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IFSC integra projeto de Inteligência Artificial com investimento de R$ 1,5 milhão, via Polo Embrapii

CÂMPUS FLORIANÓPOLIS Data de Publicação: 22 out 2021 16:02 Data de Atualização: 22 out 2021 16:41

O IFSC está participando de um consórcio, via Polo Embrapii – que tem sede no Câmpus Florianópolis, para a realização de um projeto de Deep Learning, uma área de Inteligência Artificial. Intitulado Um Framework baseado em Transformers para Domínios Diversos, foi contemplado para receber os recursos no valor de R$ 1 milhão pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e mais R$ 500 mil fomentados por empresas privadas.

Integram o consórcio, além do IFSC, outros centros de inovação como Senai /Cimatec; Eldorado; Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); Universidade Federal de Alagos (Ufal); além de duas empresas e duas startups.

A coordenação técnica, no IFSC, é do professor Mario de Noronha Neto, do Câmpus São José. Ele conta que a ideia do projeto é desenvolver arquiteturas que possam ser aplicadas em quatro diferentes áreas dentro do Deep Learning: processamento de linguagem natural, visão computacional, séries temporais e sistemas de recomendação. “De forma geral, podemos dizer que vamos criar uma arquitetura base para essas quatro linhas. Essa base poderá ser, futuramente, customizada para questões mais específicas e futuros projetos, sejam de empresas ou acadêmicos”, explica o professor.

Essa generalização do projeto – de elaborar apenas uma base, sem ir até o produto final, é uma das exigências do Basic Funding, nova modalidade de fomento da Embrapii em que visa cofinanciar projetos de P&D entre os níveis de maturidade tecnológica (TRL) de 2 a 4, com foco no desenvolvimento de tecnologias disruptivas, intensivas em conhecimento e de maior risco. Os TRL são classificados do 0 até o 9, sendo que 0 é apenas a ideia e 9 é a produção e comercialização do produto final. “O Framework baseado em Transformers irá fazer a formulação de conceito tecnológico (2), a prova de conceito (3) e a validação em laboratório (4). Pode parecer pouca coisa, mas essa é uma área de TRL chamada de Vale da Morte, pois por dificuldade de investimentos e falta de tempo para fazer essas etapas, muitas empresas acabam desistindo de boas ideias”, explica o professor Rubipiara Cavalcante Fernandes, diretor do Polo Embrapii do IFSC.

As parcerias realizadas pelo Polo Embrapii atraem empresas por facilitar o desenvolvimento de tecnologias com menor custo, em menor tempo e contando com a participação de pesquisadores renomados em suas áreas, garantindo projetos e produtos de alta performance. Para o IFSC, a vantagem vai além da financeira. “Em um projeto desse tipo, a multidisciplinaridade é grande e fazemos contatos com pesquisadores de todo o país. Nós, professores, ganhamos conhecimento, nos capacitamos e isso vai se refletir no ensino. A principal diferença que eu sinto ao me envolver com a pesquisa é poder passar para os alunos como está o mercado e como o mercado está se movimentando, quais qualificações e tecnologias eles devem buscar”, fala Noronha, destacando que preparar para o mercado de trabalho é um dos principais objetivos do IFSC. “A tecnologia está transformando os postos de trabalho. Há muitas informações estratégicas disponíveis, mas nem toda empresa consegue utilizar. E as que não utilizam essas informações para o seu negócio, ficam para trás”, completa.

Noronha também destaca o ganho de conhecimento sobre novas tecnologias. “Não tivemos aulas de muitas das atuais tecnologias quando nós estávamos na faculdade. Então, se a gente não vivencia, não consegue trazer esse conhecimento para a sala de aula. Quando nós, professores, aprendemos, podemos refletir isso no nosso ensino”.

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