JIFSC Data de Publicação: 03 nov 2024 23:57 Data de Atualização: 04 nov 2024 09:47
Estudantes na cerimônia de encerramento da etapa Cursos Integrados do JIFSC
Jenifer Lemes disputou todos os JIFSCs após a pandemia (2022-2024)
Enzo Lazarini mudou-se de São Paulo para Santa Catarina para jogar basquete
Eduardo Bittencourt participou do JIFSC nas etapas Cursos Integrados (2019) e Cursos Gerais (2023 e 2024)
Terminou no domingo, 3 de novembro, a 11ª edição dos Jogos do Instituto Federal de Santa Catarina (JIFSC), realizada no Complexo Esportivo do Sesi, em Blumenau. Durante cinco dias de evento, aproximadamente 2 mil pessoas participaram, entre estudantes e servidores.
O JIFSC foi dividido em duas etapas: de 29 a 31 de outubro para estudantes de cursos técnicos integrados e em 2 e 3 de novembro para os alunos dos demais cursos. Atletismo, basquete, futsal, handebol, tênis de mesa, vôlei de praia, vôlei de quadra e xadrez foram as modalidades em disputa.
Os resultados finais do JIFSC, com todos os medalhistas, estão divulgados em boletins no site do evento. Algumas das partidas de esportes coletivos foram transmitidas ao vivo pelo canal do IFSC no YouTube.
Avaliação positiva
Para o coordenador geral do evento, Mozart Maragno, a participação dos estudantes foi o grande destaque desta edição dos jogos. "Foi o maior JIFSC da história: considerando desde as etapas seletivas, tivemos mais de dois mil estudantes participando. Em Blumenau, foram cerca de 1,7 mil alunos, considerando as duas etapas [integrados e jogos gerais]. Isso sem contar todas as pessoas que também trabalharam para que o evento corresse", destaca.
O esforço de planejamento e de preparação da comissão organizadora também foi lembrado pelo coordenador geral. "Começamos a planejar este JIFSC em fevereiro. Conseguimos nos preparar bem e cumprimos o cronograma e a programação de modo quase perfeito. Além disso, evitamos problemas que ocorreram em edições anteriores dos jogos, graças à dedicação deste grupo que se envolveu com a organização do JIFSC", enfatiza.
O reitor Maurício Gariba Júnior avalia que o JIFSC foi positivo “em todos os aspectos”. “Vi vários estudantes se integrando e também a presença de famílias. Mais que uma competição, é uma forma de conhecer o IFSC”, destaca. O dirigente máximo da instituição acredita que é preciso investir mais na estrutura esportiva, como em quadras e ginásios nos câmpus, contando com apoio do governo federal para isso.
JIFSC para todos
O JIFSC reúne estudantes de todo o IFSC, de várias idades e com diferentes vivências. Tem quem já treinava uma modalidade antes de entrar no IFSC e tem quem teve a primeira experiência em competição por causa da instituição.
Jenifer Lemes, 18 anos, esteve presente nos três JIFSC etapa Cursos Integrados realizados após a pandemia (não houve JIFSC em 2020 e em 2021) representando o Câmpus São José no futsal, conquistando dois bronzes (2022 e 2024). Antes disso, ela nunca havia disputado uma competição na modalidade.
O JIFSC, para a estudante do curso técnico integrado em Telecomunicações, é uma oportunidade para conhecer pessoas do estado inteiro e um momento de confraternização e união. “Tem muita gente de outras regiões, muitos sotaques. Essa troca é legal”, comenta. Ela avalia que o esporte a ajuda a lidar com a pressão e também “distrai a mente dos estudos”.
Já no caso de Enzo Lazarini, 18 anos, foi o esporte que o trouxe até o IFSC. Ele treina basquete desde os 11 anos, começando em São Paulo, sua cidade natal. Aos 16, foi convidado pelo clube Apab, de Blumenau, para jogar na equipe e mudou-se para Santa Catarina, trocando o curso técnico integrado em Química no Instituto Federal de São Paulo (IFSP) pelo mesmo curso no Câmpus Gaspar do IFSC.
Com experiência em competições desde muito jovem, Enzo participou de seu primeiro JIFSC em 2024 (ano passado estava lesionado). “É muito bom ver mais gente jogando, participando e aprendendo”, comenta. Além de disputar o basquete e ficar com a medalha de prata, ele torceu para os amigos e colegas de câmpus em outras modalidades. “A diferença para outras competições é que aqui eu conheço o pessoal que tá na torcida. Vejo meus amigos participando”, diz.
Alguns dos estudantes que participaram da etapa Cursos Gerais já tinham experiência anterior no JIFSC na etapa Cursos Integrados. Foi o caso de Eduardo Bittencourt, 20 anos, atualmente aluno da Engenharia Civil do Câmpus São Carlos. Em 2019, quando cursava o técnico em Edificações no mesmo câmpus, ele foi medalha de bronze no atletismo (5.000m) dos Integrados, além de ter disputado o tênis de mesa, e, em 2023, conquistou o ouro no futsal nos Gerais.
“O JIFSC tem um componente muito legal, que é o de conhecer pessoas de outras regiões e fazer amizades. Conheci gente com quem até hoje tenho contato”, conta Eduardo, que é natural de Campo Erê, no oeste de Santa Catarina. Ainda com dois anos do curso de Engenharia Civil pela frente, ele já tem planos para 2025 e 2026: “espero estar aqui no JIFSC de novo”.
O JIFSC também celebra a diversidade e a inclusão. Um exemplo são os alunos do Proeja de Produtor de Sucos - Séries Iniciais do Ensino Fundamental do Câmpus Urupema que participaram dos jogos. Derick Martins dos Santos, que estudou boa parte da vida na Apae, e Maicon Costa, que tem deficiência auditiva, fizeram parte do time de futsal. "É uma oportunidade única para eles. Estiveram no JIFSC por mérito, se dedicaram e isso aqui é muito bom para a autoestima deles", afirma o psicólogo do câmpus, Vinicius de Carli.
Também do Proeja, Odete Barbosa de Lima viu sua vida mudar este ano. Ela está aprendendo a ler e escrever no curso Proeja de Alfabetização e esteve no JIFSC participando do time de futsal e torcendo pelos filhos atletas. Confira a história dela no vídeo produzido pela Diretoria de Comunicação do IFSC.