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Plataforma para estudantes cadeirantes é quinta patente concedida ao IFSC

INOVAÇÃO Data de Publicação: 08 ago 2021 19:33 Data de Atualização: 09 nov 2021 18:28

Um equipamento para acessibilidade de cadeirantes em aulas práticas da educação profissional e tecnológica é a quinta patente concedida ao IFSC pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O deferimento foi concedido no dia 3 de agosto a um protótipo desenvolvido no Câmpus Araranguá.

O protótipo começou a ser desenvolvido em 2009, pelos professores Daniel João Generoso, Fábio Evangelista Santana, Andrei Morsch Franco e pelos então alunos Jaderson Machado, Mateus Gabriel Bosa e Thainá Martins. A ideia era desenvolver um equipamento que possibilitasse a movimentação de estudantes cadeirantes em laboratórios que possuem máquinas mais altas, muitas vezes operadas de pé, envolvendo diferentes cursos do Câmpus. Inicialmente, o protótipo foi testado em um torno mecânico, usado no curso técnico em Eletromecânica, num tear circular, usado no curso técnico em Têxtil e também na estamparia, usada pelos cursos da área de Moda.

O equipamento consiste em uma plataforma, totalmente automatizada, que permite ao cadeirante se movimentar nos laboratórios, girar sobre o próprio eixo e também ajustar a altura da plataforma de acordo com a necessidade. Utilizando essa plataforma, o cadeirante não precisa sair de usa cadeira enquanto manuseia diferentes equipamentos do laboratório, podendo assim estudar com mais autonomia.

Professor do curso técnico em Eletromecânica do Câmpus Araranguá, Fábio Santana explica que a patente foi concedida porque não foram encontrados produtos que solucionassem o problema apresentado. A patente também é a coroação de um longo trabalho coletivo.

“A patente garante os direitos autorais aos inventores. Além disso, demonstra uma conquista, pois todo o processo para obtenção da patente é bem rigoroso. Termos a patente cedida significa que nosso projeto é uma invenção e possui aplicação industrial. Precisamos agora de empresas interessadas em produzir o equipamento. Sempre imaginei pelo menos um equipamento em cada um dos 312 câmpus dos institutos federais no Brasil”, afirma.

De acordo com o professor Adriano Vitor, chefe do Departamento de Inovação Tecnológica, setor vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IFSC, a instituição conta atualmente com cerca de 50 processos ativos protocolados junto ao INPI, entre pedidos de patentes e modelos de utilidade, como são chamados objetos de uso prático que podem ter aplicação industrial. Em 2019 foram dez processos protocolados. Em 2021, são seis pedidos já protocolados e outros cinco em fase de elaboração.

“A proteção de uma propriedade industrial por meio do pedido de patente requisitado ao INPI é um processo longo e dotado diversas etapas, visando garantir que a invenção submetida ao INPI possua as condições necessárias de patenteabilidade, como novidade, atividade inventiva e aplicação industrial”, explica. “Diversos pedidos costumam ser submetidos ao INPI e nem todos são deferidos. Quando isso ocorre, supõe-se que não só os critérios legais foram atendidos mas também que se trata de uma invenção relevante para a sociedade e com potencial de transformação dos arranjos produtivos. Assim, sempre que um pedido de patente é deferido, cremos ter motivo de grande felicidade institucional”, conclui.

INOVAÇÃO CÂMPUS ARARANGUÁ

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