualização: 14 ago 2024 10:24

Como já comentamos em outros posts aqui do Blog, sabemos que entrar no IFSC muda muito sua experiência como estudante. Se você já estuda aqui com a gente, deve ter percebido que incentivamos certa autonomia quanto a prazos, informações importantes que cada estudante precisa saber. Fazer parte do IFSC é conhecer, pelo menos, o principal sobre responsabilidades e direitos que cada um tem aqui dentro. Mas, é claro, isso tudo também vem com todo o apoio que buscamos entregar durante todo esse processo! Afinal, a gente cobra, mas a gente faz o nosso melhor para ajudar muito também! 🙂 (não é à toa que dizem que o IFSC é uma mãe 🥰)

Pensando nisso, preparamos esse post para dar mais um empurrãozinho nessa ajuda, tanto para alunos novos quanto antigos que podem estar um pouco perdidos em diversas questões sobre o curso e a vida de estudante. Esperamos que aqui você possa encontrar algumas respostas que andava procurando!

-> Estudante do IFSC: o que você precisa saber

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Começando pelo começo: os tipos de curso do IFSC

Diferente de outras instituições de ensino como escolas e universidades, os Institutos Federais têm uma característica bem única: a variedade imensa de cursos ofertados! Tem, praticamente, um curso para todas as necessidades, em todas as fases de ensino. Olha só:

Para quem já concluiu o Ensino Fundamental, existem os cursos técnicos integrados e concomitantes. Você pode conhecer um pouco da diferença entre eles nesse post aqui, mas também vai um resumo:

Os cursos técnicos integrados do IFSC oferecem o ensino médio junto a uma formação técnica, tudo aqui com a gente;
Já os cursos técnicos concomitantes oferecem disciplinas da formação técnica para quem cursa o ensino médio em outras instituições.

-> Qual a diferença entre os cursos técnicos integrados, concomitantes e subsequentes ao Ensino Médio?

Para quem já concluiu o Ensino Médio, temos os cursos técnicos subsequentes e os cursos de graduação:

- Os cursos técnicos subsequentes oferecem formação técnica em áreas de trabalho relevantes na região do câmpus do IFSC em questão, e seu foco é a prática e a rápida inserção no mercado de trabalho, ou seja, são cursos mais breves (geralmente com duração de um a dois anos);

- Já nossos cursos de graduação, dentre os quais temos três tipos, têm como foco oferecer uma educação mais aprofundada tanto no âmbito profissional quanto no acadêmico:

Por fim, temos também os cursos de qualificação profissional ou FIC ( sigla para Formação Inicial e Continuada). Os pré-requisitos para eles são mais diversos, pois a oferta e tipos de cursos FIC aqui no IFSC também são bem diversas 😅. Eles se dividem em dois tipos:

  • Os cursos de Formação Continuada são para a qualificação profissional e aprimoramento de conhecimento em uma área de trabalho específica e, por isso, são em geral de curta duração;
  • Os cursos de Formação Inicial são para a qualificação profissional inicial em uma área de trabalho e desenvolvimento de competências básicas nela, são em geral de curta duração com no mínimo 160h.

São considerados cursos FIC, ainda, os cursos de idiomas. E aqui no IFSC temos uma diversidade deles: inglês, espanhol, francês, Libras, português para estrangeiros, entre outros.

Ufa! É muita coisa, né? Não é à toa que tem tanta gente que sai do IFSC e volta pro IFSC rapidinho.

-> Da qualificação profissional à pós-graduação: entenda o que são os itinerários formativos no IFSC
-> Faça nosso teste e descubra qual curso do IFSC você pode fazer

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O Projeto Pedagógico e a matriz curricular do seu curso

Independente do tipo de curso que você faz, todos eles têm algo em comum: uma matriz curricular formada com base em muita pesquisa, diretrizes do MEC, entre muitos outros documentos norteadores importantes para se montar um curso. É um processo longo e até um tanto burocrático e que tem como resultado o projeto pedagógico do seu curso.

Nesse documento, que pode ser encontrado na página do seu curso no Guia de Cursos ou no Sigaa, você vai encontrar muitas informações importantes sobre seu curso: a justificativa da sua oferta, as disciplinas e suas ementas, a carga horária de cada uma delas, as áreas de atuação possíveis no mercado de trabalho, a matriz do curso e muito mais.

Pode parecer muito texto, sabemos disso, mas conhecendo o projeto pedagógico do seu curso, você garante uma vida sem surpresas: Quais disciplinas você vai fazer? O que eu vou aprender em cada matéria? O que posso fazer depois que me formar? Entre muuuitas outras respostas importantes sobre sua vida acadêmica aqui.

Entre essas informações, destacamos a matriz curricular no subtítulo por um motivo: é uma das informações mais legais pro estudante olhar no projeto pedagógico (em alguns cursos ela está disponível no site, separadamente). Isso porque a matriz é quem te diz o roteiro que você vai percorrer aqui dentro, em termos de disciplinas e carga horária, o que pode te ajudar na hora da rematrícula, por exemplo. 🙂

-> Entenda o que é um projeto pedagógico institucional

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Entenda seu histórico escolar

Se a matriz te conta o seu futuro aqui no IFSC, o histórico escolar é seu passado. Espero que, no seu caso, não seja um passado sombrio! 🥲 Você pode encontrar ele acessando o Sigaa na barrinha de navegação, selecionando Ensino > Consultar histórico escolar.

No histórico escolar, você encontrará as disciplinas cursadas, aprovadas, validadas e pendentes, além dos índices acadêmicos, como o coeficiente de aproveitamento acadêmico (CAA).

Esse documento é importante tanto para acompanhar o desenvolvimento da sua vida acadêmica quanto para depois: o histórico é constantemente pedido como documento comprobatório em cursos de graduação, pós-graduação etc.

Se você é estudante de graduação, foi lá olhar de curiosidade e notou um nome meio estranho de disciplina, um tal de Enade, e não sabe o que é, vamos já contar pra você.

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Enade: que disciplina é essa?

Seria uma área secreta de conhecimento no mercado de trabalho do curso? Um ramo teórico como ética, empreendedorismo, algo do tipo? Você terminou todas as disciplinas e só falta essa?

Não se preocupe, você não terá que ficar um semestre a mais por causa disso. E aqui vai o motivo: o Enade nada mais é que uma prova nacional do ensino superior, e seu nome completo é Exame Nacional de Desempenho de Estudantes. Algo como o Enem para o Ensino Médio: a ideia é avaliar a qualidade dos cursos de nível superior no país, federais, particulares, estaduais e municipais, todas eles.

Por que o Enade está no seu currículo? O motivo também é simples: estudantes no início ou fim do curso no período de aplicação da prova precisam fazê-la para se formar. Sim, é obrigatório, o que não é tão ruim assim, já que é uma das formas de demonstrar a qualidade do ensino que oferecemos aqui 😀. Porém os cursos avaliados a cada ano variam, então caso você precise fazer, não se preocupe que a coordenação do seu curso notifica você e seus colegas do mesmo semestre.

-> Como são avaliados os cursos do IFSC?

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Qual a diferença entre disciplina optativa e eletiva?

Disciplinas optativas e eletivas não fazem parte da matriz de todos os cursos aqui do IFSC, sendo mais comuns em cursos de graduação ou tecnólogos, por exemplo. Então, se você encontrar uma dessas disciplinas na matriz curricular do seu curso, é importante saber a diferença!

Vamos explicar com um exemplo: sabe quando você pode ir para o IFSC a pé ou de ônibus ou de bicicleta, mas precisa ir, de qualquer forma? Essas são as disciplinas eletivas: você pode escolher qual delas fará, mas fazer uma delas é sempre obrigatório para a conclusão de um módulo ou semestre e, consecutivamente, para se formar no curso. Elas fazem parte da carga horária de disciplinas obrigatórias do seu curso.

Já as optativas são um pouquinho diferentes disso. Geralmente os cursos de graduação tem uma carga horária mínima de optativas para serem feitas, mas você pode fazê-las a qualquer momento do curso, e elas podem ser qualquer disciplina que não faz parte do currículo obrigatório do curso. Você só precisa ter um espaço na sua grade para isso. É como sair para pegar um solzinho e ativar sua vitamina D: não é exatamente opcional, mas você faz da forma como preferir, quando cabe na sua rotina.

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O que são as Atividades Complementares?

Alguns dos nossos cursos preveem uma quantidade específica de horas em Atividades Complementares (ACC) para a conclusão do curso. Você pode verificar se esse é o caso do seu curso no seu histórico escolar ou no Projeto Pedagógico do curso.

Essas atividades podem ser várias coisas e isso pode depender do seu curso. Por exemplo: o curso superior de tecnologia em Produção Multimídia, oferecido pelo nosso Câmpus Palhoça Bilíngue, prevê 40 horas de atividades complementares no currículo do curso. Para um estudante desse curso, essas horas podem ser preenchidas realizando cursos livres, com certificação válida, para aprimorar conhecimentos de software de edição de imagem e vídeo, por exemplo. Ou, então, elas podem ser validadas a partir de projetos na área da produção multimídia.

Você pode verificar com o seu coordenador de curso quais atividades podem ser validadas para completar as ACCs do seu currículo. Geralmente elas são aquelas que complementam sua formação e podem ser comprovadas por certificados. E aqui conta, por exemplo, participação em eventos da sua área de formação, congressos, o nosso próprio Sepei, entre outros. Por isso, nunca esqueça de pegar seu certificado depois de participar de um desses, viu?! É super importante.

-> É possível fazer mais de um curso ao mesmo tempo no IFSC?

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Calendário acadêmico: onde encontrar, como ler?

Agora, um assunto que envolve todo mundo: o calendário acadêmico. Ou, melhor dizendo, os calendários acadêmicos: temos aqueles locais, de cada câmpus e o CAU, que é o calendário acadêmico unificado e serve para todo o IFSC.

A diferença entre os dois é basicamente que os locais consideram feriados locais e acontecimentos particulares em torno do câmpus, como a data de início e fim do semestre, de rematrículas, transferências etc. A maleabilidade deles é condicionada ao CAU, já que ele é o norte geral do IFSC, em especial no que diz respeito às datas limites de início e término de período letivo e outras datas administrativas, por exemplo.

No mês passado, publicamos aqui no Blog um post com tudo o que você precisa saber sobre o Calendário Acadêmico do IFSC.

Você pode encontrar o calendário acadêmico do seu câmpus nesse link aqui. Ele é o mais importante para você, já que é o que impacta diretamente na sua vida estudantil.

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Conheça o plano de ensino

Planejar uma disciplina não é um exercício de criatividade pura: é, na verdade, seguir a ementa prevista no projeto pedagógico do curso e aplicar a ela os conteúdos teóricos e práticos necessários para tirá-la do papel. E o documento que te explica melhor sobre como isso vai acontecer é o plano de ensino.

É uma prática comum, no primeiro dia de aula, os professores apresentarem como será o andamento da disciplina, geralmente mostrando o plano de ensino ou só explicando o que já está nele. Seja como for, é sempre importantíssimo prestar atenção nesse momento para saber o que está por vir e não ser pego de surpresa.

Nesse documento, você encontra: o trajeto da disciplina, desde a previsão de conteúdo para cada encontro como também as formas de avaliação; previsão de entregas de trabalhos e dias de prova; dia de atendimento extraclasse e o contato do seu professor, entre outros.

Você pode encontrar o plano de ensino da disciplina na plataforma escolhida pelo professor para compartilhar materiais: o Sigaa ou o Moodle.

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O que é importante saber sobre a frequência

Muitos dizem que a parte mais difícil de estudar é a frequência… Embora a gente aqui no IFSC saiba que nossos câmpus tendem a ser bem acolhedores e convidativos, então esperamos que esse não seja o seu caso! :)

De qualquer forma, sabemos que imprevistos acontecem, nem sempre estamos no nosso melhor momento e tá tudo bem. Só é importante tomar precauções para não criar uma bola de neve no quesito frequência.

O mínimo de presença para obter a aprovação em qualquer unidade curricular é de 75%. Isso significa tanto sua presença física quanto o cumprimento de horas-atividades para cursos com disciplinas à distância.

Você pode acompanhar suas presenças no Sigaa, na página da disciplina, selecionando no menu lateral: Alunos > Frequência. Lá você verá quantas aulas acontecerão no período letivo e quantas você já faltou.

Com mais de 25% de ausências você será reprovado por falta. Mas não se desespere:

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O que fazer no caso de faltas?

Se você teve que ir ao médico, teve alguma perda familiar próxima, precisou comparecer a um evento do trabalho ou algo do tipo, pode justificar a sua ausência. Para isso, é preciso um atestado ou documento comprobatório, que você levará até a Secretaria ou Registro Acadêmico do seu câmpus. No final do período letivo, durante o conselho de classe, essa justificativa será contabilizada.

Se o seu afastamento de saúde precisa ser prolongado, há também o exercício domiciliar, no qual você estuda de casa, com programas de estudo feitos pelos seus professores especificamente para você. Nesse caso, além das comprovações necessárias, você precisa entrar em contato com o coordenador do seu curso para solicitar orientações.

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Não pude fazer uma prova. E agora?

Se você precisou se ausentar em dia de prova e tem uma justificativa médica, de falecimento de familiares, convocação do judiciário ou do serviço militar, é possível pedir uma segunda chamada para ela. O que você precisa fazer é:

1) Comunicar o motivo do impedimento em até dois dias letivos à Secretaria Acadêmica do seu câmpus;

2) Encaminhar em até dois dias letivos, contados do final do afastamento, um requerimento à coordenação de curso, com os documentos comprobatórios do impedimento. Esse requerimento precisa ter:

- data e horário da avaliação perdida;
- disciplina;
- nome do professor.

Atente-se às datas e nunca esqueça de pedir atestado quando for ao médico ou dentista! 🙂 Ou qualquer outro documento que conte como uma justificativa, é claro.

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E se eu tirar uma nota MUITO ruim em uma avaliação? ):

A recuperação de estudos é um direito de todo estudante aqui no IFSC. Por isso, não se desespere quando o seu desempenho não for dos melhores! 

Inclusive, a recuperação de atividades avaliativas geralmente está prevista no plano de ensino das unidades curriculares, podendo vir em várias formas, como fazer uma nova prova ou refazer a atividade proposta, e acontece ao decorrer do semestre, no horário regular da aula. Após uma atividade de recuperação, prevalece a maior nota entre ela e a atividade anterior à recuperação.

No entanto, vale lembrar que quem tem direito à recuperação é quem fez a avaliação! 😬 Quando você falta sem justificativa em dias de atividade avaliativa, há o risco de ficar sem aquela nota.

-> Entenda um pouco mais sobre as normas do IFSC

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Como e onde se matricular para o próximo semestre?

Antes de tudo: as datas para matrícula e rematrícula sempre estão no calendário acadêmico do seu câmpus! Preste atenção para não perder a data.

Você se lembra de tooooodos aqueles tipos de curso que colocamos lá em cima? Nessa resposta a diferença entre eles faz toda a diferença: nem todos os cursos têm a matrícula igual e isso acontece porque, aqui no IFSC, temos cursos com matrícula por componente curricular e com matrícula seriada. Mas como saber qual é o seu?

É fácil: os cursos com matrícula por componente curricular possuem módulos e fases. São os técnicos subsequentes, concomitantes e de graduação. Neles você pode fazer a rematrícula on-line pelo Sigaa, acessando a barra superior e clicando em: Ensino > Matrícula On-Line > Realizar Matrícula. Nestes casos, a rematrícula deve ser feita a cada semestre.

Já os cursos com matrícula seriada têm as disciplinas sempre ligadas a uma série. Se enquadram nesse tipo os cursos FIC, Proeja, técnicos integrados e alguns dos concomitantes. Nesse caso, você não precisa se preocupar em fazer sua própria matrícula, pois ela será feita automaticamente no sistema. Seu papel é conferir seus dados no sistema e verificar se está tudo certinho. Você ainda pode pedir alterações e trocas de turma, mas para isso seus dados precisam estar bem certinhos! 🙂

Se você tiver dúvidas durante esse processo, você pode perguntar ao seu coordenador de curso.

-> Tire dúvidas sobre o seu curso no nosso Guia do Estudante

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O que preciso saber antes de chegar no meu último semestre?

Alívio ou gostinho de saudade, qualquer um dos dois é comum quando você vê o fim do curso chegando (e até um pouco de cada um ☺️). Mas junto também podem vir um monte de dúvidas e medo de qualquer coisa no universo acontecer e te impedir de concluir o curso. Calma! Vai dar tudo certo! Mas é importante se lembrar de algumas coisinhas, preferencialmente antes de chegar lá, já que, quanto mais perto, mais o desespero bate!

Vai aí uma lista do que não esquecer:

  • Você não pode ter débitos com a biblioteca e precisa entregar todos os livros emprestados (e pagar as multas pendentes, se for o caso);
  • Seus dados no sistema precisam estar corretos, como sempre;
  • Se você for estudante de um curso de graduação e receber a convocação para o Enade, compareça e faça a prova;
  • Não deixe para cumprir horas de Atividades Complementares no final. Participe de eventos, faça cursos, se engaje!;
  • O mesmo vale para disciplinas optativas: faça sempre que puder para não fazer depois só pela força da obrigação;
  • Acompanhe seu histórico escolar para se certificar de que você fez tudo certinho;
  • Se você ainda não quer se formar e pretende fazer disciplinas eletivas e optativas a mais do que o exigido pela matriz do curso, não conclua toda a carga obrigatória, pois caso contrário o sistema não te deixará fazer a matrícula no próximo semestre, uma vez que você será já um formando e sua matrícula estará concluída.
  • Se tiver dúvidas, não se esqueça de contar com a gente 🙂

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Como sempre, sabemos que não dá pra responder tudo em um só post, embora esse tenha sido bem extenso! Então, se você precisar de ajuda em qualquer etapa da sua formação, não deixa de procurar ajuda e informação. Falar com a gente é sempre uma opção.

-> Confira o nosso Portal do Aluno
-> Saiba com quem tirar suas dúvidas no IFSC
-> Conheça templates de arquivos que podem facilitar sua vida aqui no IFSC
-> Acesse o novo Guia do Estudante do IFSC

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BLOG DO IFSC

Tudo o que você precisa saber sobre o Calendário Acadêmico do IFSC

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 17 jul 2024 08:30 Data de Atualização: 29 jul 2024 09:34

Talvez você até já saiba disso, mas aqui no IFSC temos mais de um tipo de calendário acadêmico. O Calendário Acadêmico Unificado, o CAU, é definido pela reitoria e serve de diretriz para a elaboração dos Calendários Acadêmicos dos Câmpus, os CACs, que são definidos em cada uma das nossas unidades e são geralmente mais consultados pelos nossos estudantes quando estão com dúvidas sobre alguma data importante.

A organização desses calendários é muito importante para o andamento de todas as atividades da nossa instituição, tanto as estudantis quanto as administrativas. Até porque cuidar de tantos câmpus diferentes requer muito planejamento! Porém, como tudo na vida, o planejamento nem sempre dá certo porque imprevistos acontecem, como a greve que ocorreu mais recentemente ou até mesmo acontecimentos locais que afetam só os entornos de um câmpus.

Por isso, neste período que estamos vivendo de reposição de aulas e reorganização de calendários, separamos esse tempinho para te contar melhor sobre como funciona a criação e organização desses nossos calendários que guiam o dia a dia aqui no IFSC. Assim, você vai ter uma ideia do que esperar nos seus próximos meses aqui com a gente!

Como nasce um Calendário Acadêmico?

Como tudo em uma instituição de ensino como o IFSC, aquilo que fazemos é guiado pelas leis e diretrizes que orientam a educação nacional. Por isso, a organização dos nossos calendários começa na Lei nº 9.394, de dezembro de 1996, a famosa LDB, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e passa por diversas outras regulamentações nacionais e do próprio IFSC, como a Resolução do Conselho Superior nº 27/2009, que estabelece as diretrizes para a elaboração do nosso Calendário Acadêmico Unificado.

Considerando tudo isso, temos o objetivo de organizar 200 dias letivos por ano, 100 por semestre, ao longo de cada ano civil, ou seja, de 1 de janeiro a 31 de dezembro, levando em conta algumas regras como domingos não poderem ser dias letivos e todos os outros acontecimentos que devem se encaixar nesse período. Incluímos datas para todo o processo de ingresso (desde os editais até dias de matrícula e início das aulas para o período de matrículas), para o período das tão merecidas férias (não só as dos estudantes quanto as dos professores também), para os eventos importantes (como o Sepei, o JIFSC, entre outros), e por aí vai.

Ah, e além de tudo isso, é sempre importantíssimo incluir as datas administrativas para que todos os processos por trás desses acontecimentos não se atropelem. É muita coisa para gerenciar, né? Por isso que no CAU são estabelecidas as datas limites para cada momento do ano e os CAC se ajustam a ele considerando as particularidades da região e demandas específicas dos câmpus.

Mas por que em cada câmpus é diferente?

Porque cada um dos nossos câmpus vive uma realidade um pouquinho diferente e que precisa ser adaptada, já que estamos em todos os cantos do Estado, oferecendo modalidades e cursos diferentes em cada um deles. Há também os feriados municipais para se considerar e até mesmo eventos climáticos que podem afetar os entornos de cada câmpus e a vida dos alunos em determinadas épocas do ano. Essa organização e maleabilidade é importante para que a vida estudantil esteja alinhada com o que acontece nas cidades onde o IFSC está. 🙂

Quais as datas mais importantes para os estudantes?

Quando você olha para essa imagem, talvez tenha até um pouquinho de tontura de tanta informação, né?


 

Mas calma, você não precisa memorizar todas as datas e pontinhos coloridos no CAC do seu câmpus! O que não quer dizer que não seja super legal saber de memória algumas delas (e não, não é só o início do recesso, viu?!) Preparamos aqui uma listinha com as datas mais importantes para nossos estudantes:

  • Início e fim do período letivo e recesso escolar;
  • Datas de matrícula e rematrícula (para os cursos de matrícula por componente curricular, como graduações e pós, é super importante!);
  • Período de ajuste de matrícula (para todos os cursos é importante sempre checar se está tudo certinho e se é necessário fazer ajustes 😉);
  • Período de aproveitamento de unidade curricular (quando o estudante já trabalhou/tem conhecimentos na área);
  • Períodos para transferências, retornos, trancamentos etc.;
  • Datas de inscrição dos cursos FIC (um curso de idiomas sempre cai bem no currículo, né?!);
  • Datas do Sepei e do JIFSC.

Claro que há outras datas que podem interessar cada estudante particularmente. Então, nossa recomendação é sempre verificar no início do ano ou no período de férias como será o próximo semestre letivo. É comum que os coordenadores de curso enviem lembretes dos momentos mais essenciais, como dia de rematrícula, por exemplo. Mas é sempre bom criar o hábito de saber o que está acontecendo no câmpus para não correr o risco de perder datas importantes!

-> Não sabe o que é um curso FIC? A gente te explica

O que pode fazer os calendários mudarem?

Não é comum que os calendários, mesmo os CAC, mudem no meio do caminho. Isso porque a maior parte dos imprevistos que podem acontecer e tomar dias letivos tendem a não tomar dias o bastante para causar um impacto muito grande. Os calendários estão preparados para acomodar isso em algum sábado letivo ou contraturno, por exemplo.

Porém, há situações em que as atividades são interrompidas por um período muito longo, como em greves com grande adesão dos servidores e a pandemia de Covid-19, por exemplo. Nesses casos, o Conselho Superior (Consup) analisa e delibera a necessidade ou não da suspensão do calendário e, quando for o caso, delega ao colegiado de cada câmpus essa decisão.

Recentemente o CAU passou por um período de suspensão, no qual o período letivo e as datas administrativas entraram em pausa. Nesse espaço de tempo entre os dias 20 de maio e 27 de junho, apenas atividades tidas como essenciais aconteceram aqui no IFSC. Essa suspensão aconteceu em decorrência do movimento de greve do Sinasefe, sindicato que representa os servidores do IFSC.

Com muitos dos nossos servidores em greve, o Consup aprovou essa suspensão diante da dificuldade de manutenção das aulas naquele período. Mas essa não foi a única vez que isso aconteceu no IFSC. Em 2020, devido à pandemia do Covid-19, alguns CAC também foram suspensos, embora o CAU tenha sido mantido, mas em todo o IFSC as atividades acadêmicas presenciais foram paralisadas.

Mas vale lembrar que essa não é a regra e, na verdade, não é algo muito comum. Dito isso, sempre que há algo que interrompe nossas atividades aqui no IFSC, assim que elas são retomadas tudo é reorganizado para que os dias letivos (200 ao longo do ano, lembra?) sejam repostos e, o mais importante, que nossos alunos não percam conteúdo por causa disso!

-> O que é o Conselho Superior? Quais são as funções desse colegiado?

Então como ficam os calendários de 2024 e 2025?

Levando em consideração a necessidade de repor os dias de suspensão de calendário e que cada câmpus tem uma realidade específica para fazer essa adaptação, o Consup aprovou diretrizes para esse ajuste em cada CAC.

De acordo com a Resolução Consup n.º 96, de 08 de Julho de 2024, os câmpus estarão excepcionalmente desvinculados do calendário unificado até 2026, o que dá certa autonomia para que os semestres de 2024.1, 2024.2, 2025.1 e 2025.2 se adaptem à realidade de cada câmpus. Porém, algumas coisas são comuns a todos eles:

  • Não deve haver período letivo entre 24 de dezembro de 2024 e 15 de janeiro de 2025;
  • A modalidade das aulas oferecidas durante a reposição deve seguir o Projeto Pedagógico do Curso em questão, ou seja, apenas naquelas disciplinas que já preveem horas a distância elas poderão ser oferecidas como hora atividade;
  • O semestre letivo 2024.1 deverá ser concluído até 14 de setembro de 2024;
  • O semestre letivo 2024.2 deverá ser concluído até 24 de março de 2025;
  • O início do semestre letivo 2025.1 deverá iniciar até 07 de abril de 2025;
  • O semestre letivo 2025.2 deverá ser concluído até 23 de dezembro de 2025;
  • Deverá haver um período máximo de duas semanas para a virada entre os semestres letivos 2024.1 e 2024.2, entre os anos letivos 2024 e 2025 e entre os semestres letivos 2025.1 e 2025.2, quando acontecerão as rematrículas.

É bastante coisa, né? Mas não se preocupe em memorizar isso tudo, basta acompanhar as notícias do seu câmpus para acompanhar como ficará o CAC que seu curso seguirá. E uma coisa é certa: todo o conteúdo programado para as unidades curriculares do seu curso, independente de qual curso você faz, será reposto, viu? 🙂

Com quem eu tiro dúvidas sobre o calendário?

Se você não entendeu muito bem como acontecerá a reposição ou até mesmo não entendeu muito bem ainda como ler o calendário acadêmico do seu curso, não se preocupe! Procure, no seu câmpus ou por e-mail, a secretaria acadêmica ou registro acadêmico, ou até mesmo seu coordenador de curso. Eles poderão te explicar como funciona no caso específico do seu curso.

E, é claro, se tiver outras dúvidas sobre o seu curso ou sobre o IFSC, você pode sempre falar com a gente!

-> Confira o nosso Portal do Aluno
-> Apoio aos alunos: entenda o trabalho das coordenadorias pedagógicas
-> Saiba com quem tirar suas dúvidas no IFSC

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Greve dos servidores do IFSC: entenda o que está acontecendo

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 09 mai 2024 09:51 Data de Atualização: 17 mai 2024 18:23

Sabemos que, além de ser uma grande quebra na nossa rotina, esse momento de greve traz muitas dúvidas aos nossos estudantes. E não é para menos: as aulas e parte dos serviços aqui do IFSC - e muitos outros institutos e universidades federais - suspensos, às vezes fica difícil acompanhar e entender como e o que funciona na nossa instituição nesse período. E como fica a vida acadêmica enquanto e depois que a greve acabar?

Por isso, hoje preparamos um post explicando desde o básico até as dúvidas mais frequentes que temos acompanhado nas redes sociais sobre este período de greve que vivemos. E se, no fim, você ainda tiver dúvidas, lembre-se que, mesmo em greve, sempre há alguém no IFSC para responder suas questões e todas as notícias mais importantes você encontra no nosso portal! 🙂 (mais pra frente explicamos como funcionam os serviços essenciais, dos quais comunicar a situação das atividades faz parte).

O que é uma greve?

A greve é um instrumento democrático legal de protesto e demanda trabalhadora por melhores condições de trabalho em suas diversas categorias, tanto na esfera pública quanto na privada. Ela é adotada por vários motivos: reivindicações por aumento salarial, por melhores condições de trabalho, para resolução de problemas infraestruturais e por aí vai. Portanto, a greve é um direito assegurado pela Constituição Federal (Art. 9º e Art.  37º, inciso VII) e regulado, no âmbito do serviço público, pela Lei nº 7.783/89.

Mas nem toda greve é igual. Embora todas comecem com assembleias e reuniões sindicais, cada uma segue seu curso e tem suas reivindicações e atividades de greve próprias. Afinal, greve não é ficar em casa e não trabalhar. Esse processo envolve uma série de reuniões, negociações e atividades em torno dessas demandas.

Inclusive, nem sempre o direito de greve foi garantido. Até os anos 40, fazer greve era proibido. Porém, o processo de aceleração da industrialização no Brasil impulsionou mudanças de legislação e a regulamentação de sindicatos trouxe níveis diferentes de negociação entre os empregadores e a classe trabalhadora, o que traz a gente até o post de hoje.

Greve dos servidores do IFSC: como nasce, como funciona e para que serve?

Se greves surgem de reivindicações, o movimento atual de greve dos servidores das Instituições Federais de Educação Superior (IFES) - Universidades e Institutos Federais -  também vem delas. Por ser um direito do trabalhador e nossa instituição ser, de certa forma, centenária, esta também não é a primeira vez que há uma greve aqui no IFSC. Se você estava aqui, é possível que se lembre que a última, por exemplo, aconteceu em 2022.

A atual greve nacional dos servidores das IFES começou em março deste ano com os técnicos administrativos das Universidades e, desde então, a adesão tem sido crescente. 

Para uma greve ser iniciada, o sindicato de uma categoria realiza uma assembleia em que coloca em pauta o estado de greve. É feita então uma votação com os presentes (isso pode ocorrer de forma remota) que podem escolher pela adesão ou não à greve. 

Embora este movimento venha de sindicatos de alcance nacional, cada Universidade e Instituto Federal possuem assembleias próprias com autonomia para decidir, por meio de votação, se seus trabalhadores vão aderir ou não.  No caso do IFSC, um mesmo sindicato - que é o Sinasefe-SC - representa os servidores técnicos-administrativos e docentes.

Vale lembrar que servidores docentes e técnico-administrativos, mesmo quando representados por seus respectivos sindicatos, possuem autonomia para aderir ou não à greve. Por isso, a manutenção de cada serviço no IFSC e de cada disciplina depende dessa adesão dos servidores à greve ou de o calendário acadêmico ser mantido. Isso porque há servidores - sejam eles técnico-administrativos ou professores - que optaram por não aderir ao movimento de greve, o que significa que algumas atividades específicas seguem acontecendo. Há ainda os serviços essenciais, que mesmo com a greve, seguem sendo realizados.

De acordo com o Sinasefe-SC, sindicato que representa os servidores do IFSC, as pautas da greve são, principalmente, a necessidade de reestruturação das carreiras de técnicos administrativos e docentes, a recuperação das perdas salariais acumuladas nos últimos sete anos e a recomposição do orçamento das instituições. O movimento também pede a revogação de normativas nacionais relacionadas ao ensino nas instituções federais.

Como isso afeta a rotina do IFSC?

Como você deve ter percebido nos últimos dias, esse movimento de greve mudou muito o nosso cotidiano por aqui. Uma das principais mudanças no dia a dia dos estudantes, é claro, são as aulas. Porém, além das nossas atividades pedagógicas, as administrativas, as de pesquisa e as de extensão também podem ser afetadas pela greve, a depender do câmpus e da adesão a ela.

Isso tudo quer dizer que, sim, algumas coisas deixam de funcionar durante esse período, porém não tudo. Afinal, existem serviços que são essenciais para a manutenção do IFSC, como por exemplo os processos seletivos que já haviam começado antes de a greve ser deflagrada, além dos pagamentos de salários e bolsas, a divulgação de informações sobre a situação do atendimento durante a greve etc. Esses serviços considerados essenciais são definidos em acordo entre a gestão do IFSC e o comando de greve e levam em consideração as prioridades da nossa instituição.

Se você quiser dar uma conferida em quais são esses serviços, temos a definição dessas atividades neste link aqui.

Outro ponto importante é que o Conselho Superior (Consup) definiu pela suspensão do calendário acadêmico unificado (CAU). Isso significa que todas as aulas estão suspensas - mesmo as de docentes que optaram por não aderir à greve. Também ficam suspensas datas de matrículas, transferências e todas as outras previstas no calendário. Após o final da greve, o calendário será rediscutido para ajustar a reposição das aulas e atividades perdidas. (atualizado em 14 de maio de 2024)

-> Veja neste outro post o que é o Conselho Superior e quais suas funções

Como ficam os estudantes do IFSC?

Talvez, com toda essa conversa, você se pergunte sobre o seu lugar nisso tudo: como ficam as suas aulas e como você pode se manifestar ou se posicionar a favor ou contra esse movimento. Afinal, a greve muda diretamente sua rotina e as demandas dela são sobre o seu ensino, sobre os profissionais que acompanham sua jornada acadêmica e sobre a estrutura na qual você estuda.

Por isso, vamos por partes:

Aulas e outras atividades acadêmicas

Como dito anteriormente, embora seja uma decisão coletiva, a adesão da greve não é unânime. Portanto, algumas atividades param, outras não. Mas calma que vamos detalhar um pouco melhor na sequência:

Com a suspensão do calendário acadêmico, todas as aulas também o são, mesmo aquelas cujos professores não entraram em greve; ou seja, os dias letivos entram em pausa. Você, enquanto estudante, não leva faltas e deve ficar no aguardo do retorno das atividades. 

É necessário acompanhar o Sigaa e checar o seu e-mail para acompanhar as informações do seu câmpus e ficar por dentro das notícias sobre a greve. Você também pode procurar o coordenador do seu curso para ter mais informações sobre a situação das atividades. 

Em todos os casos, o conteúdo que não está em andamento no momento será reposto posteriormente. Quando a greve termina, é feito um acordo para definir como essa reposição será realizada.

O funcionamento de serviços como biblioteca e laboratórios também dependem da adesão à greve pelos técnicos administrativos. Se você tiver livros em casa e a biblioteca do seu câmpus não estiver funcionando, não se preocupe que o tempo de devolução é flexibilizado nesses casos.

-> Veja aqui a situação das atividades em cada câmpus

Já se você faz pesquisa em algum laboratório que está fechado no momento, nossa orientação é que você procure seu(sua) supervisor(a) para decidir como dar andamento à pesquisa nesse período.

E eu posso aderir à greve?

Nós temos todos os tipos de estudante aqui no IFSC e gostamos de incentivar a liberdade de opinião e pensamento crítico. Por isso, sugerimos que todos acompanhem de perto o processo da greve e as comunicações divulgadas pelos nossos canais para entender melhor sobre do que se trata.

Porém, para aderir à greve é importante lembrar que uma ação individual não conta como mobilização de apoio. Afinal, é importante lembrar que uma greve faz parte da mobilização de uma classe.

Dentro da lei brasileira, é possível uma greve estudantil após deliberação em assembleia. Segundo os artigos 81º e 84º do Código do Trabalho, existe a profissão de trabalhador estudante, embora as demandas de um movimento do tipo não incluam remuneração. Nesse caso, é comum que alunos se mobilizem em prol de melhores condições de estudo e de direitos estudantis. Caso um desses movimentos ganhe repercussão aqui em Santa Catarina, há a possibilidade de se mobilizar nesse sentido.

Por outro lado, ninguém precisa concordar com a greve, e, caso sua opinião seja contrária, você pode se manifestar em reuniões e assembleias no câmpus e no sindicato. As greves são um ato democrático e, dentro desta perspectiva, o apoio ou não a elas também faz parte do processo.

Vale lembrar: os estudantes também possuem representação nos colegiados institucionais, como o Conselho Superior e o colegiado de cada câmpus. Seja você favorável ou contrário à greve, é importante que você acompanhe as decisões desses colegiados e procure os representantes dos estudantes para se inteirar das discussões.

-> Veja neste post do Blog como ser um representante estudantil

-> Conheça o papel de cada movimento estudantil

Quando acaba a greve?

Durante a greve, o sindicato que representa a categoria - no caso do IFSC, o Sinasefe-SC - realiza diversas assembleias para avaliar o movimento e as contrapropostas do governo às demandas dos grevistas. Durante esses encontros, o fim da greve pode entrar em pauta.

Assim como o início da greve, seu fim também deve ser avisado com certa antecedência e ser decidido coletivamente, por meio de votação pelos trabalhadores. 

O que acontece depois o fim da greve?

Nós sabemos que uma das maiores preocupações de todos é com as aulas que foram paralisadas, o que basicamente significa: e o calendário acadêmico, suspenso, como fica quando a greve acabar?

Uma coisa é certa: todos os conteúdos precisam ser repostos para a integralização das unidades curriculares. Geralmente, depois do período de greve o calendário é revisto para acomodar essa integralização, que pode se dar, por exemplo, com aulas nos sábados e com o calendário se estendendo além do previsto anteriormente, com as férias iniciando-se mais tarde.

Mas essas e todas as outras decisões sobre o pós-greve serão discutidas e avaliadas, após a greve, entre a gestão do IFSC e o comando de greve. E tudo será informado à comunidade acadêmica por meio do nosso portal, de nossas redes sociais e de outros meios de comunicação do IFSC. Por isso, fica aqui nosso último e principal recado:

Fique sempre de olho nas notícias!

Acompanhe o Sigaa, nosso portal, as redes sociais do IFSC e o seu e-mail. Essa é a melhor maneira de ficar por dentro e não deixar nenhuma informação importante passar! Mas, como sempre, se você ainda tiver dúvidas, já sabe, né? É só mandar um alô por algum dos nossos canais.

-> Acompanhe por aqui as notícias do IFSC
-> Saiba com quem tirar suas dúvidas no IFSC
-> Acompanhe a situação das atividades em cada câmpus durante a greve dos servidores

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BLOG DO IFSC

O que mudou no sistema de cotas?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 27 mar 2024 10:59 Data de Atualização: 17 mai 2024 18:23

Se você é estudante do IFSC, há uma boa chance de ter entrado por alguma cota. Isso porque, desde 2013, 50% das nossas vagas são destinadas a elas. Embora a importância da política de cotas seja bem reconhecida aqui para nós (ainda assim, vamos falar um pouco sobre isso hoje porque relembrar nunca é demais!), sabemos que é um assunto que traz muitas dúvidas.

E não é para menos! A primeira lei de cotas surgiu em 2012 (Lei 12.711) e, desde lá, houve várias mudanças — a mais recente em 2023. Nisso tudo, é normal que sempre que você vai se inscrever em um curso — seja pelo vestibular, Sisu ou outro dos nossos processos seletivos — venha a dúvida: será que eu tenho direito de participar do sistema de cotas?

Por isso, preparamos mais esse post para te explicar como ficou, como funciona e quais as regras para cada cota aqui no IFSC! 

Mudanças do sistema de cotas ao longo dos anos

Como dissemos no início do post, a Lei de Cotas mudou diversas vezes ao longo do tempo:

 

Para complementar essa retrospectiva, vamos dar uma olhada em alguns dos momentos mais importantes dessa lei. 

- Em 2012, a lei regulamentou a entrada de pessoas por cotas em cursos de graduação e nas instituições federais de ensino técnico e médio, ou seja, nós os IFs, sendo 50% das vagas destinadas a estudantes de escolas públicas. 
- Em 2016, uma alteração na lei ampliou o alcance demográfico das cotas para pessoas com deficiência, enquanto a Lei nº 13.049/2016, do mesmo ano, incluiu ações afirmativas na pós-graduação. 
- Em 2018, a Instrução Normativa nº 17 deu o importante passo de implementar cotas para pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência nos processos de ingresso para a pós-graduação stricto sensu do IFSC.
- Em 2023, a lei passou a incluir cotas para estudantes quilombolas.

Porém, depois de todas essas mudanças, vamos falar de como ela funciona atualmente?

Como funcionam as cotas no IFSC agora

Você gosta de bolo? Vamos imaginar que as vagas para entrar nos cursos técnicos e de graduação no IFSC são um grande bolo de morango.


 

Essa primeira parte do sistema de cotas é bem simples e continua a mesma há um tempo: 50% das vagas, metade do bolo, são destinadas para as cotas e metade para ampla concorrência. Considerando todas as categorias de cotas, a divisão de vagas fica assim:


 

Aliás, todos os candidatos começam concorrendo pela mesma metade do bolo da ampla concorrência e aqueles que têm direito às cotas e não atingem a nota necessária nessa categoria, passam a concorrer dentro do Sistema de Cotas.

O que nos leva a uma pergunta muito importante:

Quem tem direito ao Sistema de Cotas?

Aqui, depende um pouquinho do tipo de curso para o qual você está se inscrevendo. Para os nossos cursos técnicos e de graduação, o primeiro critério é ter estudado em escola pública brasileira. A diferença é que, para os cursos técnicos integrados e concomitantes, é necessário ter cursado todo o Ensino Fundamental em escola pública e, para os cursos técnicos subsequentes e de graduação, é preciso ter feito todos os anos do Ensino Médio em escola pública.

Importante: ter estudado em uma escola pública fora do Brasil não dá direito ao uso das cotas. Da mesma forma, ter tido bolsa de estudo em escola particular não permite o uso das vagas para cotistas.

Lembra o bolo? Como mostramos no infográfico lá em cima, essa metade dedicada a quem vem do ensino público será dividida ao meio por um critério de renda: parte para candidatos com renda familiar igual ou menor que um salário mínimo por pessoa e outra parte para aqueles com renda familiar acima disso.

Ambas essas partes vão ter mais divisões, agora entre os candidatos pretos, pardos ou indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. Os percentuais que vão determinar o número de vagas para cada tipo de cota são definidos a partir do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerando os dados populacionais de proporção de cada população aqui no nosso Estado. Ou seja, um estado que tenha mais pessoas pretas, pardas e indígenas terá um percentual maior de cotas para essa população do que um estado com menos pessoas neste critério.

-> Quem pode estudar no IFSC?

Como se inscrever pelo Sistema de Cotas?

Quando se inscrever para um dos nossos processos seletivos, selecione no momento da inscrição quais das categorias do sistema de cotas você se encaixa. Se você passar no processo, no momento da matrícula deverá comprovar, por meio do envio dos documentos indicados no edital, a condição da cota para a qual se inscreveu. Aliás, vale lembrar que você pode selecionar mais de uma categoria de cota na inscrição! :)

-> Veja as dúvidas mais respondidas sobre nosso Ingresso

Como comprovar o direito às cotas?

Cada categoria exige um tipo de documentação diferente para comprovar o direito à cota e finalizar a matrícula com sucesso. Para te ajudar, preparamos um resuminho breve para você (mas SEMPRE leia o edital, viu?!)

-> Não sabe o que é um edital? Nós explicamos para você

A primeira coisa, claro, é seu histórico escolar, comprovando a totalização do Ensino Fundamental ou Médio em escola pública brasileira, conforme o curso que você se inscreveu. 

Os candidatos pretos e pardos devem entregar uma autodeclaração de preto ou pardo e participar da banca de heteroidentificação, momento em que o candidato será avaliado com base em critérios fenotípicos, ou seja, suas características físicas. 

Os candidatos indígenas precisam passar pela Comissão de Validação da Autodeclaração de Indígena e apresentar à comissão o Registro Administrativo de Nascimento de Indígena ou a Declaração de Pertencimento Étnico de Comunidade Indígena.

Já os candidatos quilombolas devem pertencer a uma comunidade quilombola oficialmente reconhecida e apresentar a autodeclaração de quilombola, uma declaração informando que é quilombola pertencente à comunidade e assinada por três lideranças ligadas à associação da comunidade.

Por fim, os candidatos optantes pela cota para pessoas com deficiência devem apresentar um laudo médico comprovando sua condição para a Comissão Central de Análise dos Laudos.

Caso você opte pelas cotas para renda familiar de até um salário mínimo por pessoa, você também precisará comprovar a renda da sua família.

Porém, atenção:

O que acontece se o candidato não cumpre o requisito do sistema de cotas?

Caso você tenha se inscrito para uma categoria de cotas e na etapa de análise documental isso não puder ser comprovado, você pode perder a vaga naquele processo seletivo. Claro que você pode sempre tentar novamente no próximo, mas é bom evitar o problema, certo? Por isso, atente-se ao edital para ver se você atende aos requisitos da cota em que está se candidatando para não correr o risco de perder a vaga!

-> Saiba a diferença entre a inscrição e a matrícula

Por que as cotas são necessárias?

Essa discussão é bem antiga e já trouxemos ela aqui para o Blog do IFSC algumas vezes. Para entender um pouco melhor essa questão, vamos relembrar o vídeo da nossa estudante egressa do técnico integrado em Informática do Câmpus Gaspar, Sabrina Lemos, sobre o tema:


Mais do que nos posicionarmos como uma instituição contra todo tipo de preconceito, é importante tornar o IFSC um lugar que pertence e acolhe a todos. Parte desse ambiente receptivo é a diversidade que queremos aqui, para que na nossa instituição seja possível encontrar um senso de comunidade e de pertencimento.

Nisso, as cotas são uma medida importante, uma vez que garantem que pessoas de diversas realidades socioeconômicas tenham espaço e acesso à uma educação pública, gratuita e de qualidade. E nós sabemos que ocupar esses espaços é essencial, pois isso faz parte do processo de democracia!

-> Por que é preciso ser antirracista todos os dias do ano?

Há também a questão da permanência de minorias nas instituições de ensino, assunto que vai um pouquinho além das cotas e já entra nas ações afirmativas. Essas ações buscam justamente equilibrar as condições dos nossos estudantes ingressantes por cotas para que concluam o curso, seja por meio de auxílios ou outras formas de acessibilidade que tornem esse momento de estudo possível e mais tranquilo para aqueles em vulnerabilidade socioeconômica.

-> Assistência Estudantil do IFSC: tudo o que você precisa saber

Ainda com dúvidas?

Se ainda ficou alguma dúvida, tudo bem, é um assunto complicado, mesmo. Para entender melhor cada detalhe do nosso Sistema de Cotas, é só acessar a página sobre cotas no Portal do IFSC.

E se tiver alguma dúvida, fale conosco!

-> Com quem tirar suas dúvidas no IFSC?

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BLOG DO IFSC

O que é dignidade menstrual?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 08 mar 2024 08:30 Data de Atualização: 27 mar 2024 11:40

Você já parou para pensar que, apesar de a menstruação acontecer todo mês para aproximadamente metade da população, nem todo mundo tem condições de passar por esse momento rotineiro com segurança? Pode parecer um pouco dramático para alguns, mas esses quatro a sete dias do mês podem se tornar um grande problema social e de saúde quando não se têm condições financeiras de comprar absorventes ou acesso ao saneamento básico.

É por isso que a pauta da dignidade menstrual é um tema tão importante: ela diz respeito ao direito das pessoas que menstruam - meninas, mulheres, homens trans e pessoas não binárias - de passarem por esse período com segurança e condições básicas de cuidado e de higiene. 

No post de hoje, Dia Internacional das Mulheres, nada mais justo do que trazer uma pauta tão importante e que tem tudo a ver com igualdade, não é mesmo?

Por isso, vamos te contar um pouco mais sobre o que significa Dignidade Menstrual, seus impactos e o projeto que está sendo lançado no IFSC hoje para garantir a saúde de quem menstrua e estuda aqui com a gente.

Vamos lá?

Por que dignidade menstrual?

Para começar essa conversa, é legal pensarmos que a dignidade menstrual não inclui só o acesso prático aos itens de higiene e de cuidado pessoal que auxiliam pessoas que menstruam. Essa questão vai além, pois também trata da educação e do acesso à informação sobre o próprio corpo e saúde, sem preconceitos nem tabus.

Sendo assim, é claro que uma instituição de ensino como o IFSC se interessa muito pelo assunto! Afinal, nossa missão é educar nossos estudantes e a comunidade que nos cerca, compartilhando informações que melhorem a vida das pessoas, o que certamente inclui pessoas que menstruam e seus corpos.

A ideia é que, trazendo luz para a questão da dignidade menstrual, nós consigamos derrubar pouco a pouco esse tabu (já que menstruar é algo tão normal, né?) e discutir, sem vergonha nem repressão, como ter mais qualidade de vida nesse período do mês para todas as pessoas que menstruam. Além de levarmos essas condições melhores até quem estuda aqui com a gente — que são um direito básico, segundo a ONU —, queremos também levar mais informação e a palavra do autocuidado. :)

-> Você sabia que o IFSC tem um comitê de Direitos Humanos?

Por que essa é uma questão social?

Ter vergonha de algo que é natural e que faz parte do seu corpo não deveria ser normal, mas infelizmente acontece com muita frequência. Muita gente ainda considera constrangedor, por exemplo, tirar um absorvente da bolsa em público ou passar por aquele imprevisto de o vazamento aparecer na roupa, uma vez que a menstruação ainda é vista como algo sujo e como um assunto a ser evitado. 

Há, inclusive, pessoas que passam pela primeira menstruação sem entender o que está acontecendo, o que torna esse um momento de muito medo e insegurança. ☹️

Então, se a nossa sociedade ainda reage a todas essas coisas de forma tão negativa, imagina como é precisar sair de casa para estudar ou trabalhar sem ter o básico para cuidar da própria higiene pessoal nesse período do mês? Essa situação pode levar estudantes a faltarem aulas, prejudicar a vida profissional de uma pessoa e até mesmo sua vida social.

É justamente aí que entra a dignidade menstrual como uma pauta social: no impacto desse tabu e da falta de acesso; uma vez que absorventes, calcinhas menstruais ou coletores pesam no bolso, afetando a vida de muitas pessoas econômica e socialmente. Ter condições mais humanas de cuidado durante esse período significa ter mais segurança em relação ao próprio corpo frente às situações sociais do cotidiano.

-> Vamos conversar sobre saúde mental?

E por que é uma questão de saúde?

Além dessas repercussões sociais e psicológicas, a pobreza menstrual também compromete questões de higiene, o que pode significar uma fragilidade para a saúde de quem menstrua. Sendo a menstruação uma parte importante do sistema reprodutor, a forma como o autocuidado acontece nesse período tem muitos impactos e precisa de condições mínimas, como por exemplo o acesso a água encanada, algo que não chega para todas as camadas da população.

Para te contar um pouquinho mais sobre como a dignidade menstrual é importante nesse aspecto, nós conversamos com a professora Juliana Jacques da Costa Monguilhott, que é doutora em Enfermagem e tem experiência na atenção à saúde da mulher e do recém-nascido. A Juliana é professora no Departamento Acadêmico de Saúde e Serviço (DASS) do Câmpus Florianópolis. Ela nos contou um pouco mais sobre os impactos dos cuidados durante o período menstrual para a saúde íntima que afetam, segundo ela, “desde a prevenção de infecções até o monitoramento da saúde reprodutiva, como o espaçamento ou o planejamento de uma gestação”:

"A falta de acesso aos materiais adequados pode levar algumas pessoas a procurar alternativas baratas e que podem trazer sérios danos à saúde física, como irritações, alergias e até infecções graves".

-> Você sabe a diferença entre vírus, bactérias e fungos?

Para prevenir esses problemas, ela recomendou alguns cuidados que precisam fazer parte dessa rotina, como manter uma boa higiene, escolher produtos adequados e estar sempre de olho em alterações no ciclo menstrual. Os absorventes precisam ser trocados regularmente, com as mãos limpas antes e depois da troca e limpeza da área genital. Os produtos utilizados também precisam ser de materiais adequados e hipoalergênicos para prevenir irritações e infecções. Juliana também frisa que “o contato prolongado da pele com o sangue menstrual pode levar a irritações ou dermatites, sendo importante manter a área genital limpa e seca, e usar produtos suaves e sem fragrância.”

Embora aqui a gente tenha focado bastante no aspecto físico da saúde, o conforto emocional também é muito importante! E a professora Juliana falou sobre isso também, recomendando a aplicação de calor na região abdominal e o uso de analgésicos para aliviar cólicas, além do descanso e do uso de técnicas de relaxamento para suavizar os sintomas.

Como reconhecer que essa rotina não está sendo boa para a saúde?

A gente sabe que a vida de estudante pode ser bem corrida e nem sempre fazemos o ideal para cuidar do nosso corpo. Mas quando saber que não estamos cuidando bem da higiene menstrual?

Segundo a Juliana, alguns dos sinais que o corpo apresenta nesse caso são alterações no padrão menstrual, períodos irregulares, sangramento excessivo ou dor intensa. Qualquer um desses sintomas precisam ser observados e levados ao médico para prevenir doenças como endometriose, miomas uterinos ou desequilíbrios hormonais.

Quais os principais pontos a considerar na escolha entre absorventes, calcinhas menstruais e coletores?

Apesar de ser uma solução bem prática, os absorventes descartáveis produzem uma grande quantidade de lixo, o que abriu espaço recentemente para outras opções ambientalmente mais sustentáveis. Duas delas, as mais famosas, são as calcinhas menstruais e os coletores, ambos reutilizáveis e laváveis. O que é ótimo para o meio ambiente!

Nós conversamos com a Juliana sobre isso. Afinal, do ponto de vista da higiene, qual é a melhor escolha? De acordo com ela, é legal pensar na absorção do produto e regularidade das trocas, no material, na facilidade de limpeza e na prevenção de vazamentos para decidir qual a melhor opção para cada pessoa. Tudo isso para evitar o acúmulo de sangue, que pode causar odores desagradáveis e infecções. Ela trouxe ainda algumas dicas para cada um deles:

  1. Absorventes: devem ser trocados a cada 4 a 6 horas, dependendo do fluxo menstrual. São fáceis de usar, por serem descartáveis. Devem ter uma boa capacidade de absorção e ajuste adequado para evitar vazamentos.
  2. Calcinhas menstruais: devem ser trocadas conforme necessário, geralmente a cada 6 a 12 horas, dependendo do fluxo. É importante lavar as calcinhas a cada uso. As calcinhas devem ter camadas absorventes eficazes e uma barreira à prova de vazamentos.
  3. Coletores: podem ser esvaziados a cada 8 a 12 horas, dependendo do fluxo menstrual, sendo necessário lavar a cada uso. Para manter os produtos limpos e higiênicos, recomenda-se seguir as instruções de cuidados do fabricante. Devem ser inseridos corretamente para garantir maior proteção contra vazamentos.

Vale lembrar que os materiais devem ser sempre respiráveis, permitindo a circulação do ar e evitando a umidade excessiva. Materiais sintéticos ou com fragrâncias adicionadas podem provocar irritações, e também devem ser evitados.

A higiene das alternativas reutilizáveis, como os coletores, envolve ainda a questão do saneamento: a troca e lavagem dos copinhos ou calcinhas menstruais precisa ser feita com água tratada para prevenir contaminação e infecções. Por isso, apesar de ser uma alternativa mais sustentável e barata a longo prazo, ela pode não ser acessível a todas as pessoas, uma vez que no Brasil parte da população ainda não tem acesso a água tratada e condições de saneamento mais seguras.

Juliana também nos lembra que o conforto é um fator muito importante, sendo esse um ponto positivo das calcinhas e coletores, que dão mais liberdade em comparação aos absorventes descartáveis. Cada pessoa se ajusta de maneira diferente com cada uma dessas opções.

Ao contrário do que se temia quando eles começaram a aparecer no mercado, a professora nos contou que “estudos demonstram que o coletor menstrual não oferece riscos de infecções e possui grande aceitabilidade entre as mulheres, tornando-se sua preferência em detrimento de outros métodos de higiene utilizados anteriormente.”

-> Confira algumas dicas de sustentabilidade

Com tantas opções no mercado, volta a questão da dignidade menstrual: todas as pessoas têm o direito de acesso a alguma delas para passar por esse período com mais conforto e segurança. Para garantir isso, vamos falar em seguida de dois programas pensados justamente para essa questão.

Você sabia que pode receber absorventes gratuitamente pelo SUS?

No Dia da Mulher do ano passado (2023), o Governo Federal criou, por meio do Decreto nº 11.432, o Programa Dignidade Menstrual. A ideia é garantir a distribuição gratuita de absorventes higiênicos e desenvolver ações educativas sobre esse tema para que, além de seu resultado mais direto e prático de distribuição, exista também uma maior equidade de gênero, justiça social e direitos humanos.

Por isso, desde janeiro deste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) distribui absorventes gratuitamente para pessoas que menstruam entre 10 e 49 anos de idade inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e que se enquadrem em ao menos um dos critérios definidos pelo programa: 

  • Estar matriculado em uma escola pública, tendo renda familiar de até meio salário mínimo;
  • Estar em situação de vulnerabilidade social extrema, com renda mensal de até R$ 218;
  • Estar em situação de rua.

Se você se encaixa em alguns desses critérios, confira o vídeo lançado pela campanha que conta o passo a passo para conseguir participar:

Conheça o projeto de Dignidade Menstrual do IFSC

Já o projeto do IFSC, que veio para complementar o programa federal, é um pouco mais abrangente (e mais próximo de você! <3). Nele, não há limite de renda para quem tem acesso ao kit menstrual. A partir de hoje, dia 08 de março de 2024, estudantes do IFSC que menstruam podem verificar no seu câmpus a disponibilidade de kits menstruais para manter a saúde, higiene e dignidade menstrual.

-> Saiba mais sobre o programa no IFSC

Cada kit terá três pacotes, com dezesseis unidades de absorventes higiênicos cada, e você poderá retirar um kit a cada dois meses. Claro que, como os recursos infelizmente não são infinitos, há alguns critérios que nós pensamos para fazer com que esses kits cheguem a todas as pessoas que mais precisam deles!

Para entender melhor sobre como funciona e como participar, você pode dar uma olhadinha na página do programa, nesse link aqui.

Quem pode participar?

Se você tem o perfil socioeconômico para ter acesso aos absorventes pelo SUS, nossa recomendação é que você siga os passos que indicamos na seção anterior para adquirir um kit no SUS. Porém, se esse não é o seu caso, você pode pedir um kit no seu câmpus do IFSC, caso ele seja um dos câmpus participantes do programa institucional.

A prioridade para receber os kits será daquelas pessoas em situação socioeconômica mais vulnerável, considerando a realidade de quem estuda em cada câmpus, é claro!

O mais importante: tudo isso acontecerá com orientações acolhedoras e educativas, visando seu bem estar! 🥰

-> Deixa o IFSC cuidar de você: motivos pelos quais somos como uma mãe

Ficou com alguma dúvida?

Nunca se esqueça que você pode tirar suas dúvidas sobre esse e outros programas de assistência estudantil aqui do IFSC sempre que precisar! Para isso, você pode contar com nossos setores de Assistência Estudantil ou Coordenadoria Pedagógica do seu câmpus.

-> Veja aqui os contatos dos setores de atendimento aos estudantes nos câmpus

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Com quem tirar suas dúvidas no IFSC?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 21 fev 2024 10:50 Data de Atualização: 21 fev 2024 11:04

Seja porque você está vindo de uma outra escola, de outra universidade ou de muito tempo sem estudar, nós sabemos que entrar no IFSC pode ser uma grande mudança na sua vida. Além de ser todo um universo novo de aprendizados, rotinas e amizades, a estrutura do IFSC é grande e bem complexa. 🙈 

Chegando aqui no IFSC, podem surgir muitas dúvidas e as respostas nem sempre são tão óbvias, como: para quem eu mostro meu atestado quando faltar aula? Como resolvo um problema de matrícula em uma disciplina? Será que a aula da semana que vem é a distância?

O post de hoje é justamente para te ajudar com questões como essas; veja quem você pode procurar na estrutura do IFSC quando estiver se sentindo um pouco perdido(a). A seguir, passaremos por algumas das dúvidas mais frequentes dos nossos estudantes, divididas entre os setores e pessoas do IFSC para quem você pode perguntar.

O que eu pergunto na secretaria ou registro acadêmico do câmpus?

Nas secretarias e registros acadêmicos dos câmpus, que são responsáveis por questões de documentos acadêmicos e matrículas, você vai tirar aquelas dúvidas mais “burocráticas” e que não necessariamente têm a ver com o seu curso. Em outras palavras, é lá que você resolve assuntos sobre sua situação como estudante do IFSC. A secretaria e registro acadêmico do seu câmpus podem te ajudar em relação a:

Pedidos de atestados médicos, de trabalho etc.;

- Trancamento de matrícula;
- Calendário acadêmico (que também está disponível no nosso Portal e no site do seu câmpus);
- Cadastro ou mudança de nome social;
- Documentações como atestado de matrícula, histórico escolar etc.

As secretarias e registros acadêmicos podem ser contactados presencialmente, por telefone ou e-mail (os contatos estão no site do seu câmpus).

O que eu pergunto na coordenação do meu curso? 

Já na coordenação do seu curso, você encontrará informações pertinentes ao curso que você faz, uma vez que o coordenador é um professor do curso e conhece bem a matriz curricular, suas particularidades, professores, disciplinas etc. Portanto, com a coordenação, você pode perguntar coisas sobre:

- Ajustes de matrícula;
- Validação de disciplinas;
- Currículo do curso e disciplinas;
- Oportunidades profissionais na área do seu curso.

Você pode conversar com a coordenação do curso pelo e-mail e demais contatos disponibilizados no site do câmpus e pelo coordenador do curso.

O que eu pergunto para a coordenadoria pedagógica?

As coordenadorias pedagógicas do IFSC, ou CPs, estão presentes em todos os câmpus. Sua função é oferecer apoio aos estudantes quanto às suas dificuldades durante sua vida aqui no IFSC. Nela, temos profissionais como psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, técnicos em assuntos educacionais e assistentes de alunos para auxiliar no acolhimento dessas dificuldades. Por isso, você pode procurar a CP do seu câmpus para questões como:

- Apoio psicológico durante uma fase difícil que atrapalha seus estudos;
- Assistência estudantil (a Assistência Estudantil trabalha em conjunto com a CP);
- Organização de estudos;
- Escolhas acadêmicas;
- Assistência social.

-> Entenda o trabalho das coordenadorias pedagógicas do IFSC neste post

O que eu pergunto para a assistência estudantil?

Em alguns câmpus, o setor de Assistência Estudantil não é o mesmo da Coordenadoria Pedagógica, embora os dois sempre trabalhem em conjunto. Nesse caso, a Assistência Estudantil será responsável por orientações mais específicas sobre a vulnerabilidade socioeconômica dos estudantes, respondendo dúvidas sobre assuntos como:

- Auxílio financeiro aos estudantes;
- Auxílio emergencial;
- Ações inclusivas;
- Alimentação estudantil;
- Apoio a eventos.

-> Assistência estudantil do IFSC: tudo o que você precisa saber

O que eu pergunto para os professores?

Além de estarem disponíveis para tirar dúvidas sobre as disciplinas do curso, há outras questões acadêmicas para as quais você pode contar com o apoio dos professores. Afinal, quando o assunto é relativo ao gerenciamento de uma unidade curricular (disciplina) específica, o docente é a pessoa mais indicada para isso. Por isso, pergunte ao seu professor dúvidas sobre:

- O planejamento da disciplina;
- Dias de aula presencial e a distância, se seu curso as tiver;
- Provas de recuperação;
- Orientação de trabalho de conclusão de curso, iniciação científica ou projetos de extensão;
- Eventos e congressos da sua área de atuação;
- Horário e sala das disciplinas.

Dica: geralmente na primeira semana do período letivo, na apresentação do plano de ensino, os professores dizem os canais pelos quais estão disponíveis para tirar suas dúvidas. Alguns preferem por e-mail, outros por mensagem no Moodle ou Sigaa; independente de qual for, é legal respeitar esse canal de escolha para ajudar na organização do trabalho do seu professor. Encontrar o whatsapp de professores e mandar mensagem sem autorização, não é de bom tom!


 

O que eu pergunto para os setores de estágio?

Começar a procurar as primeiras experiências profissionais na sua área de estudo faz parte da trajetória de muitos alunos do IFSC. Esse momento também abre todo um novo universo de dúvidas e documentações e é pra te ajudar com ele que os setores de estágio existem. Lá você pode perguntar coisas como:

- Como procurar um estágio;
- O que é preciso para começar;
- Dúvidas sobre o contrato de estágio;
- Os seus direitos enquanto estagiário;

Você pode conseguir o contato dos setores de estágio no site do seu câmpus e também pode procurar atendimento presencial para tirar suas dúvidas.

-> Procurando oportunidades de trabalho? Saiba como mandar bem no currículo e na entrevista

O que eu pergunto na biblioteca?

É claro que muitas vezes você entrará na biblioteca com dúvidas, embora na maioria dos casos elas envolvam os conteúdos das disciplinas, curiosidades aleatórias ou sua próxima leitura. Mas vale lembrar que, além de procurá-la para o empréstimo de livros, você também pode contar com outros serviços, sendo alguns deles:

- Como acessar o acervo digital (dica, você também pode aprender aqui neste link);
- Pesquisar em periódicos onlinehttps://www.ifsc.edu.br/web/blog/w/pesquisa-em-periodicos-on-line-a-gente-traduz-pra-voces-;
- Consulta de acervo e reserva de livros;
- Orientação para normalização de trabalhos acadêmicos (aquela coisa chata de colocar o trabalho nas normas ABNT 😬);
- Referência de materiais.

Sempre que precisar, o atendimento nas bibliotecas é presencial e por e-mail, você pode encontrar o contato e o horário de funcionamento aqui.

-> Confira aqui a lista completa de todos os serviços que as bibliotecas do IFSC oferecem

O que eu pergunto para a direção geral?

A direção-geral é responsável pela gestão dos câmpus e sua relação com a comunidade e colegiados do IFSC. Geralmente, os estudantes estão em contato com a direção-geral do câmpus por meio dos Centros Acadêmicos e Grêmios Estudantis, mas você também pode ir até a direção para discutir sobre:

- Sugestões para o câmpus;
- Dúvidas sobre a estrutura física e setores do câmpus;
- Demandas estudantis.

Você pode encontrar os contatos da direção geral no site do seu câmpus.

O que eu pergunto para a ouvidoria?

Geralmente pensamos na ouvidoria como um lugar para reclamar quando algo não está bem ou algo ruim acontece. Apesar de isso ser, sim, uma das funções da ouvidoria do IFSC, ela também está lá para responder dúvidas e receber elogios (quem não gosta de receber um biscoito?! 🍪😛). É um dos nossos importantes canais de comunicação, logo, não exite em ir até a ouvidoria quando você tiver:

- Sugestões e solicitações de melhorias;
- Elogios ao serviço do IFSC;
- Reclamações e denúncias, inclusive de assédio;
- Simplificação de serviços do IFSC que sejam muito burocráticos;
- Pedido de acesso à informação.

-> Para entender mais como a nossa ouvidoria funciona, leia este artigo aqui

-> Entre em contato com a Ouvidoria do IFSC

E se eu ainda não souber para quem perguntar?

Não se preocupe! A estrutura do IFSC, em especial no começo da sua jornada como estudante, pode não parecer tão clara para você. Isso é normal e você vai aprendendo com o tempo e a experiência. Até porque existem muitos termos que utilizamos e que não fazem parte do dia a dia fora do IFSC, não é mesmo? Mas lembre-se que sempre tem alguém disposto a te orientar para que você estude tranquilamente, sem grandes dúvidas sobre o funcionamento da sua vida acadêmica.

Por isso, mesmo que você de vez em quando vá até a secretaria ou a coordenação pedagógica com uma dúvida que se resolve em um outro lugar, o importante é você procurar o IFSC sempre que precisar. Estamos aqui para isso. Não é à toa que dizem como somos uma mãe! :)

Mais dicas

Já que este é um post para ajudar, você sabia que o IFSC oferece um monte de serviços gratuitos para os estudantes? Confira neste post.

E temos outros posts que valem a pena ser lidos:

-> Estudante do IFSC: o que você precisa saber
-> Templates IFSC: veja os modelos de arquivos que podem facilitar a sua vida de estudante
-> Como registrar uma inovação?
-> Cinco pontos que não podem faltar no seu projeto de pesquisa

-> O que é o Conselho Superior? Quais são as funções desse colegiado?
-> Representações estudantis no IFSC: veja como participar
-> Movimentos estudantis do IFSC: entenda o papel de cada um

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Nome social no IFSC: como funciona?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 29 jan 2024 12:09 Data de Atualização: 17 mai 2024 18:20

Você sabia que hoje, dia 29 de janeiro, é o Dia da Visibilidade Trans no Brasil? Pessoas transexuais ou transgêneros são aquelas que se identificam com um gênero diferente ao que foi designado no seu nascimento. Essa data homenageia e propõe a conscientização sobre as lutas pelo reconhecimento das diversas identidades transgênero, além de comemorar os direitos conquistados pela comunidade trans no Brasil ao longo dos anos. 

Para trazer ainda mais reflexões para essa discussão, hoje o Blog do IFSC traz, como tema, uma das pautas da comunidade trans e travesti: o nome social. Mas antes de começar essa conversa, que vai ter foco em algo mais prático — no uso do nome social no IFSC —, é importante lembrar de algumas coisas sobre o tema. 

A primeira delas é que o reconhecimento legal do nome social não é apenas um direito, uma conquista, mas também um sinal de respeito a identidades que, por muito tempo, foram invisibilizadas na nossa sociedade. Por isso, a inclusão desse registro no sistema não é a única coisa a ser feita: é importante que toda a comunidade estudantil reconheça essas identidades.

Logo, no post de hoje, no Dia de Visibilidade Trans, além de continuar as reflexões do nosso post aqui no Blog sobre o orgulho LGBTQIA+, a ideia também é reavivar essa discussão e ressaltar a importância do respeito ao nome social em todos os ambientes do nosso IFSC!

-> LGBTQIA+: Vamos falar sobre isso?

Porém, sabemos que, com tantas informações sobre gênero e sexualidade na internet, muitas vezes não conhecemos nem entendemos todos os termos que cercam esse assunto. Então, vamos começar do principal: 

O que é o nome social?

Nome social é o termo que se refere ao nome que uma pessoa não binária, trans e/ou travesti escolhe para se identificar na sociedade. Como já dissemos antes, o nome social é de extrema importância para o respeito e visibilidade de identidades trans em âmbitos como trabalho, família e ambientes educacionais, como o IFSC. Afinal, esse é o nome escolhido para acolher o gênero com o qual essa pessoa, de fato, se identifica e pelo qual quer ser tratada pelas outras pessoas.

O Decreto Nº 8.727, de 2016, prevê a inclusão do nome social nos documentos oficiais, e que todos os órgãos públicos aceitem e adotem este nome, respeitando o desejo da pessoa que fez a solicitação.

É importante ressaltar que há uma diferença entre o nome social e o nome de registro, que é aquele nome com o qual a pessoa foi registrada. Comumente esse nome também é chamado de nome morto depois de adotado o nome social, já que ele não representa mais a identidade da pessoa.

No IFSC, o uso do nome social já é regulamentado desde 2010, a partir de uma deliberação do Colegiado de Ensino, Pesquisa e Extensão, o Cepe. Em 2019, o Cepe atualizou a regulamentação, prevendo a inclusão do nome social em todos os documentos internos do estudante na instituição, sendo acompanhado do nome de registro.

Aliás, vale lembrar que adotar o nome social e retificar o nome de registro não são a mesma coisa. O nome social não altera o nome registrado em documentos, como certidão de nascimento, por exemplo. Já no caso da retificação do nome de registro, é necessário coletar a documentação pedida pelo cartório de registro civil. Caso esse pedido seja negado pelo cartório (o que é ilegítimo), a pessoa deverá exigir essa negativa por escrito e, com ela, procurar a defensoria pública.

Embora haja essa possibilidade de retificação, o nome social ainda é a escolha mais comum na comunidade trans, ainda que não seja uma alternativa tão definitiva e seja insuficiente para muita gente. Isso acontece porque ela ainda é uma saída mais rápida e simples para auxiliar a vida social dessas pessoas, criando pelo menos a oficialização do direito ao tratamento pelo nome escolhido. A retificação, por ser um processo mais longo e demorado, acaba sendo deixado para depois ou desconsiderado, uma vez que para a maior parte das questões o nome social já funciona.

Vale frisar que o nome social, ao contrário de um apelido, não é somente ‘uma forma de chamar alguém’, mas, sim, uma conquista política que contempla a dignidade e integridade de pessoas trans contra os preconceitos e desconfortos sofridos por essa parte da população.

Importante: o nome social não pode e nem deve ser utilizado como um “apelido” ou apenas para alterar seu nome de registro porque você não gosta dele. O nome social tem um uso específico definido em legislação.

Como fazer para que o nome social seja incluído nos sistemas do IFSC?

Agora, seguindo para a parte mais prática do nosso post de hoje: se você está passando ou conhece alguém aqui do IFSC que está passando por uma transição de gênero, aqui vai como é possível optar pelo uso do nome social no IFSC! Vamos lá?

Para que o seu nome social seja incluído no Sigaa, no Moodle e em outros sistemas do IFSC, é bem fácil. Se você passou agora no vestibular e está entrando no IFSC, é possível pedir já no ato da matrícula. Mas, mesmo depois disso, é possível fazer esse pedido a qualquer momento: é só preencher uma solicitação por escrito e entregar à secretaria ou registro acadêmico do seu câmpus.

Se você for menor de idade, é necessário que você tenha o acompanhamento do seu representante legal para incluir o nome social. 

Depois disso, o que muda?

Quando você inclui seu nome social no sistema, o seu usuário para acessar o Sigaa e o Moodle, assim como seu nome na chamada, será seu nome social. Documentos como o histórico escolar, atestado de matrícula e diploma conterão o nome social acompanhado do nome civil. E, não menos importante, no evento de formatura chamarão seu nome social, sendo que apenas a ata conterá o nome civil junto ao social.

Além disso tudo, a partir do momento em que seu nome social constar no sistema, todos os professores e servidores do IFSC deverão passar a utilizá-lo para se referir a você. Caso isso não ocorra e você enfrente alguma resistência, você deve procurar a ouvidoria do IFSC para que seu nome seja respeitado.

Lembre-se que o nome social não é um favor, mas um direito.

Pode mudar o nome social mais de uma vez?

Sim! Afinal, o processo de escolha de um nome social nem sempre é rápido, há uma adaptação que compreendemos que faz parte do processo. 

Para muitas pessoas trans, a escolha do nome social é repleta de desafios, constituindo um período às vezes conturbado. Assim, muitas pessoas fazem o que carinhosamente chamam de “test drive” — um período de teste, digamos, em que a pessoa tenta se adaptar ao nome escolhido. Caso isso não ocorra bem e a pessoa queira mudar de nome, há essa opção.

Mas relembramos que o nome social é diferente de apelido, sendo uma importante conquista política da comunidade trans contra o preconceito. Por isso, não é legal utilizar esse recurso para coisas que não são nome social, como apelidos, certo?

O que fazer se o nome social não for respeitado?

Nós sabemos que, apesar das campanhas educacionais nacionais e aquelas feitas por nós, aqui do IFSC, a transfobia é um problema presente em todas as camadas da nossa sociedade e em todos os lugares. E embora a luta seja regulamentar e educar para proporcionar segurança e acolhimento, somos formados por uma diversidade grande de pessoas, entre professores, servidores, terceirizados e estudantes que compõem a nossa comunidade e, em algum momento, podem não seguir as mesmas diretrizes que elaboramos para o respeito à diversidade.

Nossa missão enquanto IF é formar cidadãos e parte disso é fomentar o respeito à diversidade. Mas sabemos que ainda há muito caminho pela frente!

Por isso, caso você encontre resistência e desrespeito ao seu nome social e gênero de identificação, lembre-se que tanto a Resolução CEPE 103/2019 quanto o Decreto nº 8.727/2016 garantem seu direito de tratamento pelo nome escolhido. Logo, você pode, sim, procurar a Ouvidoria do IFSC e registrar uma reclamação.

-> Veja como entrar em contato com a Ouvidoria

Também temos as coordenadorias pedagógicas nos câmpus que oferecem apoio aos alunos.

-> Apoio aos alunos: entenda o trabalho das coordenadorias pedagógicas

Com quem posso falar se tiver dúvidas?

Se você ainda tem dúvidas sobre a questão do nome social ou precisa de aconselhamento em questões de gênero e diversidade, temos alguns links e contatos que podem te ajudar.

Ambulatórios Trans em Santa Catarina
Com equipe multidisciplinar de assistentes sociais, médicos, psicólogos e enfermeiros.

(48) 98838-5349 ou pelo instagram Ambulatório Trans Florianópolis (@ambulatoriotransfloripa) — em Florianópolis

(48) 98468-3260 ou por e-mail ambulatranssj@gmail.com — em São José

ONGS e outros projetos voluntários

All Out — acolhimento psicológico voluntário para pessoas LGBT+

EternamenteSOU — equipe multidisciplinar com projetos voltados para pessoas idosas LGBTQIA+

ABGLT — Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos

ADEH | ADEH - Florianópolis-SC — Associação em Defesa dos Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade

RETIFICA Trans BR (@retificatrans) - Advogados e pessoas Trans que auxiliam em aspectos legais de retificação de nome de registro.

Site de empregos

TransEmpregos — site de empregos que divulga vagas para pessoas trans

Além desses, você também pode contatar os pedagogos e assistentes sociais do IFSC, presentes em todos os nossos câmpus. Veja os contatos aqui.

Vamos relembrar de um caso real de uma aluna do IFSC?


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Procurando um estágio? Saiba por onde começar

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 20 dez 2023 12:13 Data de Atualização: 20 dez 2023 12:15

Para conseguir um trabalho, você precisa de experiência. Para ter experiência, você precisa de um trabalho. E agora? Como resolver esse dilema que é tão comum na hora de entrar no mercado de trabalho? O objetivo do post de hoje é te dizer que, calma, nem tudo está perdido. Se você é estudante, existe uma opção excelente para conseguir essa experiência inicial e o nome é estágio.

O estágio é justamente a conexão entre sua área de estudo e uma experiência de trabalho. O melhor de tudo é que, como estagiário, sua principal atividade é aprender. Logo, você pode, sim, começar sem experiência!

Porém, antes de começar a procurar, é importante saber um pouco sobre o que é e como funciona um estágio. Até porque, mesmo algumas empresas às vezes abrem vagas de estágio que não se encaixam muito bem nesse conceito, na prática. Além disso, esse é um tipo específico de atividade que conta com suas próprias características e regras. Então vamos lá?

O que é estágio?

Antes de tudo, é bom esclarecer algumas coisas: estágio não é qualquer trabalho feito por quem está começando. E o estagiário não deve ser aquela pessoa nova no setor, sobrecarregada com todo o trabalho chato que ninguém quer fazer! Aliás, ele também não tem que levar a culpa de tudo, viu?! Na verdade, o estagiário não deve ser contratado como uma força de trabalho como os outros funcionários, porque a primeira e mais importante função dele é aprender.

De acordo com a Lei do estágio, só é estágio a atividade reconhecida pelo projeto pedagógico do curso do estudante (logo, não há estágio sem matrícula ativa!) que proporciona aprendizado prático da área de atuação do curso. Ou seja, é uma atividade pedagógica na qual você, estudante, pode criar aprendizado e experiências em um ambiente de trabalho na área em que em breve será um profissional formado e atuante.

Isso tudo quer dizer que o estágio não pode atrapalhar seus estudos, já que serve como um complemento deles, e nem você pode estagiar se não estiver estudando. A lei do estágio garante, ainda, vários direitos — que contaremos adiante — que partem justamente desse princípio de atividade de aprendizado em ambiente de trabalho, e não uma mão de obra barata.

Aliás, você sabia que existem dois tipos diferentes de estágio? Dependendo do seu curso, existe no currículo a necessidade de realizar uma disciplina chamada estágio obrigatório, e a diferença entre essa disciplina e o estágio não obrigatório confunde muita gente! Por isso, separamos um tempinho para te explicar a diferença.

Qual a diferença entre o estágio obrigatório e o não obrigatório?

O estágio obrigatório é aquele que valida uma disciplina do curso que é obrigatória para a sua conclusão. Por exemplo, nos cursos de licenciatura, é necessário cumprir a carga horária de estágio obrigatório em escolas do ensino básico para conseguir o diploma, e isso está no currículo do curso. Esse tipo de estágio tem regras mais específicas quanto aos locais e atividades a cumprir, pois visam uma experiência mais direcionada para a formação do estudante.

Já o estágio não obrigatório não é parte do currículo do curso, embora previsto no projeto pedagógico: você não precisa cumprir horas dele para se formar, embora seja um ótimo complemento para a sua formação! Mas vale lembrar novamente que mesmo nesses casos, ainda é necessário que a atividade seja condizente com o curso e o seu supervisor precisa ser um profissional da área.

Além dessas diferenças, há também a questão da remuneração: o estágio obrigatório não precisa ser remunerado, enquanto o estágio não obrigatório sempre será remunerado com bolsa e auxílio transporte. Falando em direitos do estagiário, essa próxima pergunta também é bem frequente:

Estagiário tem direito a férias?

Sim! Nada mais justo, certo? No caso dos estágios não obrigatórios, para cada ano de estágio o estudante tem direito a 30 dias de férias remuneradas. Mas, é importante lembrar que nas férias, apesar de o pagamento da bolsa ser garantido, o auxílio transporte não entra. Afinal, você só precisa do auxílio transporte se tiver que se deslocar até o local do estágio.

Com qual idade mínima e máxima pode estagiar?

Se você é aluno dos nossos cursos técnicos integrados ou Proeja, saiba que você pode, sim, buscar vagas de estágio! A idade mínima é 16 anos e não há idade máxima. No caso dos estágios para o ensino médio técnico, também é importante que o estágio tenha relação com as experiências profissionais do curso que você está fazendo.

Aliás, se você tem menos de 18 anos, o Termo de Compromisso também será assinado pelo seu responsável legal.

Já em relação à idade máxima, assim como para estudar não tem um limite de idade para iniciar, para fazer um estágio também não. Se você está fazendo um curso e se capacitando, independente da sua idade, você pode também fazer um estágio.

Mas, dito tudo isso, o que é preciso para conseguir um estágio?

Ter um bom currículo é sempre importante!

Não precisa ser um currículo de milhões ainda, mas para se candidatar a uma vaga de estágio você precisa falar um pouco sobre você, seus objetivos, o que você faz, entre outras coisas. Se você tem dúvidas sobre como fazer um currículo, pode conferir esse outro post do Blog em que falamos sobre o assunto.

Para vagas de estágio, o mais importante é incluir informações sobre o curso, a fase que está cursando, previsão de formatura, onde mora e outras experiências de projetos e bolsas que você participou, como monitorias, jovem aprendiz, voluntariados etc. Lembre-se: não é um emprego, é uma atividade de aprendizado, então qualquer atividade adicional que você fez durante a sua formação pode te ajudar a ganhar uns pontinhos.

A partir daí, com um currículo preenchido e bonito, você pode começar a procurar por  vagas e se aplicar para elas!

Onde encontrar vagas?

Um bom lugar para começar são nos sites de agências especializadas em divulgar vagas de estágio, como o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), que disponibilizam vagas e fazem o intermédio entre o IFSC e a empresa na qual você vai estagiar.

Outra alternativa são os sites de vagas de emprego, como o Indeed e o Infojobs, nos quais você pode ficar de olho nos critérios de vagas de estágio da sua área e entender melhor o que pode te destacar na hora da entrevista. A rede social LinkedIn também pode ser uma ferramenta muito útil, em especial para a área da tecnologia e comunicação, já que muitas startups procuram estagiários por lá.

Além disso, aqui mesmo no IFSC nós lançamos semestralmente editais com vagas de estágio, tanto para alunos do instituto quanto de outras instituições. É só ficar de olho na abertura de editais no início de cada semestre no site do seu câmpus. Ah, e você pode dar uma olhada nos editais anteriores para conhecer melhor os tipos de vaga que o IFSC oferece. São vagas para diversos cursos e câmpus.

O que fazer depois de conseguir uma vaga?

Independente se for um estágio obrigatório ou não obrigatório, o IFSC precisa saber que você está fazendo um estágio e estar de acordo com as condições do mesmo. Por isso, antes de começar é feito um Termo de Compromisso, que é o contrato assinado por você, pelo supervisor do seu estágio na concedente (empresa na qual você vai desenvolver suas atividades) e também por um professor orientador do seu curso, que atue na área do seu estágio. O estágio só pode começar depois que esse documento for assinado e entregue para todas as partes envolvidas. Não esqueça de deixar uma via com o setor de estágios do seu câmpus!

Já no seu estágio, lembre-se que sua posição é de aprendizado, por isso, tirar dúvidas e precisar de ajuda no início é completamente normal. Por isso, não tenha vergonha: é melhor sempre manter uma boa comunicação com a supervisão, demonstrando interesse e vontade de aprender.

Além disso, a cada seis meses ou ao fim do estágio, será necessário preencher um relatório das atividades exercidas no estágio. Esse documento deve ser assinado pelo seu supervisor de estágio e pelo seu orientador na instituição de ensino.

Ficou alguma dúvida?

Todos os câmpus do IFSC tem um responsável pelo setor de estágio e que pode responder outras dúvidas mais específicas sobre estágios da sua área de estudo. Você encontra aqui todos os e-mails e telefones para entrar em contato.

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Você sabia que a alimentação escolar é um direito?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 22 nov 2023 13:19 Data de Atualização: 17 mai 2024 18:19

Uma fruta, um biscoito, um lanche sempre caem bem, não é mesmo? Você sabia que todos os câmpus do IFSC oferecem alimentação escolar para os estudantes? E melhor ainda: sabia que a alimentação escolar para a educação básica é um direito garantido por lei?

O Programa Nacional de Alimentação Escolar, o PNAE, foi instituído pela Lei 11.947, de 16 de junho de 2009, e está regulamentado atualmente pela Resolução CD/FNDE nº 06, de 8 de maio de 2020. Segundo esta legislação, “a alimentação escolar é direito dos alunos da educação básica pública e dever do Estado” e tem como base o direito humano à alimentação adequada e saudável.

Mas você sabe, na prática, como os alimentos chegam até os estudantes no IFSC? É o que vamos explicar neste post. Para isso, conversamos com a nutricionista da Reitoria Carolina Abreu Henn de Araújo e com o servidor da Diretoria de Assuntos Estudantis Guilherme Koerich, que nos explicaram como acontece a aquisição e distribuição dos alimentos e como os próprios estudantes podem colaborar para tornar a “merenda escolar” melhor para todos.

Como funciona o PSAE?

O IFSC instituiu em 2014 o Programa de Segurança Alimentar do Estudante do IFSC, o PSAE (Resolução 46/Consup/IFSC, de 18 de junho de 2014), que tem como base a lei federal do PNAE, de 2009. O PSAE conta com três planos de ação:

1) Plano de Ação Alimentação Estudantil (PAE): 

A lei prevê obrigatoriedade para todos os alunos da educação básica (até o Ensino Médio), mas o IFSC entende que  a alimentação é um direito humano básico e deve ser universal. Assim, todos os alunos do IFSC recebem a alimentação. 


Para fornecer alimentos aos alunos, o IFSC conta com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que atende todos os estudantes matriculados na Educação Básica das escolas públicas, filantrópicas e comunitárias do país. O FNDE multiplica o número de alunos matriculados, registrado no Censo Escolar do ano anterior, pelo valor que corresponde a cada modalidade, pelos 200 dias letivos. 

Carolina explica que até metade deste ano, o valor médio geral era de R$ 0,36 por aluno. Após o reajuste, os recursos são distribuídos da seguinte forma:

- R$ 0,41 para os estudantes matriculados na Educação de Jovens e Adultos - EJA;
- R$ 0,50 para os estudantes matriculados no ensino fundamental e no ensino médio;
- R$ 1,37 para os estudantes matriculados em escolas de tempo integral com permanência mínima de sete horas na escola ou em atividades escolares;
- R$ 0,68 para os estudantes que frequentam o contraturno.

Esses valores do FNDE são complementados com recursos próprios da Assistência Estudantil do IFSC e dos câmpus. 

A lei do PNAE diz que pelo menos 30% dos alimentos ofertados aos alunos devem ser provenientes da agricultura familiar. No IFSC, em torno de 98% dos alimentos são adquiridos dessa maneira, por meio de chamadas públicas (dispensa de licitação). Os alimentos não necessariamente precisam ser orgânicos, porém, como o planejamento prioriza produtos da estação e de fornecedores locais, eles acabam sendo mais frescos e com menos agrotóxicos.
No início do ano, os recursos são descentralizados para todos os câmpus, que mapeiam as cooperativas e produtores que podem fornecer esses alimentos e quais estão disponíveis na região. A Reitoria monta o cardápio e devolve ao câmpus para dar seguimento à chamada pública. Acontece também de câmpus próximos fazerem chamadas públicas conjuntas.

Este ano, até agosto foram distribuídos 82.343 quilos de frutas (principalmente banana, maçã e vergamota) e 17.576 quilos de panificados (pães, biscoitos, cucas ou bolos) aos estudantes matriculados no IFSC. 

A distribuição dos alimentos nos câmpus é feita pelas Comissões Locais de Alimentação Escolar. Essas comissões são formadas por servidores e alunos, todos voluntários. Inclusive, deixamos aqui o convite para que nossos estudantes participem das comissões e contribuam para uma alimentação ainda melhor nos câmpus!

Como a maioria dos câmpus ainda não dispõe de estrutura física ou pessoal para manipulação e armazenamento dos alimentos, os cardápios são bem enxutos. Alguns câmpus conseguem investir recursos próprios e contratar merendeira, ou adquirir equipamentos, como refrigeradores, o que possibilita a oferta de lanches um pouco mais elaborados.

2) Plano de Ação “Cantina Saudável”

O IFSC implementou algumas regras para contratação de cantinas nos câmpus, visando a promoção da alimentação saudável. 

Por exemplo, nos editais de contratação de cantina, há a exigência de desconto maior para alimentos considerados mais saudáveis, para que sejam mais acessíveis aos alunos. Algumas cantinas oferecem o “combo saudável”, mais barato que os demais alimentos oferecidos no dia.

Também houve uma mudança na legislação, que exige que as cantinas deixem de vender alimentos ultraprocessados (Instrução Normativa 2397, do Governo do Estado), e que vale para escolas até o ensino médio. Essa legislação ainda está em discussão no IFSC, visto que também temos cursos de graduação e pós-graduação, que não se enquadram nessa legislação.

-> IFSC Verifica: Todo alimento ultraprocessado é ruim?

3) Plano de Ação “Educação Alimentar e Nutricional” (EAN)

Este plano de ação tem como objetivo promover a educação alimentar no IFSC, como tema transversal em disciplinas e ações nos câmpus. Diversas campanhas já foram produzidas pelo IFSC para abordar o tema alimentação saudável.

-> Alimentação saudável: dicas e receitas para desenvolver bons hábitos

Nossa nutricionista Carolina reforça que a educação alimentar deve estar aliada ao fornecimento da “merenda”:

“A gente só consegue mudar o comportamento alimentar se tiver as duas coisas funcionando juntas”.

Projetos dos câmpus

Dois câmpus do IFSC têm opções diferentes no que diz respeito à alimentação escolar: o Câmpus Araranguá dispõe de um refeitório próprio e o Câmpus Florianópolis-Continente está desenvolvendo um projeto piloto para distribuição de lanche em parceria com a cantina.

O Câmpus Araranguá recebe o mesmo recurso que os outros câmpus, mas investiu com recursos próprios para construção do refeitório, contratação de nutricionista e demais profissionais. No refeitório, os alunos almoçam duas vezes na semana e lancham cinco vezes na semana nos três turnos, gratuitamente.

Já o projeto piloto do Câmpus Florianópolis-Continente está testando o fornecimento de lanche para os alunos por meio da cantina. A cantina adquire os alimentos e monta kits pré-estabelecidos pela nutricionista da Reitoria. 

Como a cantina dispõe de profissionais e local para armazenamento e manipulação de alimentos, pode haver maior diversificação do cardápio, como bebidas, lanches salgados ou doces, como sanduíches, tortas salgadas, bolos, vitaminas, entre outros. Além disso, pode fornecer lanches com proteínas, como preconiza o FNDE.

A situação ideal é que todos os câmpus tenham um refeitório em que os alunos possam ter o lanche e o almoço gratuitos. Assim, o setor de Alimentação Estudantil e todo o IFSC está trabalhando para melhorar cada vez mais o fornecimento da alimentação.

Alimentação é um direito do aluno

Os alunos devem pensar na alimentação escolar como um direito. Para isso, é preciso entender como funciona e reivindicar junto aos câmpus o fornecimento da alimentação escolar. 

A merenda não é apenas para quem é mais carente. Qualquer estudante que manifeste interesse tem direito à Alimentação Escolar. Para saber como recebê-la, entre em contato com a Comissão de Alimentação Escolar do seu câmpus.

Os alunos também podem contribuir para melhorar a alimentação escolar no IFSC conhecendo a legislação, mobilizando as lideranças estudantis e participando da elaboração da Política de Assistência Estudantil, que entre outros temas, vai tratar da atualização da resolução sobre alimentação escolar.

Ficou interessado? Procure a comissão do seu câmpus ou envie dúvidas e sugestões para o e-mail alimentacao@ifsc.edu.br.

Para mais informações sobre o PNAE e o PSAE, acesse a página de alimentação estudantil.

-> Perguntas frequentes: Tire suas dúvidas sobre a Alimentação Escolar no IFSC

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O que a Política tem a ver com você?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 18 out 2023 19:27 Data de Atualização: 17 mai 2024 18:19

Muita gente pode ter crescido ouvindo a frase: “Política não se discute”. A polarização política que tomou conta do nosso País nos últimos anos deixou muitos exaltados, rompeu relações e afastou muitas pessoas desse assunto. Mas hoje estamos aqui - bem no clima paz e amor ✌️❤️ - para dizer que Política se discute sim (ou deveria ser discutida). Mas claro: com respeito à troca de ideias e  aos pensamentos divergentes.

Para isso, conversamos com a professora de sociologia do Câmpus Jaraguá do Sul - Centro, Mariana Guerino.

O que é Política?

De acordo com a professora Mariana, “política é uma construção histórica e social que diz respeito às disputas sobre rumos, decisões e definições de âmbito coletivo, sendo atravessadas por relações de poder”. 

E tem mais:

Definir política requer um olhar atento e questionador sobre as transformações sociais, sobre quem detém o poder e sobre quem não detém o poder em determinado tempo histórico - e seus porquês. Definir política requer uma atenção especial em como se conta uma história de vencedores e perdedores, sobre como se explicam as guerras, as invasões, as múltiplas formas de opressão e violência.

Por isso, para definir política, é preciso observar além da aparência imediata. Precisamos mobilizar nossos sentidos e acionar o dispositivo da coletividade, do diálogo, das histórias ancestrais para, nessa confluência e em sua diversidade, encontrar respostas.

E para quem acha que política é um assunto que só afasta as pessoas, nossa professora manda um recado:

Política também é aquilo que nos confunde e nos provoca a unir pessoas para induzir caminhos possíveis para todos os seres.

Por que é necessário ter uma estrutura política como os partidos?

A democracia representativa brasileira estabelece que cabe ao povo exercer a livre escolha de seus representantes, assim como incidir de forma direta sobre os rumos da produção legislativa e da formulação e execução das políticas públicas por meio de ações de movimentos sociais. Para ser um representante do povo e ter a chance de ser escolhido pelo povo, a pessoa candidata deve, obrigatoriamente, filiar-se a algum partido político registrado no Tribunal Superior Eleitoral. Os partidos políticos fazem parte do desenho democrático brasileiro e são garantidos pela Constituição Federal de 1988

Portanto, essa estrutura política dos partidos é necessária para sustentar o amplo debate sobre os distintos projetos de sociedade por eles propostos e para assegurar a democracia. 

-> Por que é importante votar? Leia este outro post do Blog do IFSC

É possível debater política sem manifestação partidária?

A estrutura dos partidos é muito antiga e tem a função de simbolizar o conjunto de premissas defendidas por um determinado grupo. Então é possível usar uma bandeira ou uma música de um partido, por exemplo, para se manifestar politicamente ou não, mas não há imposição ou regra nesse aspecto. Veja o que a professora Mariana nos explicou sobre isso:

A própria democracia se propõe a ser o espaço da diversidade, contanto que não haja discursos de ódio e de consequente eliminação de grupos. É preciso ter cautela nessa reflexão e perceber que atentar contra os partidos, ou mesmo reduzir a sua estrutura unicamente como mecanismos de corrupção, também é atacar a democracia. Precisamos reestabelecer laços mais fortes para construirmos caminhos mais inteligentes, no sentido de captar as relações políticas em sua complexidade.

Como debater política com respeito? 

Primeiro, precisamos ter a clareza que isso vai depender da concepção de política do tempo histórico em questão. Em ditaduras, por exemplo, não é permitido o debate.

No momento atual em que vivemos, a professora destaca que a relação entre classes sociais, de raça e de gênero precisa ser considerada para iniciar qualquer debate respeitoso sobre política - seja em relação ao Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo.

Em outras palavras: um debate político saudável é aquele que vai além das aparências e busca ampliar para questões que, por razões políticas, ficam ocultas. Conforme afirma Mariana:

Talvez não sejamos especialistas em nossos diálogos e muitas vezes podemos não encontrar respostas. Às vezes saímos com mais dúvidas do que quando chegamos e isso não é um problema. Um debate não é uma batalha onde há vencedores e perdedores. Um debate saudável não se presta a isso, mas sim ao movimento das histórias, da troca, ao compartilhamento de experiências e à dinâmica da vida política. O que escapa a isso, não é debate, é discurso de ódio.

Qual o papel das instituições de ensino na discussão política?

Se pensarmos em uma instituição como o IFSC, a própria instituição funciona como um exemplo de gestão democrática. E não só a gente. De acordo com a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), instituições de ensino devem funcionar de acordo com a gestão democrática, com eleições periódicas de seus representantes, com a participação estudantil, garantindo a qualidade em todos os níveis, no sentido de conduzir uma formação crítica e participativa. 

-> O que é o Conselho Superior? Quais são as funções desse colegiado?

Para além da estrutura hierárquica do IFSC, existem também os movimentos estudantis, que são espaços de discussão política, uma vez que mobilizam o diálogo sobre os rumos e as decisões relativas à comunidade escolar.

-> Representações estudantis no IFSC: veja como participar

Dentre os princípios da Educação, a LDB também aponta o respeito à liberdade e o apreço à tolerância. E um destaque feito pela nossa professora:

É importante saber que tolerar não é aceitar, afinal quem tem o poder de aceitar ou não o outro? Trata-se aqui da convivência na diversidade e da diversidade entendida como uma potência e não como um problema. Essa concepção se refere ao princípio constitucional de pluralismo de ideias.

Debatendo sobre Política

Enquanto instituição de educação, o IFSC promove várias possibilidades para seus estudantes e comunidade debaterem a política. Um exemplo bem bacana é o "Debatendo sobre Política", um projeto de extensão do Câmpus Jaraguá do Sul - Centro que tem o objetivo de proporcionar reflexões sobre o papel dos cidadãos na política e na vida pública.

Criado durante o ano eleitoral de 2022 pelo jornalista do IFSC Daniel Augustin Pereira, o projeto organiza debates (on-line ou presenciais) com a participação de pesquisadores, políticos, figuras públicas e especialistas em áreas específicas, sempre discutindo temas ligados direta ou indiretamente à política. 

Leia o que o Daniel nos contou sobre o projeto:

Naquele ano, percebi que muitas pessoas tinham grande interesse em assuntos particulares mas, quando havia oportunidade de fazer a conexão desses assuntos com o mundo da política, vinham com o famoso "Ah não, não vamos falar de política porque uma coisa não tem ligação com a outra". E foi justamente para mostrar a ligação da política - não apenas a política partidária, mas o termo num sentido mais amplo - com todas as áreas da nossa vida - que organizei a primeira edição do projeto. Buscamos incentivar as pessoas a conversarem com seus conhecidos sobre os impactos de nossas escolhas políticas no cotidiano da sociedade, ao invés de simplesmente virar a cara quando alguém apenas mencionar o termo "política".

-> Assista ao debate “Política e vida estudantil: o que eu tenho a ver com isso?”

E se você é uma das pessoas que revira os olhos ao ouvir o termo “política”, te convidamos a assistir aos debates promovidos por este projeto que abordou temáticas como religião, futebol, maternidade, racismo, gênero e muito mais:

Live 1: "Política, educação e violência: os crescentes ataques nas escolas"

Live 2: "Política e religião"

Live 3: "Política e poder judiciário"

Live 4: "Política e criação de filhos"

Live 5: "Política e o direito à moradia"

Live 6: "Política e a comida na mesa dos brasileiros"

Live 7: "Política e representação racial"

Live 8: "Política, mulheres e hipersexualização"

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Quem foi Nilo Peçanha?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 20 set 2023 08:12 Data de Atualização: 20 set 2023 08:34

A gente brinca por aqui que o Nilo Peçanha é nosso pai, porque foi ele que, enquanto presidente da República, criou - por meio do decreto nº 7.566, de 23 de setembro de 1909 - 19 Escolas de Aprendizes Artífices no Brasil - que deram origem aos nossos Institutos Federais de hoje. O IFSC surgiu a partir da Escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina.  

Mas, afinal, quem foi este tal de Nilo Peçanha que sempre citamos quando falamos da nossa história? Neste mês em que a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica completa 114 anos, queremos contar um pouco da história dessa personalidade importantíssima para a Educação Profissional e Tecnológica no Brasil: o fluminense Nilo Procópio Peçanha, presidente da República entre 1909 e 1910. Hoje o post do Blog do IFSC é todo sobre ele.

Quem foi Nilo Peçanha?

Nascido em Campos dos Goytacazes, município situado no norte do estado do Rio de Janeiro, em 2 de outubro de 1867, Nilo Peçanha veio de uma família modesta. O pai, o padeiro Sebastião de Souza Peçanha, legou ao filho a valorização do trabalho digno e honesto. Já a mãe, Joaquina Anália de Sá Freire, incentivou em Nilo Peçanha o gosto pelos estudos. Ele recebeu sua educação básica no Liceu de Humanidades de Campos e, aos 20 anos, já havia se formado bacharel na prestigiada Faculdade de Direito do Recife (PE).

Abolicionista, republicano, democrata e liberal, Nilo Peçanha teve participação intensa no cenário político do Brasil que saía da monarquia, implementava a república e tinha abolido a escravidão havia apenas duas décadas. Criou e presidiu, por exemplo, o Clube Republicano em sua cidade natal. Foi deputado constituinte entre 1890 e 1891, deputado federal, senador e presidente do estado do Rio de Janeiro – cargo então equivalente ao atual governo do estado. Ocupava a vice-presidência do Brasil quando o titular, Afonso Pena, veio a falecer, em 1909. Foi assim que Nilo Peçanha tornou-se o primeiro e único presidente negro do Brasil.


 

Sua atuação no curto período de governo – ao todo, foram 17 meses – foi marcada por ações como a reorganização do Ministério da Agricultura e a criação do Serviço de Proteção ao Índio, sob a direção do então tenente-coronel Cândido Rondon. Mas é em função da criação da rede de Escolas de Aprendizes Artífices em todo o país que Nilo Peçanha se tornou o patrono da Educação Profissional e Tecnológica.

-> Conheça melhor a educação profissional e tecnológica e entenda por que ela é uma boa escolha

Para o professor Paulo Roberto Wollinger, estudioso da educação profissional e tecnológica e professor aposentado do IFSC, Nilo Peçanha pode ser considerado um herói nacional:

“Ele criou escolas técnicas que ensinavam as letras e as artes, ou a formação propedêutica e a profissional. Também criou a primeira ação inclusiva, ou norma de cotas, na educação brasileira, pois queria garantir que os pobres tivessem acesso a uma escola de qualidade.”

Já a criação do Serviço de Proteção ao Índio foi uma iniciativa pioneira de valorização e respeito às populações indígenas, assunto que permanece em pauta ainda hoje, como comenta o professor Wollinger:

“Foi a primeira vez que o governo brasileiro assumiu com uma política pública que os povos indígenas eram importantes e precisavam ser respeitados, isso depois de mais de 400 anos de extermínio.”

No início do século 20, o Brasil era um país eminentemente rural, com 67% dos cerca de 21 milhões de habitantes morando em áreas rurais. O acesso à educação era restrito às elites. As famílias com algum poder aquisitivo mandavam os filhos estudarem em grandes centros, como São Paulo, Recife e Rio de Janeiro, em especial nas escolas confessionais (religiosas). Quem era realmente rico estudava na Europa. Além disso, a abolição da escravidão resultou num imenso contingente de pessoas negras, ex-escravizadas, que não tinham acesso à educação nem eram capacitadas para o trabalho, e que se dirigiam em massa para as cidades em busca de oportunidades de vida. Nesse cenário, o Decreto 7.566, de 23 de setembro de 1909, que criou as Escolas de Aprendizes Artífices, surge como marco de uma política pública educacional voltada às populações menos favorecidas.  Conforme analisa Wollinger:

“Nilo Peçanha tinha essa clareza. Ele era pobre, negro, filho de trabalhadores e tinha essa visão de inclusão, a noção de que ter um trabalho, saber um ofício, era uma conquista de vida. Só que a maioria das pessoas que tinham acabado de sair da escravidão não tinham recurso nenhum. Não receberam ajuda como aconteceu com os imigrantes europeus que vieram trabalhar no Brasil. E foi essa a revolução que ele começou quando criou as 19 escolas de aprendizes artífices, uma em cada estado brasileiro [na época só havia 19 estados]. Modelo que foi depois copiado em vários estados da federação, com a criação de escolas técnicas com educação propedêutica e profissional. Nilo Peçanha criou um modelo de educação genial para a autonomia da classe trabalhadora”.

O idealizador da primeira configuração daquilo que hoje é a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica tinha clareza do quanto seu projeto podia contribuir para o futuro do país. Após deixar o cargo, ele viajou à Europa para conhecer o modelo de educação profissional praticado por lá, constatando a importância desse tipo de ensino no desenvolvimento daqueles países. Suas impressões ficaram registradas no livro “Impressões da Europa: Suíça, Itália e Espanha”, que Peçanha publicou em 1912 pela editora francesa N. Chini & Cia. Éditeur.

Portador de um raro exemplar da publicação, garimpada em um sebo, o professor Paulo Wollinger destaca um trecho do texto em que Nilo Peçanha aborda a “instrução profissional” como solução de êxito para os problemas sociais. Ele escreve:

“É neste terreno que já se começa a medir o poder das nações. E no que nos diz respeito, se quando exerci a Presidência da República já conhecesse a extensão dos seus resultados, ao invés dos vinte [sic] institutos profissionais que fundei nas capitais dos Estados, teria certamente criado duzentos, e aliás com outro desenvolvimento, tão profunda será a sua influência na formação do caráter do povo e nos destinos do Brasil.”


 

Hoje, a Rede que se desdobrou após as sucessivas transformações institucionais das ancestrais Escolas de Aprendizes Artífices tem, em todo o país, 680 unidades e 1,5 milhão de estudantes matriculados em 11 mil cursos. E continua promovendo a inclusão, transformando vidas e ajudando na construção do país. Algo que, sem dúvida, traria muito orgulho ao nosso patrono.

Aliás, Nilo Peçanha é tão importante na nossa história que dá nome à plataforma que traz os dados da Rede Federal: Plataforma Nilo Peçanha.

História do IFSC

E agora que você já sabe a história do nosso patrono, pode conhecer também melhor a história do IFSC:

-> Navegue pela linha do tempo do IFSC
-> Acesse a versão digital do livro “Da Escola de Aprendizes de Artífices ao Instituto Federal de Santa Catarina” de Alcides Vieira de Almeida
-> Memórias IFSC: assista a reportagens sobre a história do IFSC

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Engenharia no IFSC? Temos!

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 23 ago 2023 09:05 Data de Atualização: 17 mai 2024 18:18

Muita gente ainda associa o IFSC aos cursos técnicos. E sim, nossos cursos técnicos correspondem a mais da metade da nossa oferta de vagas. Mas um dos objetivos dos Institutos Federais também é ministrar em nível de educação superior cursos de graduação, visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia e áreas do conhecimento.

Neste post, vamos apresentar nossos cursos de engenharia, que são classificados - dentre os cursos de graduação - como cursos de bacharelado. O bacharelado é um curso superior generalista, de formação científica ou humanística, que confere ao diplomado competências em determinado campo do saber para o exercício de atividade profissional, acadêmica ou cultural, com o grau de bacharel.

-> Qual a diferença entre Bacharelado, Curso Superior de Tecnologia e Licenciatura? 

Quais os cursos de engenharia do IFSC?

O primeiro curso de engenharia oferecido pelo IFSC foi o curso de Engenharia de Controle e Automação do Câmpus Chapecó. Na sequência, vieram os cursos de Telecomunicações do Câmpus São José e os de Engenharia civil, Eletrônica, Elétrica e Mecatrônica do Câmpus Florianópolis - que neste ano completam 10 anos.

Atualmente, também temos cursos de Engenharia em Caçador, Criciúma, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages, São Carlos, Urupema e Xanxerê. Em muitos lugares, nossos cursos de engenharia foram os primeiros gratuitos da região.

Veja abaixo os cursos de engenharia que temos atualmente nos nossos câmpus:

Engenharia Civil
-> Conheça o curso do Câmpus Criciúma
-> Conheça o curso do Câmpus Florianópolis
-> Conheça o curso do Câmpus São Carlos

Engenharia de Alimentos
-> Conheça o curso do Câmpus Urupema

Engenharia de Controle e Automação
-> Conheça o curso do Câmpus Chapecó

Engenharia de Produção
-> Conheça o curso do Câmpus Caçador

Engenharia de Telecomunicações
-> Conheça o curso do Câmpus São José
-> Assista à reportagem e conheça melhor este curso

Engenharia Elétrica
-> Conheça o curso do Câmpus Florianópolis
-> Conheça o curso do Câmpus Itajaí
-> Conheça o curso do Câmpus Jaraguá do Sul - Rau
-> Conheça o curso do Câmpus Joinville

Engenharia Eletrônica
-> Conheça o curso do Câmpus Florianópolis
-> Assista à reportagem e entenda melhor este curso

Engenharia Mecânica
-> Conheça o curso do Câmpus Jaraguá do Sul - Rau
-> Conheça o curso do Câmpus Joinville
-> Conheça o curso do Câmpus Lages
-> Conheça o curso do Câmpus Xanxerê

Engenharia Mecatrônica
-> Conheça o curso do Câmpus Criciúma
-> Conheça o curso do Câmpus Florianópolis

Engenharia Química
-> Conheça o curso do Câmpus Lages

Muitos dos nossos cursos de engenharia possuem o conceito máximo do MEC e contribuíram para que o IFSC fosse considerado o melhor instituto federal do País pela sexta vez. 🏅

Como ingressar em um curso de engenharia do IFSC?

A seleção dos candidatos se dá por meio do Sistema de Seleção Unificada, o Sisu, que utiliza as notas do Enem ou pelo vestibular que, neste ano, será mais uma vez unificado com a UFSC. Inclusive, o edital com as vagas disponíveis será publicado no dia 29 de agosto. 

-> Vejas as informações sobre o vestibular unificado 

Para iniciar o curso de engenharia, é preciso ter concluído o Ensino Médio até a data de matrícula.

-> Deixe seu e-mail aqui e receba um aviso quando estivermos com inscrições abertas

Dupla Titulação

Para quem faz alguns cursos de engenharia no IFSC, há uma oportunidade muito bacana de intercâmbio. É o nosso programa de Dupla Titulação. Por meio dele, os estudantes têm a possibilidade de estudar um ano em Portugal. Ao final dos estudos, o aluno obtém duas titulações: a de bacharel no Brasil e a de mestre em Portugal.

Atualmente, o IFSC mantém acordos de Dupla Titulação com o Instituto Politécnico do Porto (ISEP) e o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) para receber alunos dos cursos de Engenharia Elétrica do Câmpus Florianópolis e de Engenharia Mecânica do Câmpus Lages. Mais recentemente, foi firmada também parceria com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), voltada a estudantes do curso de Viticultura e Enologia do Câmpus Urupema.

Os alunos interessados em participar do programa precisam se inscrever no processo seletivo quando for publicado o edital de vagas abertas.

Entenda melhor o programa no vídeo abaixo em que dois alunos compartilham sua experiência:

Estude no IFSC

E aí, curtiu? 

É sempre bom lembrar que, além dos cursos de engenharia, temos outros cursos de graduação, técnicos, de qualificação profissional e de pós-graduação. Inclusive, neste momento, estamos com inscrições abertas para cursos gratuitos de qualificação profissional e de idiomas.

-> Como posso estudar no IFSC?

Com certeza, temos um curso para você!

-> Quem pode estudar no IFSC? 

Venha ser IFSC!

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Qual a diferença entre os tipos de eventos?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 09 ago 2023 09:12 Data de Atualização: 17 mai 2024 18:12

Além de oferecer cursos, promovemos muitos eventos. Acabamos de realizar a 10ª edição dos jogos do IFSC, nosso querido JIFSC. No primeiro semestre, tivemos a 9ª edição do nosso Seminário de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação, o Sepei. Mas já divulgamos palestras, colóquios, seminários, debates, audiências, aulas magnas… E, afinal, por que há tantos termos para divulgar nossos eventos? Qual a diferença entre eles? No post de hoje, vamos explicar melhor cada um.

Para isso, recorremos ao Guia de Eventos, Cerimonial e Protocolo para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica Tecnológica.

Vamos lá?

O que é um evento?

Conforme consta na Política de Comunicação do IFSC:

Eventos são acontecimentos previamente planejados com objetivos pré-definidos. Na perspectiva da comunicação, sua função está ligada ao relacionamento com públicos específicos, para fortalecer a identidade e consolidar a imagem institucional. 

E por que você acha que fazemos eventos? Por que é divertido? Por que gostamos de ter trabalho? De interagir com as pessoas? Todas as alternativas anteriores. 😅

Aqui no IFSC, planejamos, organizamos, promovemos e apoiamos um conjunto amplo e diversificado de eventos com o objetivo de estabelecer interação com nossos públicos. 
Por reunirem, em um mesmo momento, uma grande diversidade de pessoas, nós consideramos que os eventos devem ser considerados como uma oportunidade de comunicação da instituição com os seus públicos estratégicos.

Inclusive, o entendimento de eventos como ações de comunicação que fortalecem a identidade e consolidam a imagem institucional consta na Política de Comunicação do IFSC - que, inclusive, tem um capítulo todo dedicado à Gestão Profissional de Eventos.

(Sabia que, para um evento ser realizado, o trabalho começa muito antes? Este último JIFSC, por exemplo, exigiu pelo menos seis meses de preparação. É um trabalho de bastidor e tanto como mostramos por aqui!)

Tipos de eventos

Há muitas classificações para eventos. Vamos destacar os principais tipos que temos por aqui com as definições apresentadas no Guia de Eventos, Cerimonial e Protocolo para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica Tecnológica e mencionando exemplos do que já tivemos por aqui:

ASSEMBLEIA

Tipo de reunião que conta com a participação de delegações representantes de grupos, estados e países com o objetivo de debater assuntos de interesse comum e construir um posicionamento do grupo.

-> Colegiado acompanha decisão de assembleia e Câmpus Chapecó terá novos cursos em 2023

AUDIÊNCIA

Objetiva discutir um tema de interesse público, apresentado por um ou mais coordenadores, e aberto à discussão para os demais presentes. A audiência deve gerar uma ata com as contribuições dos participantes.

-> Servidores e estudantes podem se inscrever para serem delegados em audiência pública sobre Estatuto do IFSC

AULA INAUGURAL

Primeira aula de um curso ou de um dos seus semestres. Ministrada por convidado especial ou não.

-> Inovação e criatividade é tema de aula inaugural do curso de Licenciatura em Matemática

AULA MAGNA

Aula ministrada por autoridade de renome. Difere-se da aula inaugural por poder ser ministrada em qualquer período e para toda a instituição. 

Em sua origem, a Aula Magna só poderia ser ministrada pelo(a) Reitor(a), mas o guia da Rede Federal admite que a Aula Magna seja ministrada por qualquer pessoa, convidada pelo(a) Reitor(a) ou pelo (a) diretor(a).

-> Enfermagem aborda experiências de intercâmbio em aula magna

COLÓQUIO

Apresentação de um tema informativo, técnico ou científico por autoridade de renome com notório saber no assunto.

-> IFSC realiza colóquio internacional sobre evasão escolar em novembro

CONCURSO

Chamada competitiva que visa estimular os participantes a alcançar objetivos e metas, a partir de critérios determinados com antecedência.

-> Inscrições para concurso público do IFSC são prorrogadas até 6 de junho

CONFERÊNCIA

Apresentação de um tema informativo, técnico ou científico, por autoridade em determinado assunto, para um grande número de pessoas. Mais formal do que a palestra, exige a presença de um presidente de mesa, que fará a apresentação do conferencista. As perguntas deverão ser feitas ao final do evento. Também pode caracterizar um grande evento, pautado na democracia participativa, em que diversos segmentos da sociedade debatem, por meio de metodologia específica, políticas relativas aos temas pré-determinados e com o objetivo de analisar e votar o Relatório Nacional Consolidado. Os debates sobre o tema e os eixos temáticos da Conferência são conduzidos, normalmente, em etapas: Municipal, Estadual e Nacional, com base em Documento Orientador elaborado pela organização.

-> IFSC organiza conferência internacional sobre aprendizagem

CONGRESSO

Reunião formal e periódica de grupos profissionais com interesses comuns, organizado por entidade de classe.

-> IFSC realiza 4º Congresso Internacional de Mobilidade em abril

DEBATE

Evento preparado e conduzido por um coordenador, que pode ser denominado presidente e que atua como elemento moderador, orientando a discussão entre os dois grupos formados por número igual de pessoas, com opiniões opostas em torno do tema principal, podendo ter a participação da plateia.

-> Candidatos a reitor participam de último debate

EXPOSIÇÃO/MOSTRA

Evento que tem como objetivo exibir produtos, técnicas e serviços científicos, tecnológicos, acadêmicos, culturais, sociais e que não prevê comercialização de produtos.

-> Mostra de Design IFSC tem programação até esta quinta-feira

ESPETÁCULO

Evento com apresentações que envolvem uma ou mais manifestações artísticas, de teatro, circo, dança, música ou audiovisual. 

-> Grupo de teatro do Câmpus Canoinhas estreia espetáculo “A Farsa do Panelada” nessa sexta

FEIRA

Evento que tem como objetivo expor e/ou comercializar produtos, além de demonstrar serviços. Objetiva ainda estabelecer relações entre participantes e expositores.

-> Abertas inscrições para a Feira de Inovação do Sepei 2023

FÓRUM

Evento caracterizado pelo debate entre os participantes, com troca de informações e discussões. O fórum deve ser construído coletivamente, com a participação de instituições ou pessoas que se relacionam com a área em questão.

-> IFSC sedia Fórum das Comissões de Heteroidentificação do Oeste catarinense

JORNADA

Reunião, com duração de apenas um dia, que envolve profissionais de determinadas áreas de conhecimento, visando ao tratamento prático de um tema específico. A programação pode incluir palestras, painéis, oficinas, demonstração de casos, entre outros.

-> Jornada Portas Abertas fortalece integração com a comunidade

MESA-REDONDA

Evento preparado e conduzido por um coordenador, que pode ser denominado presidente e que atua como elemento moderador, orientando a discussão, normalmente entre duas ou mais pessoas, para que elas se mantenham em torno do tema principal. Após a exposição do tema, os participantes são levados a debater entre si os vários pontos de suas teses, podendo haver a participação dos assistentes, na forma de perguntas.

-> Mesa-redonda discute o papel da gastronomia na promoção da soberania e da segurança alimentar

OFICINA (WORKSHOP)

Apresentação de tema seguido por atividade prática, troca de experiências sobre uma tarefa, assunto, sistema ou uma área de especialização, na qual os participantes aplicam as informações recebidas.

-> PET Design promove oficinas sobre criatividade e portfólio

PAINEL

Evento preparado e conduzido por um coordenador, que pode ser denominado presidente e que atua como elemento moderador, orientando a apresentação de experiências e opiniões de duas ou mais pessoas sobre o tema, podendo ter a participação da plateia.

-> Professora do Câmpus Itajaí participa de painel temático sobre mudanças climáticas, proteção dos oceanos e ecossistemas marinhos

PALESTRA

Apresentação de um tema informativo, técnico ou científico por pessoa com domínio sobre determinado assunto.

-> Palestra da influencer Rita von Hunty marca semana pedagógica do IFSC

SEMANA

Designa um período em que ocorrerão eventos - que podem ser variados (palestras, seminário, feira). O objetivo é colocar em pauta determinado assunto.

-> Semana Nacional de Ciência e Tecnologia ofertará palestras sobre despoluição e inovação em SLO

SEMINÁRIO

Promoção de conjunto de discussões, estando os expositores em um mesmo patamar de conhecimento que a plateia.

-> Maior evento científico do IFSC começa nesta segunda, em Joinville

SIMPÓSIO

Apresentação de um tema de grande interesse, técnico ou científico, em que tanto os explanadores quanto a plateia são especialistas no assunto. Deve haver um coordenador que apresentará considerações, sintetizando as discussões - posteriormente transformadas em documento.

-> Simpósio Catarinense do Campo à Mesa recebe submissão de trabalhos

Cursos de Eventos

E aí, gostou desse assunto? Sabia que temos um curso técnico em Eventos, ofertado pelo Câmpus Florianópolis-Continente? Também ofertamos eventualmente cursos de qualificação profissional na área.

Nesta reportagem, mostramos melhor a atuação do técnico em Eventos:

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O que é o Qualis Capes?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 26 jul 2023 10:48 Data de Atualização: 09 ago 2023 09:34

Uma das tarefas mais importantes do trabalho científico é compartilhar e validar os resultados obtidos, fazendo o conhecimento circular e tornando-o disponível para a sociedade. Entre as maneiras de promover essa circulação de conhecimento, uma das mais importantes é a publicação em periódicos científicos. O processo de submissão, avaliação e aceite para publicação envolve uma série de análises feitas por cientistas daquela área de conhecimento, o que garante e valida a qualidade e a relevância dos achados compartilhados dessa forma. 

-> Pesquisa em periódicos on-line: a gente traduz pra vocês!

Na hora de escolher um periódico para submeter um trabalho, você provavelmente já ouviu a recomendação de priorizar revistas com “Qualis bom”. Publicar num periódico que esteja nos estratos A do Qualis é o sonho de todo pesquisador. Mas por que isso ocorre? Ou melhor: esse critério deve realmente ser priorizado?

Para te ajudar nessa reflexão, vamos explicar neste post o que é o tal Qualis Capes

⚠ Spoiler: ao terminar de ler, você vai entender por que o Qualis não deve ser o único fator de escolha na hora de submeter um artigo.

O que é o Qualis?

Conforme consta no site da Capes - que é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior, um órgão do Ministério da Educação que atua na expansão e melhoria da pós-graduação no Brasil: 

O Qualis Periódicos é uma das ferramentas utilizadas para a avaliação dos programas de pós-graduação no Brasil. Tem como função auxiliar os comitês de avaliação no processo de análise e de qualificação da produção bibliográfica dos docentes e discentes dos programas de pós-graduação credenciados pela CAPES. Ao lado do sistema de classificação de capítulos e livros, o Qualis Periódicos é um dos instrumentos fundamentais para a avaliação do quesito produção intelectual, agregando o aspecto quantitativo ao qualitativo.

-> Entenda também neste artigo o que não é Qualis

Conversamos com o pedagogo Valdeci Reis, que atuou na Coordenadoria de Publicações do IFSC até o início deste ano e também foi editor-chefe da Caminho Aberto – Revista de Extensão do IFSC. Ele explicou que, embora os periódicos situados em estratos mais elevados do Qualis sejam considerados superiores, esse não deve ser o principal foco do pesquisador ao preparar sua submissão:

“Um primeiro ponto importante que deve ser esclarecido é que, embora o Qualis seja um selo de qualidade muito importante e visado pela comunidade acadêmica, ele se refere a uma avaliação da pós-graduação.”

Ou seja: quando uma revista recebe o Qualis A1, isso não significa que ela seja uma revista boa “em si”. Mas sim que uma série de pesquisadores vinculados a programas de pós-graduação bem avaliados tiveram seus trabalhos publicados nela, o que acaba por situá-la nesse estrato elevado. 

O processo é complexo. A cada quatro anos, a Capes realiza a chamada “coleta Capes”. Essa “coleta” consiste na organização de informações de todos os programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), para avaliação de qualidade. Entre essas informações, algumas das mais importantes são aquelas ligadas à produção científica – o que inclui as publicações de professores e alunos de pós-graduação em periódicos científicos.

-> Qual a diferença entre pós-graduação lato sensu e stricto sensu?

Nos últimos anos houve várias mudanças na definição desses estratos. A classificação mais recente inclui nove níveis: A1, A2, A3, A4, B1, B2, B3, B4 e C. A forma como se dá a atribuição está explicada neste documento da Capes.

-> Veja a metodologia do Qualis de acordo com a Capes

Para que um periódico tenha Qualis, portanto, é preciso que os programas de pós-graduação de origem dos autores que publicaram nesse periódico tenham enviado as informações à Capes, no momento de coleta de dados para a avaliação dos programas. Os critérios de avaliação de cada área podem variar um pouco, mas em geral o que se leva em conta na atribuição do estrato vai desde a vinculação institucional dos pesquisadores autores até aspectos editoriais – como a manutenção da periodicidade. 

Um ponto muito importante é que não haja endogenia – ou seja, que o periódico daquela instituição publique uma quantidade maior de artigos de autores de outras instituições, e não da própria instituição onde está o programa de pós-graduação responsável pela revista. Também são levados em conta aspectos como número de citações e indexação em bases de dados científicos. Tudo isso parece muito burocrático, mas a finalidade é sempre promover a circulação do conhecimento científico.

Com isso, dá para entender que uma revista com Qualis A1 não necessariamente vai ficar sempre nesse estrato. Entre uma coleta e outra, há possibilidade de que a diversidade de pesquisadores publicados diminua, ou que a equipe editorial opte por priorizar publicações de autores do próprio programa, por algum motivo. A estratificação sempre vai ser resultado do cenário informado na coleta.

Por que o método Qualis pode ser problemático? 

O pedagogo Valdeci Reis observa que a não compreensão de que o Qualis é uma avaliação atrelada aos programas de pós-graduação pode resultar em equívocos: 

“O Qualis é uma avaliação que acontece exclusivamente no âmbito da pós-graduação. Mas há um leque de revistas científicas no país que têm outro foco, não estando vinculadas a programas de pós-graduação, mas que igualmente cumprem uma função social muito importante na difusão do conhecimento científico e na formação de jovens pesquisadores. Essas revistas vão ter um mau desempenho no Qualis porque elas não estão vinculadas a nenhum programa de pós-graduação”.

Essa problemática pode ser observada nas revistas de Extensão, que são essencialmente transdisciplinares, e em publicações como a Revista Técnico-Científica do IFSC, que é voltada ao público de jovens pesquisadores. 

“Essa é uma reflexão institucional que precisa ser feita. Vamos priorizar as publicações de pesquisadores de pós-graduação nas nossas revistas, visando o Qualis?” 

Em publicações exclusivas para pesquisadores de mestrado e doutorado, os jovens pesquisadores de cursos técnicos ou de graduação, além dos extensionistas, não teriam espaço.

Por tudo isso, é bom ter clareza de que, sim, é interessante “emplacar” publicações em periódicos com bom Qualis, mas isso não quer dizer necessariamente que eles sejam a revista mais adequada para o seu artigo. Uma dica é buscar periódicos de outras regiões do país e que tenham alinhamento com a sua temática de estudo – independentemente de Qualis – e que também sejam indexados em bases de dados científicos. Considerar essas características ao enviar uma submissão podem aumentar bastante a chance de aceite de seu artigo – que vai contar pontos no seu currículo, contribuir para sua formação e fazer o conhecimento circular efetivamente.

-> Saiba mais sobre o Qualis Capes na Plataforma Sucupira
-> Leia mais sobre os critérios de atribuição do Qualis Capes

E aí? Ficou mais claro agora o que é essa tal de Qualis?

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Polo de inovação do IFSC: entenda como funciona

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 12 jul 2023 09:31 Data de Atualização: 03 set 2024 10:42

Você já ouviu falar que temos um polo de inovação aqui no IFSC? Ou que temos uma Unidade Embrapii? Não faz ideia do que estamos falando ou achava que era tudo a mesma coisa? 

Pois chegamos com o post de hoje justamente para esclarecer essas dúvidas. Para isso, conversamos com o diretor-geral do Polo de Inovação do IFSC, Robinson Pizzio, e com o coordenador de Gestão de Projetos, Felipe Cintra Braga

Para começar, é importante destacar que nós, enquanto instituto federal, temos como objetivo desenvolver soluções técnicas e tecnológicas. Isso está previsto na lei nº 11.892/2008, que criou os institutos federais. Portanto, nascemos para inovar!

-> Conheça o histórico do IFSC e navegue pela linha do tempo da instituição

O que é uma inovação?

A Política de Inovação do IFSC, aprovada e publicada no mês passado, traz o seguinte conceito de inovação:

“Introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo e social que resulte em novos produtos, serviços ou processos ou que compreenda a agregação de novas funcionalidades ou características a produto, serviço ou processo já existente que possa resultar em melhorias e em efetivo ganho de qualidade ou desempenho”.

O diretor-geral do Polo de Inovação do IFSC esclarece que o Polo trabalha com a inovação tecnológica: 

A gente sempre tem o intuito que esse novo tenha um objetivo específico e venha a contribuir com a população ou com alguma indústria específica. Nós, enquanto Polo de Inovação, temos por determinação legal, inclusive, a ação na linha da inovação tecnológica. 

O que é o Polo de Inovação do IFSC?

O Polo de Inovação do IFSC é uma unidade administrativa diretamente ligada à Reitoria que tem como proposta o desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica em qualquer área, desde que haja capacidade de recursos humanos e infraestrutura disponível na instituição.

Veja no vídeo abaixo como funciona o Polo de Inovação do IFSC e os benefícios que alunos e servidores têm ao participar de projetos desenvolvidos na estrutura:

O que é a Unidade Embrapii do IFSC?

O Polo de Inovação e a Unidade Embrapii do IFSC são duas coisas diferentes. Mas primeiro é preciso entender o que é essa tal de Unidade Embrapii. 

Embrapii é a sigla para Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o MCTI. A Embrapii oferece a empresas nacionais que desejam inovar recursos não reembolsáveis e um ecossistema de 96 unidades, que são centros de pesquisas de todo o país.

-> Conheça as Unidades da Embrapii em todo o país

Desde 2018, o IFSC conta com uma unidade da Embrapii. Instalada no Câmpus Florianópolis, a unidade faz parte do Polo de Inovação do IFSC e atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas. Atualmente a Unidade Embrapii do IFSC conta com 93 pesquisadores e 15 laboratórios credenciados. Mais de 60 alunos já participaram de projetos na unidade.

-> Leia a reportagem sobre os cinco anos da Unidade Embrapii do IFSC

Cada unidade da Embrapii pode atuar em uma área de competência. No caso do IFSC, essa área é Sistemas Inteligentes de Energia. E, dentro dessa área, existem quatro linhas de atuação:

- Desenvolvimento de sistemas informatizados para gerenciamento energético
- Eficiência energética e redes elétricas inteligentes
- Fontes renováveis de energia
- Mobilidade
 

Isso significa que os projetos desenvolvidos pela Unidade Embrapii do IFSC precisam necessariamente estar relacionados a essa grande área de competência e a uma das quatro linhas de atuação. A unidade pode realizar projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; complementar a formação profissional para estudantes e pesquisadores; prestar serviços tecnológicos e criar protótipos e produtos inovadores; e realizar pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico, consultoria e assessoria técnica. 

Quer um exemplo de tecnologias já desenvolvidas pela Unidade Embrapii do IFSC? 

- sistemas informatizados para o planejamento, comercialização e otimização do mercado de energia; 
- desenvolvimento de sistema de alto desempenho para monitoramento de grupos geradores de energia elétrica; 
- otimização de desempenho de sistemas de geração eólica; 
- desenvolvimento de sistemas especialistas para apoio a operadores de usinas de geração de energia elétrica; 
- e desenvolvimento de software para modelagem e predição de geração de energia elétrica em parques eólicos, dentre outros.

Além disso, a Unidade Embrapii participa de outras duas redes - o que amplia um pouco mais a gama de atuação. São elas:

- Rede de Inovação em Mobilidade, Logística e Descarbonização
- Rede MCTI/Embrapii de Tecnologias de Inovação Digital

Como funciona o trabalho da Unidade Embrapii?

A Embrapii atua para conectar as empresas e as instituições de pesquisa e inovação, com foco no compartilhamento do risco na fase pré-competitiva da inovação. Ao compartilhar riscos em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) com as empresas, a Unidade Embrapii facilita ao setor industrial empreender e inovar por meio de parcerias público-privadas. Os projetos podem ser negociados pelas empresas diretamente com a unidade, a qualquer momento, sem esperar um edital.

Para acessar esse serviço, é preciso apresentar um desafio tecnológico em fase pré-competitiva que possa encontrar solução nas competências da Unidade Embrapii e dispor de contrapartida financeira mínima ao projeto de PD&I, negociável, conforme o porte e ramo empresarial, entre outros fatores.  As empresas devem participar financeiramente com pelo menos um terço do valor total do projeto.

No infográfico abaixo, é possível entender melhor este modelo de parceria:


 

Polo de Inovação X Unidade Embrapii

A Unidade Embrapii faz parte do Polo de Inovação do IFSC. No entanto, diferentemente do Polo que pode atuar em projetos de diversas áreas, a Unidade Embrapii do IFSC só pode ter projetos relacionados à área de Sistemas Inteligentes de Energia, que é a que o IFSC foi outorgado para atuar. 

Tanto o Polo de Inovação quanto a Unidade Embrapii têm como foco principal a atuação junto à indústria nacional, mas principalmente catarinense, para alavancar a curva de industrialização.

Quem pode participar do Polo de Inovação?

Os projetos desenvolvidos pelo Polo envolvem equipes multidisciplinares. Todo projeto é coordenado por um servidor do IFSC - que pode ser um docente ou um técnico-administrativo, desde que seja um pesquisador credenciado. De tempos em tempos, o Polo de Inovação do IFSC abre chamadas para credenciar novos pesquisadores. A mais recente credenciou mais 56 novos pesquisadores para as áreas da Unidade Embrapii - totalizando 93 profissionais. 

Como pesquisadores da Unidade, os servidores podem integrar equipes de desenvolvimento de projeto, realizando atividades de pesquisa e desenvolvimento e inovação. Fazem parte ainda das atividades de pesquisador, a orientação dos discentes envolvidos nos projetos; a promoção e participação de comissões de organização de eventos no âmbito da Unidade Embrapii; a coordenação de projetos e a realização de prospecção.

Os alunos do IFSC também podem participar do Polo de Inovação do IFSC como bolsistas ou voluntários. Quando há bolsas disponíveis, a divulgação é feita na página do Polo no Portal do IFSC e no LinkedIn.

O diretor-geral do Polo, professor Robinson, nos destacou a oportunidade que é para os alunos participarem de projetos no Polo ou na Unidade Embrapii do IFSC:

Todo o aluno, bolsista ou não, está inserido em um contexto tecnológico do qual pouquíssimas empresas poderiam propiciar isso a ele num contexto nacional. Eu diria mais: se nós formos pensar em alunos bolsistas, estagiários dentro de uma empresa - o que seriam o equivalente - nós teríamos um contexto muito propício para um aprendizado enorme desses alunos aqui nos nossos projetos dentro do polo que possivelmente não seria alcançado em nenhuma indústria nacional.

Além dos servidores e estudantes do IFSC, a outra parte envolvida nos projetos é uma empresa que tenha uma demanda de inovação tecnológica. Nesse caso, a empresa é também uma financiadora do projeto, ou seja, ela não somente se beneficia da tecnologia desenvolvida, mas também contribui financeiramente para que esse projeto se desenvolva. 

Como uma empresa pode fazer parceria com a Embrapii?

A qualquer momento, uma empresa pode realizar projetos com a Unidade Embrapii do IFSC (e isso vale também para o Polo de Inovação de maneira geral). Não é preciso aguardar a publicação de um edital, por exemplo. 

Para isso, a empresa pode negociar o projeto diretamente com a Unidade Embrapii. Mas como saber se o projeto tem a ver? O coordenador de Gestão de Projetos do Polo de Inovação do IFSC, Felipe Cintra Braga, nos passou um checklist que é considerado nesta análise:

( ) O problema/desafio tecnológico que baseia o projeto se insere na nossa área de atuação?
( ) A solução pretendida tem caráter de inovação?
( ) Há uma empresa interessada no desenvolvimento da solução?
( ) A empresa possui CNAE industrial ou é beneficiária da Lei da Informática?

Como é financiado o Polo de Inovação?

Os recursos do Polo de Inovação, enquanto unidade administrativa do IFSC, vêm do orçamento da instituição.

-> Entenda o orçamento do IFSC

Já no caso dos projetos desenvolvidos pela Unidade Embrapii do IFSC, os recursos vêm da Embrapii - por meio de contratos de gestão - e das empresas parceiras. Nesses casos, o IFSC tem uma contrapartida mínima que é dada pelo custeio dos salários dos servidores envolvidos nas horas que dedicam ao projeto e pelo uso da infraestrutura da instituição.

Como fica a questão da propriedade intelectual em projetos do Polo de Inovação do IFSC?

Conforme nos explicou o coordenador de Gestão de Projetos do Polo de Inovação do IFSC, quando se identifica a possibilidade de registro de uma tecnologia desenvolvida, o IFSC e a empresa contratante entram em acordo quanto a questões como:

- A titularidade da propriedade intelectual;
- O direito à exploração comercial (direito de vender produtos com a tecnologia);
- A participação nos resultados do processo de exploração comercial (o que pode se dar por meio de pagamento de royalties, bônus ou algum outro tipo de comercialização);
- O direito de licenciamento a terceiros.

-> Como registrar uma inovação? Leia o post já publicado no Blog do IFSC.

Polo de Inovação X Núcleo de Inovação Tecnológica

Quem já está mais ligado na estrutura do IFSC, pode estar se perguntando: se estamos falando de inovação, cadê o NIT (que é o Núcleo de Inovação Tecnológica do IFSC)? O NIT é uma estrutura dentro da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e Inovação do IFSC, a nossa Proppi. 

O Polo e o NIT possuem atuações distintas. O Polo de Inovação se encarrega de tramitar, acompanhar e dar suporte aos projetos de inovação tecnológica vinculados à Unidade Embrapii e apenas a esses projetos. Já o NIT fica encarregado de receber os demais projetos de inovação que se originam nos câmpus. A gestão do acervo de propriedades intelectuais do IFSC e processos de negociação de propriedades intelectuais que se originam em quaisquer projetos realizados pela instituição - inclusive os do Polo - também ficam sob a responsabilidade do NIT.

-> Veja as atribuições do NIT

Quer acompanhar as notícias do Polo de Inovação do IFSC? Siga a página do Polo no LinkedIn. Se quiser conversar com a equipe do Polo para saber mais informações ou verificar a possibilidade de parceria, veja os contatos na página do Polo de Inovação do IFSC.

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Como mandar bem no currículo e na entrevista de emprego?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 28 jun 2023 09:49 Data de Atualização: 28 jun 2023 10:20

Chegou a hora de procurar um estágio para adquirir experiência profissional? Ou você já se formou ou está quase terminando o curso e precisa de um emprego? Nesse momento surgem as dúvidas: O que eu faço, por onde começo? 

Muita calma nessa hora!

Acionamos nosso time de especialistas para ajudar você a elaborar um currículo impecável e ser o candidato que vai mandar bem na hora da entrevista. 

(Vai dizer que não somos uma mãe?! 🥰 )

No post de hoje, vamos explicar por onde começar a se organizar para buscar uma vaga no mundo do trabalho.

Contamos com o conhecimento da psicóloga do Câmpus Criciúma do IFSC, Andressa Fontoura Maria, que deu dicas para elaborar um bom currículo, e .da professora de Gestão e Negócio do Câmpus Gaspar, Bárbara Silvana Sabino, que ensina como se preparar e o que fazer na hora da entrevista de emprego para causar uma boa impressão.

Como elaborar um currículo

O currículo é o primeiro contato da empresa com você. Ali estão as informações mais relevantes e, por isso, ele precisa ser claro, objetivo e organizado. 

A primeira função de um currículo é instigar o recrutador a chamá-lo para uma entrevista de emprego. A segunda função é servir como roteiro da conversa na etapa presencial do processo seletivo.

Ao elaborar o currículo, tenha os seguintes cuidados:

Esteja atento à ortografia, a erros de digitação ou de informações; 
Não entregue o papel sujo ou amassado, caso vá entregar uma versão impressa; 
Não imprima com falhas na tinta; 
Não minta. Se o recrutador descobrir, ficará em dúvida sobre a veracidade dos demais dados no currículo.

Dicas de ouro sobre o currículo

Ao enviar o seu currículo para uma organização, o ideal é prepará-lo somente para a vaga em questão:

➔ Foque nas experiências que você tem que são similares às pedidas na descrição da vaga; 
➔ Dê mais destaque a experiências e cursos relacionados à vaga que você pretende se candidatar;
➔ Procure ser objetivo: um currículo extenso, repleto de textos, não fará você ter mais chances de ser selecionado. O tamanho ideal de currículo é de uma a duas páginas;
➔ Em sites de empregos, o currículo pode ser mais genérico, já que não é possível saber quais empresas vão procurá-lo;
➔ É possível encontrar diversos modelos disponíveis na internet. Dê preferência para aqueles em que as informações fiquem organizadas e sejam fáceis de visualizar.

⚠ Fique atento ao que é solicitado ao candidato na descrição da vaga. Nem sempre o currículo será a ferramenta mais adequada. Para alguns cargos – como web designer, ilustrador, redator, fotógrafo, arquiteto, entre outros –, o portfólio pode ser a ferramenta mais adequada para falar sobre suas experiências profissionais. 

-> Assista à live promovida pelo Câmpus Gaspar sobre a elaboração de currículo

Modelo de currículo

Veja a sugestão de currículo que a psicóloga Andressa preparou para você. A professora Bárbara aconselha a destacar as principais informações, que são o nome e o contato do candidato:

Infográfico como dicas para elaborar um currículo
 

O que evitar e/ou não colocar no seu currículo: 

- Foto: só deve ser enviada quando o empregador solicitar. Neste caso, a imagem deve ser de boa qualidade e priorizar uma postura profissional;
- Número de documentos, como RG ou CPF;
- Título “curriculum vitae” ou “currículo”;
- Pronomes pessoais: em vez de colocar “eu desenvolvi um projeto” substitua por “desenvolvimento de projeto”;
- Nome de pais, marido ou esposa e filhos;
- Pretensão salarial;
- Carta de referência;
- Certificados de cursos realizados;
- Personalidade;
- Data e assinatura.

Tenho pouca (ou nenhuma) experiência profissional. O que fazer?

Capriche na descrição das atividades que você participou e/ou executou;
Inclua atividades como projetos de Pesquisa e Extensão, monitorias, trabalhos voluntários, participação em projetos, entre outros, filtrando especialmente aquelas experiências que podem ter relação com a vaga pretendida;

Complemente sua formação. É possível encontrar diversos cursos online gratuitos em portais como:

https://www.escolavirtual.gov.br/
https://www.ev.org.br/
https://portal.fiocruz.br/cursos
https://educacao-executiva.fgv.br/cursos/gratuitos

Fui chamado para a entrevista: e agora?

Parabéns! Seu currículo foi bem avaliado e você foi chamado para a entrevista, o próximo passo para conquistar a vaga desejada! Veja as dicas da professora Bárbara Sabino para a entrevista, seja ela presencial ou on-line:

Passo 1: antes da entrevista

- Pesquise e estude sobre a empresa e a vaga: qual ramo de atuação, número de funcionários, missão, visão e valores, entre outros. Busque informações no site da empresa ou notícias na mídia sobre ela. Pesquise também sobre a vaga pretendida, quais as habilidades exigidas e compare com as suas competências para a vaga;

- Providencie duas cópias do currículo: mesmo que você já tenha entregue o currículo de forma física ou online, leve consigo duas cópias;

- Entrevista presencial – planeje a locomoção: se a entrevista for presencial, verifique o endereço e os meios de locomoção (horários e pontos de ônibus, por exemplo) e o tempo levado para chegar lá;

- Entrevista on-line – verifique o equipamento: é cada vez mais comum o uso da entrevista on-line. Se for esse o caso, teste com antecedência o seu equipamento (celular, computador, câmera, microfone) e a conexão com a internet. Escolha um local tranquilo da casa e avise os familiares que você não poderá ser interrompido. Verifique a imagem e/ou objetos ao fundo. Se for necessário, utilize uma lan house ou espaço de coworking;

- Ensaio: se achar necessário, ensaie a entrevista, possíveis perguntas e respostas. Pode ser na frente do espelho, gravando ou com a ajuda de um amigo ou familiar.

Passo 2: o dia da entrevista

- Cuide de você: dê atenção especial à aparência e asseio. Cuide dos cabelos, unhas e use uma roupa adequada. Nesse caso, não precisa ser algo formal, mas de acordo com a empresa e o cargo pretendido. Por exemplo, verifique se é uma empresa pequena, grande, mais formal ou informal, se a vaga é para trabalhar no administrativo ou linha de produção. O mesmo vale para a maquiagem, que deve ser bem cuidada, sem exageros;

- Leve as cópias do currículo: leve as duas cópias já preparadas. Entregue uma ao entrevistador e fique com a outra cópia. Mesmo que o entrevistador não precise dela, essa prática demonstra preocupação e cuidado;

- Olho no relógio: é muito importante ser pontual! Saia de casa com antecedência. É melhor chegar antes e ficar esperando do que atrasar-se;

- Na entrevista online: ligue e teste o equipamento e entre no link da entrevista um pouco antes;

- Memorize pontos chave: vá memorizando a relação entre suas competências e a vaga pretendida";

- Tente relaxar: esse é um momento muito importante, principalmente se for sua primeira entrevista, e é natural ficar nervoso. Procure relaxar e focar nas suas competências.

Passo 3: chegou a hora!

Geralmente, as entrevistas são conduzidas por uma ou até três pessoas: pode ser um profissional de Recursos Humanos, o chefe do setor da vaga pretendida e um funcionário do setor. Saiba o que fazer nessa hora:

- Cumprimente a todos: cumprimente todas as pessoas, ao chegar e ao sair, mesmo as pessoas da empresa que não façam parte da entrevista (porteiros, recepcionistas, entre outros);

- Esqueça o celular: deixe o celular desligado, não atenda ligações e nem responda mensagens durante toda a entrevista;

- Seja você mesmo: seja natural, só não exagere no volume e tom da voz ou risadas, por exemplo;

- Seja sincero: assim como na elaboração do currículo, não minta ou exagere sobre seus conhecimentos, habilidades e experiências no momento da entrevista;

- Experiências anteriores: não fale mal de empresas, chefias ou colegas de experiências passadas. Aproveite para falar sobre como os conhecimentos adquiridos e habilidades desenvolvidas em empregos anteriores podem contribuir para a vaga que você está buscando e indique em que parte do seu currículo essa informação aparece. Caso você não tenha experiência profissional e esteja buscando o primeiro estágio ou emprego, mencione os conhecimentos e habilidades adquiridos em sala de aula e em projetos de Pesquisa, Extensão ou mesmo em trabalhos voluntários;

- Use a técnica 5W2H: essa sigla representa uma técnica de Administração e no caso de entrevistas, pode ser resumida em 1) O quê? 2) Como? 3) Por quê?. Por exemplo 1) Ter conhecimentos diferenciados em Informática; 2) Trabalhar com várias planilhas simultaneamente ou ainda fazer slides com gráficos de 3Ds; 3) Para a montagem de apresentações de relatórios para reuniões ou mesmo propostas para clientes;

- Pontos negativos: se perguntado sobre seus pontos negativos, destaque as habilidades que você precisa melhorar, como por exemplo aprender idiomas;

- Pensando no futuro: deixe claro o resultado que você pretende com a vaga e que você tem projetos pessoais e profissionais para o de futuro e que esta empresa está neles;

- Você pode perguntar: ao final, você também pode fazer perguntas. Não pergunte diretamente sobre salários e benefícios, mas sobre a política de cargos e salários da empresa. Pode perguntar algo específico sobre o cargo que não tenha sido anunciado. Por exemplo, se você for estudante, pode perguntar o horário de trabalho para poder conciliar com o seu curso.

Com todas essas dicas, esperamos que você tenha sucesso ao iniciar sua jornada profissional. Mas não desanime! Se não der uma vez, outras oportunidades surgirão.

Ter o IFSC no currículo já é um destaque e tanto, viu? 😉 Se você ainda não estuda aqui, veja os cursos que temos. Inclusive, neste momento, estamos com inscrições abertas!

-> Quer ser avisado quando estivermos com vagas abertas para nossos cursos? Deixe seu e-mail no nosso cadastro de interesse.

Boa sorte!

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10 motivos para se apaixonar pelo IFSC

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 14 jun 2023 08:52 Data de Atualização: 17 mai 2024 18:08

Dia dos Namorados recém-passou e ainda estamos neste clima de amor. 💟


 

Por isso, decidimos destacar motivos para você se apaixonar pelo IFSC. Mas não fizemos essa lista sozinhos não. Pedimos ajuda para nossa galera no Instagram que nos deixou emocionados. O sentimento é recíproco! 💞

Se você estuda aqui, esperamos que este post te deixe ainda mais apaixonado. 😍 Se você ainda não estuda, venha logo pra cá porque temos muito amor para compartilhar. 💚

1) Somos o melhor Instituto Federal do país

Pela sexta vez temos este resultado em uma avaliação do Ministério da Educação por causa do Conceito Preliminar de Curso e do Índice Geral de Cursos (IGC), que mensuram a qualidade das instituições de educação superior. Na última divulgação feita em março deste ano, atingimos o conceito 4 com 24 cursos avaliados em 2021, o que nos rendeu a melhor classificação entre os institutos federais do país


 

Nada mal dizer que estuda no melhor IF do Brasil, não?

-> Como funcionam as avaliações dos cursos do IFSC?

2) Temos diversas opções de cursos

A gente costuma dizer que o IFSC é para todo mundo. Temos tantas opções de cursos que, com certeza, algum deles você pode fazer - inclusive se for estrangeiro. Isso porque temos desde cursos de qualificação profissional e idiomas até pós-graduação. Só falando dos nossos cursos técnicos, temos três tipos: integrado, concomitante e subsequente ao Ensino Médio. 

-> Da qualificação profissional à pós-graduação: entenda o que são os itinerários formativos no IFSC

E se você já estuda aqui, sabia que é possível fazer mais de um curso no IFSC?

É possível conferir todas as nossas opções de cursos no nosso Guia de Cursos.

Vamos destacar alguns posts que já fizemos por áreas (mas temos muito mais):

-> Indústria da moda no IFSC: cursos para quem gosta da área
-> Cursos de eletro: qual a diferença entre eles?
-> Turismo: conheça iniciativas do IFSC na área

Somos suspeitos pra falar, mas realmente acreditamos que a educação profissional e tecnológica é uma boa escolha.

3) Oferecemos oportunidades para além da sala de aula

Depois que você passa a fazer parte do IFSC, além de poder ter aulas incríveis, ainda tem muitas oportunidades. Tem intercâmbio, projetos de pesquisa e extensão, equipes de competição, orquestras, artes e muito mais.

-> Veja as oportunidades disponíveis para estudantes do IFSC

Aqui, você pode ser protagonista, cientista e o que mais desejar.

-> Lugar de mulher é no IFSC - e onde ela quiser!

4) Somos uma mãe

Já fizemos um post inteirinho mostrando por que somos uma mãe. Mas se você já nos acompanha por aqui, sabe como gostamos de facilitar a vida dos nossos estudantes. Vejam só quanta informação mastigadinha já produzimos para você:

-> Estudante do IFSC: o que você precisa saber
-> Serviços que o IFSC te oferece e você nem sabia
-> Cinco pontos que não podem faltar no seu projeto de pesquisa
-> Pesquisa em periódicos on-line: a gente traduz pra vocês!

5) Entendemos a importância do acolhimento

Sabemos que, para muitos, o desafio maior não é entrar no IFSC, mas sim permanecer. Por isso, temos um grande trabalho de assistência estudantil para oferecer auxílio aos estudantes que mais precisam.

Além disso, temos profissionais preparados para dar apoio aos nossos alunos por meio das coordenadorias pedagógicas. Se precisar, você também pode entrar em contato com nossa ouvidoria.

6) Valorizamos o esporte

Aqui tem educação, ciência, tecnologia e esporte também, afinal, acreditamos que os esportes colaboram para a formação cidadã - que é nossa missão institucional. 

Um dos eventos mais aguardados pelos nossos estudantes são os jogos do IFSC, conhecidos como JIFSC. Aliás, a 10ª edição do JIFSC está chegando:

7) Buscamos ser um espaço democrático

Aqui todo mundo tem voz. A nossa estrutura de funcionamento, aliás, por meio de colegiados, já é uma forma de darmos espaço para a comunidade acadêmica. Tanto o Conselho Superior, o Consup, como o Colegiado de Ensino, Pesquisa e Extensão, o Cepe, funcionam com representações de estudantes, técnicos administrativos e docentes.

📍 Inclusive, você, como estudante, pode ser um representante dos alunos

Também procuramos ouvir os movimentos estudantis - dos quais você também pode participar.

E mais: nos preocupamos em manter na pauta assuntos necessários para que possamos melhorar muito enquanto sociedade - como racismo, cotas, eleições, meio ambiente, direitos humanos, LGBTQIA+, inclusão, entre outros.

8) Temos servidores qualificados

Atualmente, o IFSC conta com 2,8 mil servidores - sendo que 33% possuem Ensino Superior, 36% têm mestrado e 26% fizeram doutorado (dados da Plataforma Nilo Peçanha). 

9) Contamos com uma super estrutura

O IFSC é uma instituição com 22 câmpus em 20 cidades de Santa Catarina. Ao entrar aqui, você fica vinculado a um câmpus, mas na verdade passa a integrar essa nossa rede. Para administrar tudo isso, temos a Reitoria.

-> Entenda melhor aqui como funciona a nossa estrutura organizacional

10) Reunimos pessoas incríveis

A gente não cansa de dizer que nossos estudantes são maravilhosos! E isso não é apenas por vocês conquistarem prêmios, fazerem projetos que já foram parar no espaço e ajudarem a tornar este mundo um lugar melhor. Vocês são incríveis por saberem como a educação pode mudar as suas vidas e por nos deixarem fazer parte disso. 🥰

Mas não é apenas sobre o que nós achamos. Também vemos muitos depoimentos de estudantes que fizeram grandes amigos por aqui ( #doIFSCpravida) e que até encontram o amor da vida nos nossos corredores. Nos emocionamos com os relatos de alunos sobre professores que os inspiraram e os ajudaram a ser quem são hoje. 

Somos mais que uma instituição, somos a família IFSC. ❤

E aí? Ficaram mais apaixonados pelo IFSC depois deste post ou foram contagiados pelo nosso amor? Esperamos que sim. 

Quem quiser fazer uma declaração marcando o @ifsc no Instagram, vamos adorar! Pode até usar os nossos novos gifs nos stories (basta procurar por IFSC):


 

E aí? Esquecemos algum motivo? Se tiver mais e quiser compartilhar com a gente, vamos amar saber. Escreva para blog@ifsc.edu.br.

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