Câmpus Criciúma promove formação integral dos estudantes com Semana Tecnológica e Mostra de Arte e Cultura

EVENTOS Data de Publicação: 31 out 2023 15:09 Data de Atualização: 01 nov 2023 09:45

Durante cinco dias, foram cerca de 100 atividades como oficinas, minicursos, palestras e visitas técnicas que aproximaram os conhecimentos teóricos da prática e conectaram os estudantes com profissionais do mercado e pesquisadores de outras instituições. A semana, diferente mas já tradicional no calendário acadêmico, culminou ainda com um dia inteiro de apresentações artísticas no auditório.

Pela primeira vez, o Câmpus Criciúma do IFSC realizou, de forma concomitante, a Mostra Curto-circuito de Arte e Cultura e a Semana Tecnológica, evento alusivo à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Ambos na oitava edição, os dois eventos foram realizados entre os dias 23 e 27 de Outubro, com o objetivo de oferecer aos estudantes uma formação acadêmica integral.

“Tivemos a oportunidade, mais uma vez, de promover dezenas de atividades relacionadas a educação, ciência e tecnologia. E, esse ano, com a integração com a Mostra Curto-circuito, nossos alunos puderam participar também de atividades de arte e cultura. Ainda não finalizamos a avaliação oficial do evento, mas pelas conversas com servidores, alunos e organizadores já é possível afirmar que as atividades propostas garantiram aos nossos alunos um excelente espaço de formação, para além das atividades de sala de aula”, resume o professor Bazilício Andrade Filho, integrante da comissão organizadora.

Programação diversificada

As atividades contemplaram os chamados eixos tecnológicos do Câmpus Criciúma: Química, Construção Civil, Mecatrônica, Eletrotécnica, Meio Ambiente e Formação de Professores. Muitas delas foram ministradas por estudantes e ex-alunos do IFSC, que compartilharam suas experiências acadêmicas e profissionais. Também foi marcante a presença de representantes de empresas da região e também de outros estados. 

Professora da área de Construção Civil, Giovana Milaneze destaca que a intensa programação foi resultado do trabalho da comissão organizadora e dos estudantes que se envolveram na organização. “Quem viu as inúmeras postagens das atividades nas redes sociais talvez não saiba que, por trás de cada atividade concluída, houve um grande trabalho da comissão organizadora, que em meio às suas atividades acadêmicas realizou a captação de convidados externos e internos, a organização de horários, ensalamentos e sistema de inscrição, brindes e certificação”, explica.

Um dos pontos positivos da Semana Tecnológica, lembra Giovana, foi a grande presença de convidados externos, tanto de empresas de Criciúma quanto de outras cidades e de fora de Santa Catarina. “Especificamente, na área da Construção Civil, destaco a vinda de cursos e palestras de convidados e empresas renomadas de outras cidades, até mesmo do estado de São Paulo, o que possibilitou contato dos alunos com novos produtos, novas técnicas e tecnologias. Outro sucesso foi o evento da Competição da Ponte de Espaguete, explorando conteúdo de sistemas estruturais de forma envolvente e divertida”, relata.

Pontes de Espaguete

Evento dentro do evento, a Competição de Pontes de Espaguete realizada na quarta-feira (25) animou o público na mesma medida em que desafio os estudantes do curso técnico integrado em Edificações e da Engenharia Civil. Na competição, os alunos se dividem em duplas para construir uma estrutura que imita uma ponte em miniatura, usando macarrão e cola, e essa estrutura precisa suportar a maior carga possível.

No fim, a ponte vencedora foi a construída pela Luana Macedo e pelo Victor Comin, acadêmicos de Engenharia Civil, respectivamente na sexta e na quarta fase. A ponte de espaguete da dupla foi capaz de segurar 80 quilos de anilhas de academia. 

“Não imaginávamos que seria um trabalho tão árduo”, relata Luana. “Antes de começarmos a construir e a colocar a mão na massa, nós pensamos a ponte. Utilizamos um programa chamado Ftool [programa gráfico-interativo de Engenharia Civi] e buscamos informações sobre a resistência do macarrão. Acredito que os principais aspectos para que a ponte tenha ficado boa foi ter pensado, antes da execução, em qual modelo seria o ideal para suportar uma boa carga, e na hora da fabricação pensarmos em qual força cada peça teria que resistir”, conta a estudante.

“A sensação de ganhar o primeiro lugar é muito boa, é uma vitória e, principalmente, um reconhecimento. Reconhecimento do nosso trabalho, de que deu certo o nosso esforço, o nosso empenho. E também entender que o que temos aprendido impacta no que iremos fazer. É uma experiência que a gente vai poder levar por muito tempo, por muitos anos”, complementa Luana.

Arte e Cultura

Se a Semana Tecnológica promoveu a integração dos estudantes com profissionais e pesquisadores de fora do IFSC, essa integração também ocorreu com a arte e a cultura. Tradição no Câmpus Criciúma, a Mostra Curto-circuito de Arte e Cultura também trouxe convidados externos ao mesmo tempo em que desafiou os estudantes do IFSC a compartilhar seus talentos artísticos com os colegas.

Uma amostra dessa integração ocorreu já na abertura dos eventos, na segunda-feira (23), com as presenças da Associação Coral de Içara e do Coral Infantil Encantos, do Colégio Cristo Rei, do mesmo município, que encantaram e emocionaram o público antes da palestra de abertura da Semana Tecnológica, a cargo do físico, divulgador científico e professor do IFSC Câmpus São José, Marcelo Girardi Schappo. Ao longo da semana, oficineiros, músicos e demais artistas de fora da instituição também trouxeram sua arte e seus ensinamentos para o Câmpus. Instituições como o Centro de Referência de Assistência Social do bairro Próspera, vizinho ao Câmpus, trouxeram suas apresentações e reforçaram essa integração do IFSC com a comunidade. 

Integrante da comissão organizadora da Mostra, a professora Carla Zanatta ressalta o protagonismo dos estudantes do IFSC no evento cultural, tanto na organização quanto nas apresentações e na condução de oficinas. 

“Temos a oportunidade de ver nossos alunos de maneira integral, mostrando que eles são muito mais do que vemos em sala de aula. Quando vemos, um aluno mais tímido está no palco, ou coordenando toda uma equipe. Além disso, é um momento em que nós, servidores, invertemos os papéis com os estudantes. Eles estão lá na frente apresentando algo que eles dominam, e não o professor ou o servidor. Essa inversão é muito salutar. Os alunos se empoderam, depois voltam para as salas de aula muito mais animados e, para mim, essa animação tem a ver com a arte, com eles se sentirem realmente no palco, metaforicamente como aquele lugar em que eles dominam”, explica.

Gabriel Dordete, estudante do segundo ano do curso técnico em Edificações, atuou como voluntário na organização da Mostra, propôs uma oficina imersiva de produção textual e ainda subiu ao palco para cantar “Toda Forma de Amor”, de Lulu Santos. Para o aluno, a expressão artística sempre funcionou como uma espécie de terapia, transitando por desenho, música e teatro para expressar seus sentimentos, superar momentos difíceis e “viver a vida”. A decisão de subir ao palco da Mostra de Arte e Cultura e propor uma oficina de texto para os colegas, aliás, teve a ver com a força de vontade de superar um momento difícil em sua vida.

“Isso me motivou muito e me salvou, realmente, me tirou de um abismo. E subir no palco dá um frio na barriga, uma ansiedade, mas a gente sente isso para saber que está vivo”, resume.

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