Equipe de robótica desenvolve projeto com estudantes do Instituto Vilson Groh

EXTENSÃO Data de Publicação: 12 jul 2024 15:12 Data de Atualização: 12 jul 2024 15:20

Uma parceria que está levando a cidadania para jovens de 10 a 16 anos de comunidades de Florianópolis e aprendizado a estudantes do ensino médio técnico e graduação do IFSC. Os alunos da equipe de robótica IFSC FRC 5800, do Câmpus Florianópolis, estão atuando como monitores do Projeto Pode Crer, do Instituto Vilson Groh (IVG), para ensinar tecnologia aos jovens atendidos pelo projeto.

Desde 2021, integrantes da equipe IFSC FRC 5800 atuam como educadores de tecnologia no projeto social Pode Crer, oferecendo oficinas de robótica, web design, prototipagem e manufatura, levando a tecnologia como possibilidade profissional aos jovens educandos, muitos deles sem conhecimentos básicos como ligar um computador ou mexer em um mouse.

O interesse dos educandos do projeto foi tão grande que foram formadas duas equipes de competição para a First Lego League, uma competição internacional de robótica. As duas equipes participaram de uma etapa regional em Itajaí e conquistaram o prêmio “Estrela Iniciante”. No ano seguinte, dos 80 alunos do Projeto Pode Crer, 40 foram selecionados para competir pela First Lego League, desta vez em Joinville.

A partir dessa experiência e da mudança de comportamento dos educandos, nas relações sociais e até mesmo nas notas escolares, a equipe de robótica do Câmpus Florianópolis organizou o projeto de extensão Torneio de Robótica, realizado dia 8 de julho. A competição reuniu cerca de 200 estudantes de 10 a 16 anos, no Câmpus Florianópolis e na Associação João Paulo II, na Ponte do Imaruim, em Palhoça.

Os alunos extensionistas do IFSC, dos cursos técnicos integrados em Edificações, Eletrônica e Eletrotécnica e da Engenharia Mecatrônica organizaram o torneio, desde a concepção das tarefas à arbitragem, com o apoio dos professores mentores da equipe. 

A estudante de Engenharia Mecatrônica Carolina Martins Pedro é educadora do projeto Pode Crer e faz parte da equipe de robótica do IFSC. Segundo ela, além de preparar os jovens para o mercado de trabalho, o objetivo do projeto é “tornar a tecnologia mais humana, sobre como utilizá-la para melhorar a sociedade”. Além de Carolina, os estudantes Luis Fernando Rosset e Aline Garcez também trabalham no IVG, e para o curso e o torneio contaram com a participação dos demais colegas da equipe de robótica.

O professor coordenador do projeto de extensão Greyson Alberto Rech destaca que o projeto de Protagonismo Discente partiu dos próprios estudantes, que também foi uma aprendizagem para eles. “Os alunos aprendem que a tecnologia é uma ferramenta, que pode mudar a sociedade. Eles também aprendem a socializar, a levar o que aprenderam para os alunos do projeto”, destaca.

Carolina observa a evolução dos educandos do IVG, tanto no aprendizado da tecnologia quanto no desenvolvimento interpessoal e escolar. Ela cita o exemplo de um estudante que tinha dificuldades de leitura e acabou em primeiro lugar no torneio de robótica. Segundo ela, esse é um desafio também para os alunos monitores do IFSC, que precisam aprender a ensinar de acordo com a necessidade dos educandos.

Agora, o próximo passo é organizar uma equipe de talentos do projeto Pode Crer para competir na First Lego League, nas etapas estadual e nacional. 

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