EVENTOS Data de Publicação: 16 out 2019 14:22 Data de Atualização: 03 jul 2020 18:57
Discutir a visibilidade, o incentivo ao ingresso e o papel das mulheres na área profissional de Tecnologia da Informação (TI) é o objetivo do Simpósio Temático “Mulheres Digitais: os espaços ocupados por mulheres na área de tecnologia”, organizado pelas professoras do Câmpus Gaspar Caroline Reis e Daniela Sbizera, em parceria com a professora do Instituto Federal Catarinense (IFC) Rita de Cássia Cordeiro. O Simpósio será realizado entre os dias 26 e 31 de julho de 2020 durante o Seminário Internacional Fazendo Gênero.
O Seminário Internacional Fazendo Gênero, que no ano que vem chega em sua 12ª edição, é realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). O objetivo do evento é reunir pesquisadoras, estudantes, ativistas, artistas, professoras e interessadas nas questões que envolvem o gênero, as mulheres, feminismos e sexualidades. O tema dessa edição é “Lugares de fala: direitos, diversidades, afetos”.
Para a professora Caroline Rodrigues, o simpósio pode ser uma boa oportunidade para inspirar mulheres a ingressarem na área de TI. “O objetivo do nosso simpósio é reunir e dar voz as mulheres que pesquisam, trabalham e estudam na área de TI. Essa é mais uma forma de consolidar os espaços femininos nos cursos de TI, ajudando a inspirar mais mulheres a entrarem nessa área”, destaca.
Os números mostram que, mesmo sendo maioria na população e também entre os que possuem ensino superior, as mulheres ainda não conseguem ocupar esses espaços quando se trata da área de TI. Conforme relatório publicado pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC), em 2017, apenas 13,8% dos ingressantes nos cursos da área de Computação são mulheres.
Em outros países, esta realidade não é diferente. Nos Estados Unidos, um estudo realizado em 2018 pelo National Center for Women & Information Technology (NCWIT) mostra que dos diplomas conferidos na área de Ciência da Computação apenas 19% eram para mulheres. Na União Europeia (UE), uma pesquisa de 2018 realizada pela Honeypot, mostrou que apenas em 12 dos 41 países da UE, a participação feminina na indústria de TI é superior a 20%.
A professora Caroline Reis acredita que esses números refletem a nossa estrutura cultural, que hoje é o principal obstáculo para que mulheres ingressem na área de TI, já que a profissão tem o estigma de ser masculina. “Muitas pessoas acham que as mulheres são mais emocionais e homens mais racionais, mas isso se deve com a estrutura da nossa sociedade que estimula meninos e meninas de maneiras diferentes. Dando as mesmas oportunidades e estímulos a ambos, teremos mais igualdades entre os sexos e também entre os gêneros”, explica.
Para mais informações sobre o Seminário Internacional Fazendo Gênero, basta acessar o site do evento.