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Alunas do IFSC são selecionadas no projeto internacional Power4Girls

PESQUISA Data de Publicação: 25 fev 2022 14:04 Data de Atualização: 25 fev 2022 17:24

Um grupo de alunas do Câmpus São Miguel do Oeste do IFSC foi selecionado para participar do programa Power4Girls - Empower to Lead! (“Poder para Meninas - Empoderar para liderar”, em tradução livre). O edital do programa foi exclusivo para alunas do ensino médio das instituições da Rede Federal, e a seleção contemplou 20 equipes do país, sendo uma delas do IFSC.

A ideia de participar do programa já estava na cabeça da aluna Izabela Mustifaga, do segundo semestre do Técnico Integrado em Alimentos. “Desde quando entrei no IFSC estava em busca de projetos como o Power4Girls, porque acredito que estes programas são a porta de entrada para a criação e aplicação de muitas ideias com um bom potencial, desenvolvidas para alcançar um resultado que afete positivamente no meio”, conta.

A faísca que faltava surgiu nas aulas de Biologia, da professora Luciana Senter. “Alguns dias antes de abrir a inscrição, eu havia ministrado uma aula sobre micro-organismos e conversamos sobre a escassez dos antibióticos e a resistência deles. E algumas alunas se preocuparam muito com essa temática de saúde pública e ambiental”, conta a professora.

Poucos dias depois, Izabela Mustifaga uniu-se às colegas Ana Júlia Giacomelli, Priscila Amanda Zancanaro e Stella Raysa Rauber, todas do Técnico Integrado em Alimentos. As alunas conversaram com a professora Luciana e, juntas, formaram a equipe “Bioprospecção/Bolo de cenoura”, levando em consideração também que o tema de 2022 do projeto é voltado ao Meio Ambiente e Sustentabilidade.

A proposta selecionada da equipe baseia-se na bioprospecção (busca) de leveduras (tipos de fungos, assim como aquele que fermenta o pão e bebidas alcoóicas) na busca de um novo agente antifúngico baseado em moléculas (toxinas killer), haja visto o surgimento de novas doenças e a escassez de classes de agentes antifúngicos, sendo que muitos destes causam efeitos colaterais significativos em boa parte dos pacientes.

De forma mais simples, a professora Luciana explica que, atualmente, temos poucas classes de antibióticos e menos ainda de antifúngicos e, em contrapartida, novas doenças surgem a cada dia. “Estamos nos encaminhando para um momento muito parecido com antes da década 40, onde não tínhamos esses medicamentos. Hoje temos antibióticos e antifúngicos, mas também temos uma alta resistência em razão do seu uso indiscriminado, seja ele na agricultura, na pecuária, na área clínica. Então, nossa ideia é buscar novas moléculas em organismos da natureza, a fim de conhecer a nossa biodiversidade e conhecer componentes produzidos por esses organismos, que neste caso são fungos, e que possam ser usados em prol da saúde pública”, afirma a professora e coordenadora do projeto.

Para as alunas, não há dúvida, o projeto irá contribuir na formação do ensino médio e nas técnicas laboratoriais. “Nosso propósito é justamente o aprendizado sobre um problema real, que é a escassez de antifúngicos disponíveis seguros para tratamento”, afirma Izabela.

Próximos passos

Entre os meses de março e setembro, as estudantes do IFSC e a professora orientadora irão participar de oficinas, palestras, atividades interativas on-line e serão expostas aos temas de liderança, empoderamento e empreendedorismo feminino por meio da criatividade e inovação, desenvolvimento e gestão de projetos, design thinking, storytelling e ferramentas do mundo virtual.  

Em setembro, na conclusão da edição de 2022 do programa, a equipe embarca para Brasília para apresentar o projeto em uma feira de inovação e fazer um pitch final, visando soluções para algum problema enfrentado em suas respectivas comunidades. “Também é uma oportunidade de conseguir patrocinadores futuros para o projeto”, afirma a professora Luciana.

Ficou curioso para saber onde entra o bolo de cenoura na história? Essa equipe já vem trabalhando junto desde a entrada no curso e o nome surgiu de uma aula prática proposta pela mesma professora durante o ensino remoto. 

Entenda mais sobre o Power4Girls

O foco do programa é o empoderamento de meninas por meio de estratégias voltadas para o empreendedorismo, inovação, criatividade e liderança - importantes competências para um mundo cada vez mais globalizado e desafiador. O Power4Girls é patrocinado pela Embaixada e Consulados dos EUA, e tem parceria com o Instituto Gloria e apoio institucional do CONIF (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica).

Para a edição de 2022, o tema é Meio Ambiente e Sustentabilidade, com o objetivo de unir forças com a Agenda 2030 da ONU. As selecionadas representam os seguintes estados: Acre, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal. 

 Para conhecer mais sobre o programa, visite o site oficial.

 

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