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Representantes da Rede de Cidades Criativas da Unesco conhecem projetos inovadores do IFSC

INSTITUCIONAL Data de Publicação: 04 abr 2019 10:49 Data de Atualização: 25 ago 2020 12:16

Reunidos em Florianópolis na semana passada para a segunda edição do evento Ecriativa, representantes da Rede de Cidades Criativas da Unesco estiveram em visita técnica no Câmpus Florianópolis-Continente na última quinta-feira (28) para conhecer projetos inovadores desenvolvidos na área da gastronomia. A comitiva foi recebida pela diretora de Ensino do câmpus, Jane Parisenti, e por integrantes de dois núcleos de estudos: Gastronomia, que trabalha com cozinha contemporânea, e Patrimônio, Gastronomia e Cultura, que desenvolve pesquisas sobre tradições, história e cultura gastronômica. As professoras Fabiana Mortimer Amaral e Silvana Müller, coordenadoras dos núcleos de estudos e representantes do IFSC no grupo gestor da Cidade Criativa de Gastronomia Unesco Florianópolis, apresentaram alguns dos principais resultados dos trabalhos, como pesquisas com foco em geração de renda a partir de produtos da mata atlântica e o resgate de receitas tradicionais como o mocotó como patrimônio cultural de Florianópolis.

Instituída em 2004, a Rede Mundial de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) visa promover a cooperação entre as cidades que têm a criatividade como estratégia para alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil são oito cidades criativas com representação nas áreas da gastronomia - caso de Florianópolis - design, artesanato, música e cinema. Além da capital catarinense, as outras cidades com foco na gastronomia são Belém (PA) e Paraty (RJ). 

As representantes da Unesco, Isabel de Paula, da Coordenadoria Geral de Meio Ambiente, Cultura e Economia Criativa do Ministério do Turismo, Nicole Facuri, e do Programa Florianópolis Cidade Criativa, Anita Pires, conheceram os projetos e alguns produtos gastronômicos desenvolvidos a partir deles, como macarrons com farinha de pinhão, pães tradicionais confeccionados para festas religiosas, bijajica, molhos de goiaba-serrana e de uvaia, entre outras preparações. Além de observar o trabalho realizado no IFSC, o grupo discutiu as perspectivas e necessidades das cidades criativas para o desenvolvimento de políticas públicas.

"Entre os problemas comuns a todas as cidades está a questão do fomento e o desenvolvimento de estratégias de comunicação com os públicos estratégicos", ressalta Fabiana. Para Silvana, a vinda da comitiva pode contribuir para direcionar o planejamento de ações nas cidades: "Os dirigentes do Ministério do Turismo e da Unesco podem, a partir do conhecimento e do reconhecimento das ações de pesquisa em gastronomia do IFSC, viabilizar planos de salvaguarda visando a manutenção das identidades gastronômicas locais que fortalecem a economia criativa e o turismo local". A criação de um grupo de trabalho no Ministério do Turismo deve ser uma medida de curto prazo para tratar da questão de políticas e fomentos para incrementar as ações do setor.

 

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