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Projeto aumenta produção e busca parceria para incrementar também a distribuição dos EPIs

EXTENSÃO Data de Publicação: 16 set 2020 12:47 Data de Atualização: 14 abr 2022 10:08

No início da pandemia, a demanda da área da saúde por equipamentos de proteção individual (EPI) para enfrentamento ao Coronavírus foi suficiente para motivar dois professores e um aluno do Câmpus Caçador, para com apenas uma impressora 3D, trazer alento para os profissionais da região que estão em contato direto com pacientes. Com a extensão do quadro de saúde pública no estado era preciso mais e mais auxílios a profissionais e comunidade em geral. Foi aí que o mesmo grupo de trabalho do Câmpus, contando também com o aluno de Engenharia de Produção Fabiano Alberto Rosa, mudou o processo de produção, passando a usar a máquina injetora para incrementar ainda mais o número de máscaras (face shield) produzidas. O projeto “IFSC ajudando no combate do Covid” foi contemplado no edital Chamada Pública EPE Covid-19.

“Nós iniciamos a produção imprimindo na impressora 3D conseguimos doar mais de 1000 máscaras impressas na cidade de Caçador. Mas agora o projeto está numa fase que poderá produzir muito mais rápido”, destaca o professor Vitor Sales Dias da Rosa. Segundo ele, antes eram produzidos dois arcos da máscara por hora (impressas), e agora, com a máquina injetora do Câmpus Caçador é produzido um arco a cada 65 segundos. “No primeiro dia de produção já produzimos 500 arcos”, conta o professor.

Vitor ressalta que o grupo gostaria de contribuir com outros câmpus da instituição que necessitam do EPI ou que desejam distribuir para comunidade do município onde está inserido. No entanto, o projeto obteve recursos para produzir a máscara completa para doações somente para a região de Caçador. “Na parceria com os outros câmpus não temos recursos para doar o acetato e o elástico, apenas os suportes”, adverte Vitor.

A máscara (face shield) é composta pelo arco, pela viseira de acetato e pelo elástico. Ele revela que, com o incremento da produção, é difícil a doação do EPI completo para outros câmpus da Instituição, devido aos custos do acetato “Como a produção é muito maior não podemos doar junto com o arco (suporte de fixação), o acetato e o elástico, pois o custo do acetato adquirido é de R$1,00 e o elástico, de R$ 0,35. Produzindo 3000 máscaras, por exemplo, são R$ 4.050,00 que não temos pra contribuir com outro câmpus.

 

Início

O fato de haver apenas uma impressora 3D disponível não foi impedimento para que o grupo de professores e alunos do Câmpus Caçador não atuasse no projeto “IFSC ajudando no combate do Covid”. Incentivou novas ideias para aumentar a produção. No princípio, para agilizar a produção nessa impressora foi criado um novo modelo, para depois, com a aprovação do projeto no edital, passar a produzir os equipamentos de proteção individual na máquina injetora.

A impressora 3D do Câmpus Caçador produzia um suporte para o acetato em 1h20. Para o grupo era preciso mais. Foi aí, que o estudante de Engenharia de Produção, Gabriel Leites, sob a orientação de seu professor Vitor Sales Dias da Rosa, desenvolveu um novo modelo. Gabriel conta que utilizou como base o modelo divulgado pela empresa Prusa. “Redesenhamos um novo modelo. Nós desenhamos de forma que coubessem dois suportes por impressão, se fosse o modelo antigo daria para imprimir somente um por mesa”, destaca o estudante. “Antes a cada 1h20 imprimíamos um suporte, atualmente estamos imprimindo em 1h44min dois suportes para as máscaras”, relata Vitor, docente também no curso de Sistemas de Informação.

Em termos de segurança, Gabriel diz que nos testes o equipamento se manteve firme na cabeça, garantindo a segurança dos profissionais da saúde. “O modelo é nosso. Neste momento temos que produzir, pois há uma necessidade nacional e local por esses materiais de proteção, podemos garantir que tomamos cuidados em fazer um desenho que não machuque o usuário, não há cantos, e que fizesse a proteção que a máscara se dispõe a fazer”. Nesse sentido, Vitor afirma que o diferencial do modelo desenvolvido é a produção em menor tempo, e com cuidados para o usuário.

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