INSTITUCIONAL Data de Publicação: 10 jun 2022 14:48 Data de Atualização: 10 jun 2022 16:03
Neste mês, os servidores da Reitoria do IFSC iniciaram um novo modelo de trabalho, o Programa de Gestão e Desempenho do Governo Federal (PGD). Por meio de um edital, aqueles que tiveram interesse se candidataram ao teletrabalho, uma modalidade que permite que o cumprimento da jornada regular dos servidores possa ser realizado fora das dependências físicas do IFSC. Atualmente, 184 servidores estão realizando teletrabalho de forma parcial ou integral.
O PGD está fundamentado em três premissas: delegação, foco na gestão e transparência. “Ele abrange não só a questão do teletrabalho, mas o processo de gestão como um todo”, explica a chefe do Departamento de Administração de Pessoal (DAP) e membro do grupo de trabalho para implantação do teletrabalho no IFSC, Josiane Lima dos Santos.
A diretora executiva do IFSC, Andréa Martins Andujar, conta que a adoção do teletrabalho já era uma discussão que vinha sendo feita em âmbito nacional e que ganhou força por conta da pandemia da Covid-19. “Nossa expectativa é que o teletrabalho traga uma melhor qualidade de vida aos nossos servidores e economia de recursos, o que vai impactar diretamente na qualidade da nossa atividade-fim, que são o Ensino, a Pesquisa e a Extensão, bem como uma melhoria no atendimento à comunidade”, destaca.
A chefe do DAP enfatiza que, além dos benefícios para os servidores - que passam a ter mais flexibilidade para horários de atendimento e demandas do trabalho - o novo sistema será bom para o IFSC e seus públicos. “É uma inovação nos arranjos de trabalho para o IFSC tanto em relação aos locais de realização das tarefas, quanto aos horários de execução e à melhoria da gestão com impacto no desempenho das unidades e das equipes”, afirma.
Veja aqui os benefícios do PDG apontados pelo Governo Federal
A adoção do programa pelo IFSC é resultado de uma ampla discussão na instituição que levou mais de um ano. “A proposta é fruto de intensos debates, conversas, pesquisas e estudos para elaborar o modelo para a nossa instituição”, afirma Andréa. Desde 2020, o teletrabalho vem sendo discutido no Colegiado de Desenvolvimento de Pessoas (CDP) do IFSC. Além disso, uma consulta pública foi aberta para a comunidade acadêmica participar da discussão. Os resultados deste projeto-piloto da Reitoria serão apresentados no Conselho Superior do IFSC após seis meses.
Confira como foram as discussões e encaminhamentos do teletrabalho no IFSC
Atendimento ao público
A nova modalidade de trabalho não irá deixar o público sem atendimento presencial. O teletrabalho não se aplica a todas as atividades e áreas da instituição e tem como uma de suas premissas não reduzir a capacidade de atendimento.
A regulamentação do Governo Federal estabeleceu que o teletrabalho não pode abranger atividades cuja natureza exija a presença física do participante na unidade ou que sejam desenvolvidas por meio de trabalho externo. Além disso, não pode haver a redução da capacidade de atendimento de setores que atendam ao público interno e externo.
Sobre o programa
O PDG faz parte do TransformaGov, um programa que busca avaliar e modernizar a gestão estratégica dos órgãos integrantes da administração pública federal. O Programa de Gestão do IFSC foi construído a partir da Instrução Normativa 65/2020 do Ministério da Economia, que estabelece os critérios, orientações e procedimentos gerais para o processo nas instituições. Outro marco regulatório de referência é a Portaria 267/2021 do Ministério da Educação, publicada em 3 de maio, que autoriza as instituições de ensino a implementarem os Programas de Gestão em suas unidades. Em 17 de maio deste ano, o Governo Federal publicou o decreto nº 11.072, que regulamenta teletrabalho e controle de produtividade no Executivo federal.
A Reitoria foi o primeiro local do IFSC a implementar o programa como um projeto-piloto. Por isso, o primeiro edital lançado para os servidores tem um prazo de execução de seis meses. “Estamos na fase piloto para conhecer o programa, as entregas possíveis e os ganhos institucionais e para a comunidade”, explica Josiane.
No caso dos câmpus, os que tiverem interesse poderão lançar edital próprio para inscrições dos seus servidores interessados em aderir ao teletrabalho. No momento, os câmpus estão estudando as possibilidades de implantação.
A diretora executiva do IFSC ressalta que esta será uma etapa de análise para o IFSC. “Sabemos que esse momento deve trazer dúvidas, que serão necessárias adaptações, mas é com orgulho que participamos da formação dessa nova cultura no IFSC, pois acreditamos que é um passo à frente neste tema e, assim como em outras instituições, o IFSC também será referência no futuro”, afirma Andréa.
Trabalho remoto X teletrabalho
O sistema de teletrabalho, que passou a valer em 1º de junho para os servidores da Reitoria, é diferente da forma de trabalho que o IFSC acabou adotando em função da pandemia. A diferença agora é a forma de entendimento do trabalho e de controle das atividades - e não mais de frequência.
“O PGD tem como proposta um novo modo de gestão de equipes que desempenham as suas atividades e atingem resultados independentemente do local de execução do seu trabalho”, destaca a chefe do DAP. O acompanhamento do trabalho de quem está no teletrabalho é feito por meio de um Sistema de Gestão de Pessoas em que cada servidor tem um plano de trabalho com as atividades a serem desenvolvidas e acompanhadas pelas chefias.
O programa é considerado uma revolução no serviço público, tendo como premissa mudar o paradigma de gestão de equipes. “O intuito é afastar a gestão por controle de ponto como instrumento de gestão e mostrar que importante é analisar o desempenho das unidades no atingimento dos seus objetivos, deixando para trás a estrutura gerencial dos séculos XIX e XX, que se apoia em comando, controle e presença”, finaliza Josiane.
Saiba mais sobre o Programa de Gestão e Desempenho do Governo Federal