ENSINO Data de Publicação: 19 ago 2019 15:58 Data de Atualização: 06 out 2020 12:31
Uma equipe formada por estudantes do Ensino Médio Técnico Integrado em Mecatrônica do Câmpus Criciúma conquistou a medalha de ouro na fase estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). A competição foi disputada no último sábado (17), em Jaraguá do Sul. Além do ouro, teve o bronze: o Câmpus Criciúma também ficou com a terceira colocação.
A OBR é uma tradicional competição estudantil, realizada desde 2006, que tem como objetivo estimular os jovens às carreiras científicas e tecnológicas. No total, participaram 344 estudantes de ensinos Fundamental e Médio, divididos em 104 equipes de cerca de 60 instituições de ensino públicas e particulares de Santa Catarina.
A primeira colocada foi a equipe Robotron, e a terceira posição ficou com a equipe Xtango, ambas formadas por estudantes do primeiro ano do curso técnico em Mecatrônica do Câmpus Criciúma.O Câmpus Joinville teve duas equipes entre as dez primeiras, ficando com a medalha de melhor escola pública, prêmio dado às instituições mais bem classificadas após as três primeiras posições.
Em três rodadas, os robôs desenvolvidos pelas equipes precisavam percorrer pistas com dificuldades diferentes, desviando de obstáculos e resgatando objetos. Tudo isso de forma autônoma. Isto é, para os estudantes, o desafio é projetar e programar um robô capaz de desempenhar estas tarefas num menor intervalo de tempo.
Estreia com ouro
A equipe Robotron foi formada pelos alunos Kamylo Serafim, Silvio Virtuoso, Kauã Librelato e Jean Nesi. Apesar de estreantes na OBR, conseguiram superar a inexperiência com ajuda dos demais colegas. “Durante as provas, contamos com a ajuda das outras equipes da Mecatrônica. Estávamos sempre trocando dicas e informações que nos ajudassem a pontuar mais ainda”, afirma Kamylo. A equipe contou com a ajuda do professor Douglas Lucas dos Reis e do colega do terceiro ano, Douglas Pereira.
A dedicação extraclasse dos alunos foi essencial para que alcançassem a vitória. A equipe afirma ter passado madrugadas em claro em função do projeto, buscando, na internet, inspirações em robôs já campeões da OBR que os ajudassem a construir uma máquina ainda melhor. Conhecedores do regulamento, eles deram prioridade ao robô percorrer trechos da pista, não fazendo o resgate dos objetos.
“Nós tivemos que arriscar. Poderíamos ter colocado nosso robô em pontos mais garantidos da pista onde sabíamos que ele iria funcionar. Ao invés disso, arriscamos colocar em outras partes que acabaram nos dando mais pontos e uma vantagem maior sobre os adversários. Estávamos programando e reprogramando o nosso robô a todo momento”, comenta Kamylo.
Tática certeira
Para o professor Douglas, responsável pela equipe campeã, o resultado era inesperado em função de serem alunos de primeiro ano que ainda não tiveram disciplinas de programação. Porém, eles foram capazes de aprender por conta própria e desenvolver uma programação simples e eficiente, que deu resultado na prova.
“Eles utilizaram um equipamento mais simples e um conjunto de peças mais limitado, mas a tática que utilizaram deu certo para a prova. O mesmo ocorreu com a terceira colocada. A programação foi mais simples e reduzida, mas foi eficiente neste caso. Outros robôs tinham programação mais complexa e elaborada, mas não deram certo enquanto tática”, explica o professor. Foi a primeira vez que o Câmpus Criciúma levou estudantes de primeiro ano para a competição.
Coordenador estadual da OBR, o professor Giovani Batista de Souza destaca o bom nível da competição. “O resultado sempre é bom para escola porque motiva os demais estudantes”, ressalta. Nesta semana, acontece a segunda etapa da modalidade teórica da competição, com provas nos câmpus Joinville, Criciúma, Chapecó e Florianópolis.
Agora, os estudantes do IFSC vencedores da etapa catarinense vão representar o Estado na fase nacional da OBR. A competição acontece em Rio Grande, entre os dias 22 e 26 de outubro.