CÂMPUS FLORIANÓPOLIS Data de Publicação: 21 fev 2022 19:42 Data de Atualização: 23 fev 2022 12:42
Graças ao convênio entre IFSC e Senai, o Câmpus Florianópolis agora faz parte da Rede de Pesquisa da União Europeia Cornet (Collective Research Networking). A participação do Brasil na rede foi realizada por meio de cooperação com a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial). A parceria obtida pelo câmpus é na área de deposição de metal a laser (LMD, na sigla em inglês), processo de manufatura aditiva para metais.
O objetivo é trazer para o Brasil o conhecimento sobre o revestimento metálico a laser de altíssima velocidade (EHLA). “Nossa pesquisa abrange atualmente a aplicação em cilindros hidráulicos, presentes em diversas aplicações industriais. Em comparação com a LMD tradicional, a EHLA é 250 vezes mais rápida, além de ser mais sustentável, pois a maneira tradicional usa químicos tóxicos ao meio ambiente e consome mais materiais e energia”, explica o professor Erwin Werner Teichmann, do Departamento Acadêmico de Metal Mecânica do campus e pesquisador do IFSC no projeto. “Além de ser aplicada na fabricação da peça, a EHLA pode ser utilizada na recuperação de equipamentos corroídos e oxidados, aumentando em muitas vezes a sua vida útil”.
A ideia da participação na Cornet nasceu durante o pós-doutorado de Teichmann na Alemanha, quando foram feitos os primeiros contatos com pesquisadores da rede. De volta ao Brasil e coordenando a Assessoria de Relações Externas do Câmpus Florianópolis, o professor fez as conexões para trazer a parceria para o IFSC. “É a primeira parceria resultante da cooperação entre IFSC e Senai assinada no ano passado. O trabalho para a nossa participação foi intenso e gostaria de registrar meu agradecimento ao empenho da Direção Geral do Câmpus Florianópolis e da Reitoria do IFSC, sem o qual não seria possível realizar a documentação a tempo do edital deste ano”, destaca Teichmann.
“Para nós, o principal ganho é a transferência de conhecimento. A Cornet prevê um trabalho paralelo entre as equipes dos diferentes países, onde todos os resultados são compartilhados. E a EHLA não existe no Brasil. Com a parceria, poderemos trazer esse processo do zero, dando oportunidades às indústrias brasileiras para fabricar até mesmo os equipamentos necessários a essa tecnologia”, explica o pesquisador.
A pesquisa sobre EHLA tem previsão de dois anos. Participam do projeto, além do IFSC, o Instituto Senai de Inovação em Processamento Laser, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), 13 médias e grandes empresas brasileiras, sete empresas europeias, o Instituto TIME e o Instituto Fraunhofer, os dois últimos da Alemanha. Todos estes parceiros trabalham integrados através de reuniões periódicas estabelecidas no edital Cornet.