CÂMPUS CHAPECÓ Data de Publicação: 30 ago 2017 21:00 Data de Atualização: 07 fev 2018 08:56
Na terça-feira, 22 de agosto de 2017, o IFSC comemorou 11 anos de implantação oficial na cidade de Chapecó. A comemoração foi realizada na noite desta segunda-feira (21), no Centro de Cultura e Eventos da cidade.
A solenidade iniciou com uma apresentação cultural, da Associação Coral de Chapecó, e em seguida foi concentrada em três momentos: homenagens, especialmente aos servidores que auxiliaram na implantação do câmpus; discursos de servidores e das classes empresarial e política que relembraram a história da implantação; e por último em discursos de prestação de contas à sociedade, sobre o momento atual e os desafios dos próximos anos da rede federal de ensino.
Homenagens e história
Durante o momento de homenagens, 24 professores e técnicos-administrativos receberam uma placa com seus nomes, que será fixada em um espaço visível do câmpus. O mais novo servidor em exercício, Cleder Fontana, foi o responsável pela entrega.
Os servidores foram homenageados pois continuam dedicando-se ao câmpus após mais de uma década. Os familiares de dois professores, Joni Coser e Jeferson Mocroski - que completariam 11 anos no câmpus – também participaram do momento para receber a homenagem póstuma.
Ao representar todos os homenageados, um dos primeiros professores do câmpus, Juares de Melo Vieira, ressaltou a importância do IFSC na transformação da vida de cada um dos servidores e relembrou o início do primeiro curso, o Técnico em Mecânica, e da chegada dos primeiros professores e técnicos-administrativos.
A segunda placa foi entregue pela atual diretora-geral do Câmpus Chapecó, Ilca Ghiggi, para o primeiro diretor-geral do câmpus, o professor Juarez Pontes. “Quando cheguei ao câmpus, encontrei apenas três professores. Aos poucos, foram chegando mais docentes e os primeiros técnicos-administrativos. O objetivo era ter um ou dois cursos e 10 professores. Hoje são 62 docentes e 43 técnicos”, destacou Pontes.
Em 2006, quando o Câmpus Chapecó foi inaugurado, a instituição chamava-se Centro Federal de Educação Tecnológica. A diretora do Cefet/SC na época, Consuelo Aparecida Sielski Santos, recebeu uma placa de homenagem das mãos da atual reitora, Maria Clara Kaschny Schneider.
“Quando pensamos em expandir o ensino técnico federal em Santa Catarina, havia uma lei federal que não permitia a expansão. Mesmo assim, insistimos em interiorizar o ensino público federal e, além da luta dos servidores, encontramos a boa vontade de políticos e empresários de Chapecó para que isso acontecesse”, relembrou Consuelo.
Classe empresarial e política
Representando a classe empresarial, o empresário Cláudio Rotava também relembrou da história. “Ainda em 2001, inúmeros empresários da cidade formaram a Sociedade Educacional do Oeste, a Socioeste, para trazer uma escola técnica para a região. A decisão foi tomada após a realização de um diagnóstico, que mostrou a necessidade de mão de obra qualificada na área metalmecânica. Então, o IFSC está em Chapecó graças ao espírito empreendedor chapecoense”, destacou.
Três autoridades representaram a classe política: a diretora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Sueli Sutili, que representou a Prefeitura Municipal de Chapecó; o representante da Câmara de Vereadores, o vereador Cleber Ceccon; e a representante da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), a deputada estadual Luciane Carminatti.
Além de relembrar a força de diferentes partidos políticos, que uniram-se no início dos anos 2000 para implantação do ensino público federal em Chapecó, os representantes do Legislativo destacaram a importância que os governos e a classe política continuem incentivando o ensino público. “Não há nação que vá para frente se entender que educação é um gasto”, destacou a deputada Luciane.
Momento atual e desafios
A presidente do Centro Acadêmico do Câmpus Chapecó, Maiza Fossatto, relembrou sua própria história ao representar todos os alunos na cerimônia. Ela ingressou na unidade para cursar o Ensino Médio Técnico, depois passou no vestibular para Engenharia de Controle e Automação e hoje também cursa o Técnico em Eletroeletrônica.
“É importante destacar que ao estudar no IFSC, os alunos têm muito mais do que o ensino em sala de aula a disposição. Participamos de projetos de pesquisa, de extensão, de intercâmbio, e ainda temos diversas formas de assistência estudantil”, afirmou Maiza.
A diretora-geral do Câmpus Chapecó, Ilca Maria Ferrari Ghiggi, focou o discurso na prestação de contas à sociedade. “No decorrer desses 11 anos já formamos 27 turmas do Técnico em Mecânica, 27 turmas do Técnico em Eletroeletrônica, seis turmas do Ensino Médio Técnico em Informática, 11 turmas do Ensino Médio Técnico em Eletromecânica (Proeja), e quatro turmas de Engenharia de Controle e Automação. Além deles, ainda foram emitidos mais de 3 mil certificados”.
A diretora ainda destadou que para poder atender aos cursos, o Câmpus Chapecó conta com 43 técnicos-administrativos, quatro servidores regionalizados, 62 professores, nove professores substitutos e ainda 22 servidores terceirizados. Também há cinco blocos, com 17 salas de aula e 22 laboratórios.
Para finalizar, a reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider, destacou a necessidade de consolidar a expansão e ofertar cada vez mais vagas públicas. “Temos um compromisso com a sociedade catarinense e brasileira. A educação pública deve ser universal, e principalmente para quem não pode pagar. Esse é o compromisso que assumimos quando viemos para Chapecó. E disseminar este compromisso é necessário. A única chance que nosso país tem é pela educação”, ressaltou.
Por Rafaela Menin / Jornalista IFSC