CÂMPUS FLORIANÓPOLIS Data de Publicação: 15 jul 2013 21:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 14:19
Conscientizar mulheres de comunidades carentes sobre a importância da prevenção ao câncer de mama e à osteoporose é o objetivo do projeto Radiologia e Comunidade, desenvolvido desde 2006 no Curso Superior de Radiologia do Câmpus Florianópolis e agora contemplado com recursos do edital Proext 2014 do Ministério da Educação (MEC). Inscrito na linha voltada a ações que visam a promoção da saúde da mulher, o projeto foi o único do IFSC contemplado no edital. “Com os recursos que vamos receber, será possível ampliar bastante o trabalho, contratar equipe e aumentar o alcance da iniciativa”, comemora a coordenadora do programa, Caroline de Medeiros.
Os recursos da ordem de R$ 70 mil serão aplicados em material de consumo, despesas com locomoção, diárias, serviços de terceiros (pessoas física e jurídica), equipamentos, material permanente e auxílio financeiro aos bolsistas. De acordo com Caroline, no início as ações tinham pequena proporção, que foram se ampliando em função da grande aceitação da proposta. “No começo, fizemos um trabalho voltado à comunidade interna, com foco nas alunas dos cursos Proeja e nas funcionárias terceirizadas”, explica. Em 2011, recursos provenientes de um edital da Pró-Reitoria de Extensão e Relações Externas permitiram uma primeira ampliação do trabalho. “Mas também sempre contamos com o apoio do câmpus e do Departamento de Radiologia, para necessidades como impressão de materiais, por exemplo”, menciona a professora. Os apoios locais permitiram ainda a aquisição de uma mama artificial – espécie de manequim que reproduz a anatomia da mama feminina e serve para explicar os processos que podem conduzir aos tumores. “A expectativa agora é que com a ampliação do programa, além de levar o projeto às comunidades, nós consigamos também trazê-las para dentro do câmpus”, afirma Caroline.
O público prioritário do projeto é formado por mulheres com mais de 40 anos, que vivam em comunidades da Grande Florianópolis. A divulgação “formiguinha” já levou a equipe a 27 locais da região – são, em média, quatro ações por ano. As informações básicas sobre como abordar a importância dos exames preventivos às doenças são adequadas ao perfil de cada público local, que costuma ter diferenças entre um bairro e outro. Os alunos da unidade curricular Mamografia e Densitometria Óssea, que atuam no projeto, fazem previamente um perfil de cada grupo que será visitado, para que a equipe planeje as estratégias de abordagem. “Em comunidades muito carentes onde as pessoas mal são alfabetizadas, por exemplo, nós trabalhamos com mais material visual. Para públicos com mais formação, é possível fazer uma abordagem mais técnica”, detalha Caroline.
A chegada dos recursos vai permitir a ampliação da equipe: serão quatro professores atuando no programa, cerca de 20 alunos (os que estiverem matriculados na unidade curricular Mamografia e Densitometria Óssea) e bolsistas que vão atuar diretamente na definição das comunidades a atender. Será desenvolvida também a capacitação de agentes comunitários. O planejamento será detalhado durante o segundo semestre de 2013 e as atividades iniciam em 2014, com prazo de execução de um ano. A expectativa é que cerca de 400 pessoas sejam atendidas pelo projeto durante esse período.
O edital Proext 2014 do MEC teve 269 projetos inscritos na linha 4, voltada a propostas de trabalho na área da promoção à saúde da mulher. Desses, 103 foram contemplados com recursos. O programa Radiologia e Comunidade ficou na 19ª colocação.
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