INOVAÇÃO Data de Publicação: 08 abr 2020 12:03 Data de Atualização: 09 abr 2020 07:35
A demanda da área da saúde por equipamentos de proteção individual (EPI) para enfrentamento da Pandemia do Coronavírus foi suficiente para motivar dois professores e um aluno do Câmpus Caçador, para com apenas uma impressora 3D, trazer alento para os profissionais da região que estão diretamente em contato com pacientes, que podem ou não estarem infectados. E o fato de haver apenas uma impressora disponível não foi impedimento. Incentivou novas ideias para aumentar a produção.
A impressora 3D do Câmpus Caçador produzia um suporte para o acetato em 1h20. Foi aí, que o estudante de Engenharia de Produção, Gabriel Leites, sob a orientação de seu professor Vitor Sales Dias da Rosa, desenvolveu um novo modelo. Gabriel conta que utilizou como base o modelo divulgado pela empresa Prusa. “Redesenhamos um novo modelo. Nós desenhamos de forma que coubessem dois suportes por impressão, se fosse o modelo antigo daria para imprimir somente um por mesa”, destaca o estudante. “Antes a cada 1h20 imprimíamos um suporte, atualmente estamos imprimindo em 1h44min dois suportes para as máscaras”, relata Vitor, docente também no curso de Sistemas de Informação.
Em termos de segurança, Gabriel diz que nos testes o equipamento se manteve firme na cabeça, garantindo a segurança dos profissionais da saúde. “O modelo é nosso. Neste momento temos que produzir, pois há uma necessidade nacional e local por esses materiais de proteção, podemos garantir que tomamos cuidados em fazer um desenho que não machuque o usuário, não há cantos, e que fizesse a proteção que a máscara se dispõe a fazer”. Nesse sentido, Vitor afirma que o diferencial do modelo desenvolvido é a produção em menor tempo, e com cuidados para o usuário.
O professor Lúcio Galvão Mendes é o responsável pela articulação com as instituições de saúde; e os materiais serão entregues ao Hospital Maice e ao Corpo de Bombeiros da cidade. “Falamos com o maior hospital da cidade e com os bombeiros voluntários, e os dois passaram a demanda. Mas a medida que conseguirmos realizar as primeiras entregas, queremos falar também com os pronto-atendimento e Samu”, conta o professor.
Novos projetos
Vitor conta que a iniciativa foi para o edital do IFSC, com a intenção de aumentar ainda mais a produção. “Se o projeto for aprovado, queremos fazer os moldes na injetora, isso produziria muito mais rápido, na ordem de minuto. Também produziremos álcool em gel.
Neste projeto a professora de Química Samira Fayad, a professora Engenharia de Produção Thaisa Rodrigues, e o coordenador de relações externas William Peres, além do grupo já envolvido com as máscaras (Vitor, Lúcio e Gabriel) farão parte do projeto.