CÂMPUS ITAJAÍ Data de Publicação: 20 jun 2017 21:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 15:30
“O suicídio é a segunda causa de morte entre os adolescentes no Brasil. Há alguns comportamentos que precisam ser observados e servem como um alerta. Um deles é quando o adolescente começa a se comportar de forma diferente, está mais agressivo ou buscando o isolamento. Quando começa a faltar a aula, está mais sonolento, quando há uma mudança de peso e apresenta machucados causados por automutilação. Quando são identificados esses comportamentos é importante buscar orientação profissional. Isso pode ser feito na unidade básica de saúde do bairro em que a pessoa mora”, explica a médica Teresa Schaidhauer.
Nas conversas com os alunos, a médica costuma falar sobre saúde mental, sobre o trabalho do psiquiatra e do psicólogo e a promover dinâmicas e técnicas de relaxamento. “Em uma das atividades que fizemos com alunos da primeira fase cada um tinha que escrever um elogio para um colega que ele não costuma conversar e colocar em suas costas. É uma forma de incentivar para que eles se conheçam mais. O que nós observamos é que um fator de proteção nesses casos é estreitar a relação com os adolescentes.”
O trabalho desenvolvido pela psiquiatra tem sido feito em parceria com coordenação pedagógica e com a psicóloga do câmpus Andreia Titon. As atividades integram também as rodas de conversa promovidas sobre temas que fazem parte do dia a dia dos estudantes. “Observamos que faltava um espaço para debater questões da adolescência e da vida e por isso temos promovidos rodas de conversa para discutir coletivamente temas como corpo, beleza, bullying e suicídio”, explica a psicóloga Andreia Titon.