Câmpus Lages inaugura novo Laboratório para área agrícola no fim deste mês

PESQUISA Data de Publicação: 19 jun 2024 16:11 Data de Atualização: 21 jun 2024 13:50

Será inaugurado no próximo dia 30 no Câmpus Lages do IFSC o Laboratório de pesquisa e ensino: estufas agrícolas. A nova estrutura está localizada ao lado da Unidade Didática Agrícola (UDA) e foi possível graças aos recursos do projeto de pesquisa do professor Fernando Zinger, aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). O projeto, " "Estruturação de processos produtivos e laboratoriais de uma biofábrica de insetos para a biodegradação de resíduos agroindustriais e a geração de novos produtos a partir de compostos bioativos extraídos da farinha de inseto" foi aprovado no Edital 15/2023 com recurso para sua execução de R$2.371.000,00

"São três estufas com áreas individuais de 105 m2, totalizando 315 m2 de área útil. São duas estufas de pesquisa, e uma de aclimatação de mudas, e todas com sistemas de irrigação automatizado individual e programado, com proteções laterais e estrutura em aço galvanizado reforçado", explica o professor Fernando Zinger. O valor total de investimento foi de R$152.337,00. Os principais usos, segundo o docente, serão nos objetivos da pesquisa descrita no projeto. Fernando, porém, comemora o fato de o espaço ser automaticamente incorporado ao câmpus. "Logo, essa infraestrutura será importantíssima para a pesquisa, ensino com aulas práticas e projetos de extensão do IFSC Lages. Sendo um projeto institucional, me sinto feliz por ter participado do edital e poder deixar essa contribuição no crescimento do IFSC Lages, pois como servidor, sinto que meu dever é contribuir para que a cada tijolinho que possa ser colocado, o campus se firme mais e mais na região.", comemora Fernando.

O Edital n°15/2023 é do Programa de estruturação acadêmica para laboratórios multiusuários dedicados à pesquisa avançada no estado de Santa Catarina. O objetivo do projeto é a estruturação de uma biofábrica de insetos com a mosca-soldado-negro (Hermetia illucens) e Tenebrio molitor para bioconversão de resíduos orgânicos da Serra Catarinense, gerando adubos orgânicos ricos e sustentáveis como uma nova fonte de nutrientes para plantas, e inovação como uma fonte de compostos bioativos de alta qualidade que podem ser direcionados para múltiplas aplicações químicas, farmacêuticas e compostos para embalagens e filmes biodegradáveis. Além da contribuição estrutural, o professor comemora o fato de que a nova estrutura será importante para o processo de ensino e aprendizagem. "Os cursos agrícolas e também aqueles que possuem componentes curriculares que necessitam de aulas práticas na estufas serão diretamente beneficiados, com um amplo espaço para preparação de mudas de hortaliças, ornamentais, frutíferas, além é claro de melhorar a visibilidade da instituição com a ampliação desse laboratório especializado". comenta o professor.

A obra está nos ajustes finais, em especial no acesso externo. Uma vez com as estufas repletas de mudas, pretende-se doá-las aos alunos e também a todos que visitarem o Câmpus Lages do IFSC. A ideia, de acordo com Fernando, é criar um projeto de extensão chamado Viveiro Educador Ambiental, onde o câmpus possa receber escolas da região, agricultores e empresas para criar um ambiente compartilhado cheio de riqueza e biodiversidade.

Impacto institucional

Para Giselle Camargo Mendes, Coordenadora de Pesquisa do Câmpus Lages, essa conquista reflete o comprometimento e o engajamento dos professores do câmpus e pode servir de combustível para outras iniciativas. "É importante destacar que a partir desse resultado conquistado pelo professor Fernando, outros professores e pesquisadores já fizeram movimentações dentro do Câmpus Lages para permitir que projetos de pesquisa sejam enviados a agências de fomento externo como a FAPESC, CNPQ, Finep e outras, para conseguir aportar e desenvolver pesquisas de alta qualidade dentro do IFSC", comenta.

De acordo com Gisele, esse recurso externo é de extrema importância para os investimentos em infraestrutura e aquisição de equipamentos no Câmpus Lages e coloca a instituição em posição de destaque no cenário de pesquisa e desenvolvimento. "Esse resultado se traduz em benefícios para a comunidade científica, professores, pesquisadores e estudantes que terão acesso a esses equipamentos e infraestrutura trazida com esse recurso externo e também para a sociedade como um todo, ao permitir o acesso e a difusão do conhecimento científico de alto impacto tecnológico que são gerados pelo IFSC", complementa a coordenadora.

O resultado também é comemorado na gestão do Câmpus Lages, pois tem na relevância da construção destas novas estufas algo que perpassa por todas as atividades desenvolvidas no contexto institucional. "Elas têm um importante papel no processo de aprendizagem, em especial para os cursos da Agro, mas não se limitam a isso. A aquisição se deu no contexto de um importante projeto de pesquisa capitaneado pelo professor Fernando Zinger e trará também a possibilidade do desenvolvimento de inúmeras atividades deste e de outros projetos de pesquisa, bem como de extensão. Através disso, a nossa comunidade irá ganhar muito em relação ao ensino, a pesquisa e a extensão", completa o Diretor-geral do Câmpus Lages do IFSC, Vilson Heck Júnior.

Para a gestão do câmpus, além de todo o ganho no processo de ensino e aprendizagem, o resultado é importante pensando no investimento em estrutura e na possibilidade de expansão do câmpus com recursos para além do orçamento federal. "O financiamento externo ao recurso da instituição, como é o caso do recurso que viabilizou a construção destas novas estufas, só foi possível através do reconhecimento do trabalho que está sendo proposto e desenvolvido no Câmpus, além de permitir muito mais autonomia e desenvolvimento para a instituição, para os servidores e para os estudantes", finaliza Vilson.
 

 

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