SNCT do Câmpus Florianópolis recebe mais de 14 mil inscrições e mostra potencial do IFSC para a comunidade

SNCT Data de Publicação: 30 out 2023 18:08 Data de Atualização: 30 out 2023 23:41

Com mais de 14 mil inscrições recebidas, as atividades promovidas pelo Câmpus Florianópolis para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) entre os dias 23 e 27 de outubro trouxeram a comunidade externa para o câmpus e ajudaram a divulgar as oportunidades que o IFSC oferece. 

​​​​​Em 2023, pela primeira vez, a SNCT do Câmpus Florianópolis foi dividida em dois momentos, de acordo com os públicos aos quais as atividades destinaram-se. Nos primeiros três dias, o evento foi chamado Câmpus Parque, com atrações voltadas à comunidade externa - como oficinas, exposições, palestras, competições, entre outras -, que o visitante podia acessar mediante inscrição prévia em um site de gestão de eventos.

“É como quando você vai a um parque: você adquire um ingresso e tem acesso a várias atrações”, compara o coordenador-geral da SNCT e diretor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão do câmpus, Rogério de Souza Versage. O Câmpus Parque recebeu 9,5 mil inscrições pelo site.

Já nos últimos dois dias, as atrações foram voltadas para a comunidade interna (estudantes e servidores do câmpus), com o nome Conexão Interna. Essa etapa da SNCT teve 4,5 mil inscrições pelo mesmo site, com todas as oficinas recebendo capacidade máxima de inscritos. O objetivo da divisão foi dar mais oportunidade para visitantes externos poderem participar das atividades. “Percebemos que nos anos anteriores não sobravam vagas para quem vinha de fora”, lembra Rogério.

As próprias atrações foram adaptadas para atender melhor os visitantes. As oficinas, por exemplo, tiveram duração de aproximadamente 30 minutos, para facilitar a participação de mais pessoas. No total, a SNCT do Câmpus Florianópolis teve mais de 300 atividades abertas ao público.

Arte na SNCT

Outra novidade de 2023 foi a junção, pela primeira vez, da SNCT com o CompartilhArte, evento da área artístico-cultural realizado pelo câmpus desde 2016. Segundo a coordenadora-geral do CompartilhArte, Valeska Bernardo, o objetivo da realização conjunta dos eventos foi dar maior visibilidade às oportunidades que o câmpus oferece para a comunidade, como a possibilidade de participar do coral, da orquestra ou do grupo de teatro, tudo gratuitamente. Ela lembra que, quando os eventos eram realizados separadamente, havia dificuldade em conseguir liberação dos estudantes para participar de ambos e a frequência nas oficinas às vezes não era satisfatória.  

A edição de 2023 do CompartilhArte reuniu 39 atrações ministradas por professores e bolsistas da área de Atividades Artísticas do câmpus, além de convidados externos. Valeska lembra que o Câmpus Florianópolis tem mais de 40 anos de experiência na oferta de atividades artístico-culturais para os estudantes e para a comunidade . Na visão dela, a semana deveria se chamar “Semana Nacional de Cultura, Ciência e Tecnologia”. “A arte é associada à livre expressão, mas a arte tem muito de conhecimento técnico e específico”, ressalta.

Novo formato

O novo formato da SNCT agradou a estudante da sexta fase de Engenharia Civil do câmpus Mariana Pinto Santana de Almeida, que já participou de várias Semanas desde que ingressou pela primeira vez no Câmpus Florianópolis, no curso técnico integrado em Edificações, em 2017. “A gente tem mais oportunidades de ver coisas diferentes. Ficou mais dinâmico”, avalia.

Mariana inscreveu-se em várias oficinas e também integrou  a equipe organizadora da SNCT, realizando trabalho de apoio a oficinas. Para ela, o trabalho foi “corrido, mas divertido”. “A gente acaba conhecendo outros lugares do câmpus além do nosso departamento”, destaca a estudante, que, tanto no curso técnico como na graduação, teve aulas no mesmo departamento: o da Construção Civil (Dacc).

O câmpus promoveu a participação dos estudantes na organização da SNCT por meio de um edital interno que selecionou bolsistas para o evento. “O envolvimento dos bolsistas com a Semana foi muito legal, desde as reuniões de brainstorming antes do evento”, lembra a assessora de Comunicação e Marketing do Câmpus Florianópolis e integrante da comissão organizadora da SNCT, Fernanda Emanuela Ferreira. Foram os próprios estudantes, lembra a assessora, que criaram o mascote do evento, o SaguIFSC: inspirado nos saguis que comumente são vistos circulando pelo terreno do câmpus.


Visitas externas

Nos três dias de Câmpus Parque, o Câmpus Florianópolis recebeu aproximadamente 2 mil adolescentes de escolas e instituições da região metropolitana da capital. Além de uma visita guiada por estudantes do IFSC, esses visitantes puderam participar da programação do evento de maneira livre. O câmpus disponibilizou ônibus para transporte dos estudantes de algumas escolas e em outras o deslocamento foi feito por ônibus das próprias escolas, cedidos por prefeituras ou pelo consórcio que administra o sistema de transporte público florianopolitano.

Uma das turmas que visitou o câmpus na SNCT foi a de adolescentes atendidos pelo grupo de inserção no mercado de trabalho do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) de Biguaçu. O grupo de 15 pessoas era formado por jovens de 12 a 18 anos, que conheceram a estrutura do câmpus e os cursos oferecidos.

Segundo a assistente social e técnica de referência do serviço de convivência do Cras, Luana Costa, a visita permitiu aos adolescentes conhecerem possibilidades para o futuro profissional deles - como um curso técnico ou de graduação -, um dos temas trabalhados pelo grupo de inserção no mercado de trabalho. “A maioria dos adolescentes que atendemos não tem acesso a coisas que muitos consideram básicas, como um computador. Estando aqui, eles veem que podem ser eles que no futuro expondo trabalhos”, comenta.

Os robôs do grupo de robótica do Câmpus Florianópolis, a Magic Island Robotics Team (RFC 5800), expostos no hall de entrada do câmpus, foram a atração que mais chamou a atenção de Arthur, de 13 anos, estudante do sétimo ano do ensino fundamental em uma escola estadual de Biguaçu e integrante do grupo do Cras. “Achei uma experiência muito legal”, opina.

Inspiração no passado

Para o diretor-geral do Câmpus Florianópolis, Zízimo Moreira Filho, o novo formato da SNCT cumpriu seu objetivo de tornar as atividades desenvolvidas pelo câmpus mais conhecidas pela comunidade. “Superou as expectativas. Achei espetacular, maravilhoso. A comunidade pôde entender o que é feito aqui”, elogia. De acordo com o diretor-geral, mostrar que o IFSC oferece cursos desde a qualificação profissional (FIC) até o mestrado e que estudantes de diferentes níveis podem atuar juntos em projetos da instituição foi um dos ganhos trazidos pela Semana.

Segundo o diretor-geral, uma das inspirações para a maneira como a SNCT 2023 foi estruturada foram as antigas Mostras do Potencial Educativo, realizadas quando o câmpus era a Escola Técnica Federal de Santa Catarina (ETF-SC), recebendo visitas de estudantes de outras instituições de ensino.

“Aquele evento era menor, mais focado na indústria. Com o passar dos anos, começamos a ter cursos e atividades de outras áreas, como saúde e artes”, recorda. Uma das atividades realizadas na SNCT deste ano que mostra a união da arte com a ciência e a tecnologia, na opinião de Zízimo, foi a “Mecânica em Concerto 2”, apresentação da Orquestra Experimental do IFSC e do Coral do IFSC, que ocorreu na quarta, dia 25, no Laboratório de Máquinas Operatrizes (MOP).

O diretor-geral acredita que a SNCT terá como um de seus resultados um acréscimo no número de inscritos para cursos do Câmpus Florianópolis em processos seletivos do IFSC - a Coordenadoria de Ingresso (Coing) do câmpus, inclusive, teve um estande na Semana - e avisa: “esperamos que ano que vem o evento seja ainda maior”.

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