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Professor cria bengala eletrônica de baixo custo

CÂMPUS JARAGUÁ DO SUL-RAU Data de Publicação: 11 nov 2014 22:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 14:49

 

Você já imaginou como seria não poder ler estas palavras? E se você precisasse caminhar na rua sem enxergar os desníveis e obstáculos ao seu redor? Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de pessoas cegas e com problemas de visão, o professor Denivaldo Pereira da Silva, do Câmpus Geraldo Werninghaus do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), desenvolveu o protótipo de uma bengala eletrônica de baixo custo, capaz de orientar o usuário sobre os obstáculos ao seu redor.

 

De acordo com o pesquisador, a bengala eletrônica desenvolvida é capaz de monitorar, em tempo real, objetos suspensos situados à frente do usuário. “Isso protege o deficiente visual de choques contra, por exemplo, telefones públicos, caixa de correios e portas de caminhões abertas, os quais geralmente não são detectados pela bengala longa tradicional”, explica.

 

O projeto da bengala foi desenvolvido pelo professor durante uma das disciplinas do doutorado interinstitucional (Dinter) em Engenharia Elétrica em andamento na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). “O circuito eletrônico foi concluído em outubro de 2013 e instalado numa bengala longa de 127 centímetros. Já em maio deste ano eu aperfeiçoei a bengala eletrônica, aumentando sua precisão na detecção de obstáculos acima da linha da cintura do usuário”, destaca.

 

Além de alertar para obstáculos no alto, outro aspecto da invenção é o baixo custo de produção. “As duas principais bengalas eletrônicas disponíveis no mercado – Ultracane e Bat K Sonar – são importadas e custam em torno de 700 dólares. O protótipo que desenvolvi custou cerca de R$ 200, mas é plenamente viável reduzir ainda mais esse custo ao usuário”, afirma Silva.

 

A bengala eletrônica de baixo custo já passou por um dos seus principais testes: o uso cotidiano. O protótipo foi testado entre agosto e setembro deste ano com dez voluntários da Associação Joinvilense para a Integração dos Deficientes Visuais (Ajidevi). “Os resultados dos testes de campo foram positivos, pois agradou a grande maioria dos voluntários que testaram o protótipo”, diz o pesquisador.

 

Agora o projeto está em processo de obtenção de patente e foi um dos contemplados no edital 22/2014/PROPPI para a verificação de invenções semelhantes anteriores. “Graças a esse apoio, quem fará o depósito do pedido de patente, se Deus quiser, será o IFSC”, espera o professor.

 

CÂMPUS JARAGUÁ DO SUL-RAU

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