CÂMPUS JARAGUÁ DO SUL-CENTRO Data de Publicação: 05 dez 2013 22:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 14:36
Se o som de violinos e piano acompanhado de dezenas de vozes já emociona, imagine uma orquestra em que uma menina de 11 anos toca ao lado do coro de senhoras com mais de 70. Além de ouvir, ver essa diversidade também mexe com os espectadores. É impossível não se emocionar assistindo à orquestra e ao coral do Câmpus Jaraguá do Sul do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Uma mistura de gerações e estilos com algo em comum: a paixão pela música.
São muitas histórias como a de Karine Karsten, aluna do curso de Licenciatura e que tem nas mãos a leveza do violino – uma paixão que começou bem cedo. “Minha vó conta que quando tinha uns dois anos, vi um violinista e já fiquei encantada”, diz. Desde então, foi preciso persistência e dedicação. Foram muitas tentativas até ser aceita no Centro Cultural de Jaraguá do Sul. “Quando soube que o câmpus também teria uma orquestra me inscrevi na hora!” Hoje ela se dedica a três orquestras.
Já a servidora Fernanda Rosá tem uma história mais recente com o violino. Ganhou o instrumento há um ano e meio de um amigo e viu na orquestra do local onde trabalha a oportunidade para se dedicar a algo que para ela ajuda no dia a dia. “Acalma, é muito bom tocar!”
As duas sentam quase lado a lado nas apresentações que começaram há pouco tempo. A orquestra do câmpus tem apenas três meses. A maestrina Denise Mohr conta que este período já foi suficiente para perceber o entrosamento dos 17 músicos. “São gerações diferentes, mas isso é muito rico para o grupo. Os mais velhos passam um senso de responsabilidade ao mais novos, que sabem respeitar e aprender. E todos são muito abertos a essas diferenças”, conta Denise. Mas na hora de escolher o repertório, é preciso cuidado para equilibrar os estilos. “Colocamos algo mais tradicional e buscamos composições mais novas para agradar a todos.”
Esta diversidade deixa tudo ainda mais divertido, segundo Maria Gesser (69). Ela e a amiga Nayr Wiele (74) cantam no coral do câmpus. “Fomos nos apresentar em Joinville e foi uma festa só”, afirma.
Neucimar Antônio Martins (43) concorda: a união do grupo ajuda na música. Ele, que é aluno do câmpus, diz que o coral significou o resgate da música na sua vida. “Estava há mais de 20 anos sem cantar. Hoje não saio de jeito nenhum!”