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8 de março: para que a luta também se dê na ciência

INSTITUCIONAL Data de Publicação: 06 mar 2020 20:34 Data de Atualização: 12 mar 2020 08:58

Quantas pesquisadoras há no seu meio social e profissional? Você lembra o nome de alguma pesquisadora? Consegue enumerar em “mais de uma mão”? É difícil, né? Não poderia ser diferente. Em 119 anos, apenas 17 mulheres receberam o Prêmio Nobel de Medicina, Física ou Química, enquanto que 572 homens foram contemplados com a distinção. Para celebrar os tantos anos de luta das mulheres, trazemos, neste 8 de março, alguns relatos, informações e estórias de cientistas nossas de todo dia, sem esquecer que  também são esposas, mães, filhas, companheiras, amigas e tudo que a vida permitir. 

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), menos de 30% da comunidade científica são mulheres. Os números que se referem a publicações também não são animadores: 60% do total publicado é de autoria masculina. A Unesco divulgou ainda através do estudo "Decifrar o código: educação de meninas e mulheres em ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM)", que apenas 35% dos estudantes do mundo em áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática são mulheres. 

Dados do relatório ‘Gênero no Cenário Global de Pesquisa’, apresentado pela editora Elsevier, revelaram que a produção científica feminina no Brasil cresceu nos últimos 20 anos.

O relatório do CNPq afirma que em relação às áreas de pesquisa, as mulheres são maioria em cursos nas áreas de artes, biológicas, humanas, saúde e ciências sociais aplicadas. Os homens são maioria em Engenharia e Computação e nas Exatas em geral.

A produtividade científica de um país é avaliada de acordo com as citações que os artigos recebem internacionalmente, e não pela quantidade de artigos publicados. Quanto mais citações um trabalho recebe, maior é a qualificação dele e a avaliação da produção científica do país.

E de acordo com Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)  e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as mulheres são maioria na concessão de bolsas de iniciação científica (55%), no mestrado (52%), no doutorado (50%) e no pós-doutorado (53%). Porém, as bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) para mulheres correspondem a apenas 36% do total. 

Dados de uma notícia publicada no site da Universidade Federal Fluminense (UFF), revela o corte na participação feminina na pesquisa científica brasileira ao longo da trajetória dos pesquisadores. Enquanto 59% das bolsas de iniciação científica são concedidas a mulheres na graduação, as pesquisadoras recebem apenas 24,6% das bolsas de produtividade em pesquisa 1A do CNPq, destinada a quem tem título de doutorado há pelo menos 8 anos e é referência em seu campo de atuação. Entre os motivos para essa disparidade, está o fato de as mulheres desistirem mais cedo a pesquisa por não conciliar essa atividade com a maternidade. 

Realidade IFSC

Ciência: palavra derivada do latim “scientia”, que significa “conhecimento”. E que lugar mais propício para fazer ciência do que em uma instituição de ensino? No IFSC, atualmente, mais de 50 mil estudantes buscam e compartilham conhecimento com o auxílio de 1.443 professores e 1.173 técnicos-administrativos. ‘

Em meio a todos os alunos e servidores engajados na busca por conhecimento, há aqueles que veem a ciência de uma forma particular e dedicam tempo além da sala de aula, muitas vezes, boa parte de suas vidas, para buscar, gerar e compartilhar conhecimento. Este direito inclusive está garantido no artigo 207 da Constituição Federal, quando garante que a pesquisa deve caminhar junto ao ensino e à extensão, nas instituições de ensino federais. 

Ao encarar este direito/dever, aos poucos, tem aumentado o número de servidores que fazem ciência com o auxílio da pesquisa dentro do IFSC. O ano de 2016 fechou com 175 pesquisadores. Três anos mais tarde, a pesquisa engajou 282 servidores. Este número mostra que 10% dos servidores terminaram 2019 fazendo ciência oficialmente na instituição. Em 2020, por enquanto, são 8%.

Ao olhar de forma mais atenta para esses números, encontram-se percentuais ainda menores de servidoras pesquisadoras. Neste universo de 282 pesquisadores, por exemplo, a proporção é de dois homens para cada mulher. Ao observar as áreas de pesquisa, as diferenças ficam mais nítidas. Até o final de 2019, a participação de mulheres em pesquisas de Engenharias era de uma mulher a cada 2,5 homens; e neste ano, por enquanto, é de uma mulher a cada nove homens. Em Ciências Exatas e da Terra são quatro homens para cada mulher. 

Os porquês???

As mulheres são a maioria dos estudantes de cursos de graduação no Brasil (57%) e são quase metade no IFSC (45%), considerando todos os tipos de cursos, mas esses números globais escondem o fato de que ainda há áreas de conhecimento onde a presença da mulher é pequena. O próprio IFSC é um exemplo, já que em cursos do eixo tecnológico Controle e Processos Industriais (no qual estão as áreas de Automação, Elétrica e Mecânica), apenas 16% das matrículas em 2019 foram de alunas, de acordo com a plataforma Nilo Peçanha. 

Tentar entender por que as mulheres interessam-se menos pelas ciências exatas que por outros campos de conhecimento foi o objetivo do trabalho de conclusão de curso (TCC) de Bruna Savedra Santana, do curso de licenciatura em Química do Câmpus São José, apresentado durante a programação da Semana da Mulher no câmpus.

Bruna realizou o trabalho com alunas do terceiro ano do ensino médio da escola estadual Irmã Maria Teresa, no bairro Ponte do Imaruim, em Palhoça. Ela mapeou quantas manifestaram intenção de ingressar em um curso de graduação ligado às ciências exatas e da terra e identificou quais os principais elementos que influenciaram as escolhas das alunas. Nas conclusões de seu trabalho, Bruna destaca dois pontos nos quais a escola pode atuar para tentar aumentar o interesse das meninas pelas ciências exatas e da terra. Trabalhar pedagogicamente questões sobre os papéis de gênero e realizar atividades em que mulheres falem sobre suas profissões e desafios, para que sirvam de referência e estímulo para as estudantes.

Além disso, Bruna ressalta a influência familiar. Ela conversou com o repórter Felipe Silva sobre o assunto.
 

 

A presença das mulheres na ciência sempre esbarrou em preconceitos e no machismo de uma sociedade que insiste em delegar um lugar específico às mulheres.

No Câmpus Jaraguá do Sul-Centro, a professora Luciana Pinheiro é uma das seis docentes efetivas que já possui o título de doutora. Formada em Ciências Biológicas, foi justamente na graduação que ela sentiu uma das primeiras barreiras ligadas ao fato de ser mulher. “Eu estudei na Univille, em Joinville, mas queria mesmo era ter ido pra UFSC, em Florianópolis. Porém, aos 17 anos, meu pai não deixou a ‘filha mulher’ sair de casa para estudar”, conta.

Com experiência docente no IFSC, no Instituto Federal do Paraná (IFPR) e na rede privada, ela destaca que a busca por igualdade de gênero ainda tem muitas frentes para avançar. “Tive, por exemplo, chefe mulher que era machista. Precisei enfrentar alunos mais velhos de graduação que ficavam me testando por eu ser mulher. E ainda preciso dialogar com colegas que pensam que a ‘ciência de fato’ está só nas disciplinas deles e não nas disciplinas e nas pesquisas de professoras e pesquisadoras mulheres”, aponta. 

Evolução

Para Aline Hilsendeger Oliveira, professora dos cursos de Moda e Têxtil do Câmpus Araranguá, ainda é preciso evoluir no que diz respeito à participação das mulheres na pesquisa. “A ciência no país ainda precisa evoluir no sentido da inclusão da mulher e no reconhecimento do seu papel como mulher cientista, e recusar que para ser cientista a mulher tem que se comportar como homem, se vestir como homem para ter respeito da comunidade acadêmica”, afirma.

Apesar de ainda longe do ideal, a professora Marinês Domingues Cordeiro, do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que desenvolve pesquisas em história, filosofia e sociologia da ciência na educação científica, considera que atualmente o quadro é bem melhor com relação à inserção da mulher na ciência. 

Marinês destaca a problemática da autoridade intelectual das mulheres na ciência.

Alguns números, trazidos pela estudante Bruna Savedra Santana em seu TCC, apontam para isso. No referencial Bruna aponta, com dados do censo do grupo de pesquisas de 2016 do CNPq, que 50% dos pesquisadores no Brasil são mulheres e 46% dos cargos de liderança de grupos de pesquisa são ocupados por pesquisadoras, percentuais maiores que os de 1995 (39% e 34%, respectivamente). 

Para Bruna, as meninas não conseguem se ver atuando na área científica.


Na aula magna do curso de Química, Marinês Cordeiro, da UFSC, também abordou esse ponto, chamado “efeito tesoura”, ou “teto de vidro”. Entre os pontos que ela elencou e que contribuem para essa realidade, estão a dupla ou tripla jornada de trabalho (já que as mulheres assumem mais tarefas domésticas que os homens. Uma pesquisa no Canadá indicou que as pesquisadoras se dedicam, em média, cinco semanas a mais por ano ao cuidado com os filhos que os pesquisadores), assédio moral e sexual, desigualdade de autoridade intelectual e a omissão da figura feminina na ciência - o cientista, ou o “gênio”, é quase sempre retratado como um homem. 

Exemplos

Nos cursos da área de Tecnologia da Informação do Câmpus Gaspar, as mulheres são minoria. Segundo dados do Registro Acadêmico de 2019, elas representam 31% dos alunos do técnico integrado em Informática e 19% do superior em Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Mas um movimento dentro do Câmpus têm unido alunas do técnico integrado e do curso superior para fortalecer a participação feminina nessa área. Juntas elas criaram o “Elas digitais” um movimento que busca promover ações de pesquisa e extensão que busquem divulgar a área para alunas do ensino básico, incentivar que mais meninas se inscrevam em cursos dessa área e criar uma rede de apoio entre as alunas dos cursos. O projeto faz parte do programa “Meninas digitais” da Sociedade Brasileira de Computação.

A professora Caroline Reis Rauta, do Câmpus Gaspar, coordena os projetos de pesquisa e extensão e é uma das servidoras que compõem o grupo “Elas digitais”. “O mais interessante é que o de um projeto de pesquisa e extensão, a gente vê surgir um movimento de engajamento feminino no Câmpus o que influencia diretamente na inserção de mais meninas nessas áreas bem como contribui para a permanência e êxito delas. Eu tenho observado que nas atividades que fazemos com a comunidade externa que no Ensino Fundamental as estudantes não têm ainda em mente aquela ideia de profissões para homens e mulheres, o que se torna mais difícil no Ensino Médio quando esta formatação já está mais definida” afirma a professora.

Apesar de ser um grupo que foi criado há pouco tempo, as integrantes do “Elas digitais” dizem que já é possível observar algumas mudanças de comportamento. “Em sala de aula eu percebia que havia uma insegurança muito grande das mulheres em fazerem perguntas por conta de parecerem que a dúvida era algo bobo e isso tem mudado. Eu atuo como desenvolvedora e sou a única mulher nessa área na empresa onde trabalho e às vezes me sentia muito sozinha. Com o “Elas digitais” eu consigo compartilhar experiências, indicar outras mulheres para vagas de emprego e perceber que eu não estou só”, explica a integrante do grupo e aluna de Análise e Desenvolvimento de Sistemas Natália Silva.

Com 27 anos de experiência como professora e pesquisadora, sendo oito anos dedicados à instituição, Roberta Pasqualli conta que o fato de ser mulher, do “interior” (Câmpus Chapecó) e com formação inicial na área de exatas a fez sofrer preconceito. As experiências e a forma de compreender a ciência fazem Roberta lutar para que suas alunas também possam ter escolha: “luto para que minhas alunas possam escolher seus caminhos e, caso esses caminhos sejam parecidos com os meus, que elas estejam fortalecidas para caminhar seu próprio caminho. Fortalecidas para que não aceitem, de ninguém, que elas podem menos simplesmente por serem mulheres [...] e porque o mundo precisa de pessoas consigam enxergar mais do que o próprio olho pode ver”.

O engajamento de cada vez mais mulheres na pesquisa também faz parte da trajetória da professora Tahís Baú, do Câmpus São Miguel do Oeste. Para ela, que é focada na área de Alimentos, “as mulheres pesquisadoras são capazes de gerenciar uma série de atividades ao mesmo tempo, o que as torna muito práticas e com relativa facilidade de planejamento”, afirma. Essas habilidades garantiram a Tahís nove prêmios em eventos científicos e um prêmio nacional (Prêmio Jovem Cientista em 2015). 

Persistência

Insista, persista e não desista. Para a professora Joice Luiz Jeronimo, da área elétrica do Câmpus Joinville, o lema é muito mais que um quadro na parede de sua sala. “No início da carreira, eu tive pessoas que não me aprovavam na área, não sei se era por eu ser mulher ou não. Mas o que tento passar para minhas alunas e mulheres próximas é que a gente tem que lutar e, se errar, a gente tenta de novo e de novo, nem que sejam cem vezes”, enfatiza.

Por conta da importância da pesquisa em sua vida, Joice faz questão de incentivar a participação das meninas nos grupos de pesquisa, seja como bolsistas ou voluntárias. “Não gosto da palavra empoderamento, porque todas têm o poder dentro delas. Eu só gosto de mostrar o caminho e incentivá-las a mostrar todo poder e valor que elas têm. É nisso que eu, como professora, luto pelas nossas meninas.”

Quebrar paradigmas sobre a inserção da mulher no mercado de trabalho na área de Mecânica tem sido o mote do último ano para a professora Fernanda Royse, do Departamento Acadêmico de Metal Mecânica do Câmpus Florianópolis. Formada em Engenharia Industrial Mecânica, ela sempre enfrentou os desafios de ser mulher em uma área extremamente masculina, mas foi após oferecer um curso básico de mecânica para mulheres, como projeto de extensão, que ela percebeu a real extensão do caminho que ainda é preciso percorrer. “Identificamos a demanda, mas abrimos a oferta de 20 vagas de forma despretensiosa. Foram mais de 200 inscritas. E, ao longo do curso, eu aprendi muito, escutei muitas histórias, esse curso me fez ver muitas coisas de forma diferente”.

Não que Fernanda não tenha passado por situações de machismo. “Em várias situações. Mas, ao mesmo tempo, também encontrei chefes e professores que me valorizaram como profissional e acadêmica”, lembra.

Foi no curso de Engenharia Industrial Mecânica que Fernanda teve a primeira percepção de como seria a profissão em relação ao gênero masculino. “Entrei em uma turma grande, cerca de 50 alunos. E éramos apenas quatro meninas. Cinco anos depois, na formatura, fui a única mulher formanda”. Logo após concluir o curso, a engenheira foi coordenar uma equipe de 60 homens, numa fábrica de soldagem. Com apenas 22 anos, foi vista com desconfiança, pois muitos dos empregados tinham mais de 40, 50 anos. “Foi preciso muito tato. Ao mesmo tempo, eu sentia a pressão e, por ser jovem e mulher, queria ter um diferencial. Apesar de trabalhar num setor específico, eu sabia tudo de toda a obra (na época,a empresa estava construindo o gasoduto Brasil-Bolívia, como contratada da Petrobras). Lembro que os representantes da estatal ficavam surpresos quando viam que eu tinha um conhecimento de cada etapa e de áreas que, em teoria, eu não precisava saber. Claro que isso me ajudou muito profissionalmente, mas, ao mesmo tempo, era um esforço e um estresse que eu só precisei fazer por ser mulher, pois precisava ficar provando que era capaz”.

Hoje, olhando para trás, ela vê que o esforço que fazia a mais, a necessidade de se provar, também era dela mesma, por conta da cultura atual da sociedade. “Hoje vejo o quanto nós, como mulheres, também nos boicotamos, muitas vezes duvidamos da nossa capacidade. É cultural, recebemos isso. É preciso aprender que a gente é capaz e acreditar que vamos ser reconhecidas pelo nosso trabalho. E, se não formos, seguir em frente e ir fazendo sempre o melhor possível”.

“Após o curso do projeto de extensão, finalmente conseguimos mulheres no nosso curso técnico subsequente em Mecânica Automotiva. De 34 alunos, temos cinco. E não é normal, não consigo achar normal essa pequena presença das mulheres em áreas como eletrônica, mecânica, engenharias em geral. Uma delas chegou a contar que pensou em desistir, mas quando viu que teria uma professora, decidiu ficar, pois se sentiu representada. Outra veio me contar que está com dificuldade: separada, precisa deixar o filho na creche antes de vir pra aula e não consegue chegar no horário. Por isso precisamos pensar na problemática das mulheres: por que o pai não se organizar para ajudá-la? Por que sobra apenas para a mulher abrir mão dos seus sonhos? Há muitas questões que dificultam o nosso caminho apenas por ser mulher”, finaliza.

Inspiração

De aluna a servidora do Câmpus Canoinhas, Josiéli de Oliveira dos Santos Veiga encontrou no IFSC o estímulo para desenvolver pesquisas. “A pesquisa sempre nos estimula a buscar o conhecimento e a solução para um problema, compreender através da pesquisa o objeto estudado. Nesse caminho de construção, podemos nos deparar com algo inesperado e isso pode ser direcionado para o lado negativo, onde o que procurávamos inicialmente não acontece, e/ou para o lado positivo de uma descoberta nova. Tudo é estimulante!”, analisa.

Josiéli, que já foi “garota propaganda” do IFSC na campanha de ingresso 2015.1, está na instituição desde 2012, quando ingressou no curso técnico em Agroindústria. Junto com a formatura, em 2013, ela conquistou uma vaga no quadro de servidores, depois de passar no concurso público para técnica de laboratório. No ano passado, ela concluiu o curso superior de tecnologia em Alimentos, também no Câmpus Canoinhas.

Como servidora, ela teve a oportunidade de se envolver ainda mais com a pesquisa, especialmente nos projetos desenvolvidos nos laboratórios do eixo de alimentos. Atualmente, ela atua em pesquisas sobre potencial de extratos de plantas nativas da região do Planalto Norte, com possível aplicação na área de alimentos e para aplicação no controle de praga e insetos na agricultura, avaliando atividade antimicrobiana e constituintes químicos. Outras contribuições se dão em linhas de avaliação microbiológica de alimentos, desenvolvimento de novos produtos, avaliação da qualidade da água e caracterização e avaliação da qualidade do leite produzido na região.

Agora, seu maior desafio é ser inspiração para a filha Camila, de três anos. “Hoje sou mãe, servidora, pesquisadora. E a pesquisa proporciona a troca de conhecimento entre todos os envolvidos. Acredito que desta maneira, cada um fazendo a sua parte, contribuímos na construção de futuro melhor, para minha filha e para todos”, afirma.

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