EVENTOS Data de Publicação: 28 ago 2019 17:01 Data de Atualização: 03 jul 2020 19:23
O projeto de extensão Astro&Física, desenvolvido no Câmpus São José, foi uma das práticas educativas para promoção da ciência apresentada durante o seminário “Escola é lugar de ciência”, na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), em Florianópolis, na segunda-feira, 26 de agosto. O coordenador do projeto, Marcelo Girardi Schappo, apresentou a iniciativa para uma plateia formada por aproximadamente 500 pessoas no auditório que leva o nome de Antonieta de Barros, professora catarinense que foi a primeira mulher negra eleita deputada no Brasil (em 1935).
Por meio do projeto Astro & Física, servidores e estudantes do Câmpus São José levam a astrofísica (ramo da física que estuda o universo e os corpos que o compõem) até comunidades e escolas, com várias atividades. Uma delas é a observação de fenômenos astronômicos, como eclipses e superluas, com telescópios instalados em locais públicos.
“A gente pega o telescópio e monta na Beira-mar [uma das principais avenidas de Florianópolis], por exemplo. Não interessa se a pessoa que está passando por ali conhece o projeto ou não, ou se está sabendo sobre o fenômeno que vai ser observado. No fim, as pessoas acabam ficando curiosas e se envolvendo”, explicou Marcelo.
Outras atividades que o grupo desenvolve são formação de professores, visitas a escolas para explicar sobre astrofísica e até mesmo capacitação para uso de telescópios, aberta a qualquer pessoa, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Mais recentemente, Marcelo participou de uma série da NSC TV chamada “A história que o céu nos conta”, sobre o universo.
Todas essas ações visam a difundir conhecimento científico e, para ilustrar a importância dele em tempos de negação da ciência, Marcelo contou um caso que ocorreu durante uma observação da lua na Lagoa da Conceição, em Florianópolis. Duas mulheres aproximaram-se do grupo que estava com os telescópios e pediram para observar um suposto Planeta 666, que, segundo elas, ficaria perto da Lua. Como tal planeta não existe, obviamente não conseguiram observá-lo no telescópio.
“A ciência na escola é importante para isso: para evitar que mais pessoas cheguem à fase adulta da vida achando que existe Planeta 666”, resumiu Marcelo.
Mais informações sobre o projeto Astro&Física estão disponíveis na página do professor. Além da iniciativa do IFSC, foram apresentadas atividades desenvolvidas por professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da rede municipal de ensino de Florianópolis.