Egresso do Câmpus Itajaí cria startup para venda de iscas naturais para pescaria amadora, profissional e para aquarismo

CÂMPUS ITAJAÍ Data de Publicação: 25 jan 2023 11:05 Data de Atualização: 25 jan 2023 11:11

Ainda durante o curso técnico em Aquicultura do Câmpus Itajaí, o agora egresso Gilbram Borgonovo começou a pensar na criação de uma empresa, a Peixe SC. Ele observou que não havia no mercado uma empresa especializada na venda de iscas naturais que pudessem ser utilizadas tanto pela pesca amadora, quanto pela profissional e por aquaristas. “No caso da pesca do robalo, é preciso primeiro capturar camarão, que serve como isca, para depois capturar o robalo. O que gera um custo muito alto, tanto de tempo dos trabalhadores quanto de óleo para a embarcação. É comum, por exemplo, que pescadores de Penha tenham que se deslocar até São Francisco do Sul para fazer esse trabalho. A minha proposta com a empresa é vender iscas naturais para reduzir esses custos. Como são de cultivo, elas permitem que se tenham as iscas mesmo em períodos de defeso que fica proibida a captura dessas espécies.”

Gilbram trabalha na reprodução de matrizes de peixe-espada (ideal para captura de espécies predadoras como robalo e tucunarés), camarão-fantasma (que pode ser utilizada para qualquer tipo de pescaria) e ampulárias (para pesca de piaporas e pacus). Ele vende as iscas em embalagens a vácuo, que não precisam de refrigeração. “A ideia é também vender iscas para aquaristas. É comum quando um aquarista escolhe cultivar peixes de maior porte que ele tenha dificuldade em fazer o equilíbrio nutricional das espécies utilizando somente ração. Nesse sentido, as iscas naturais permitem que ele consiga fazer o cultivo dessas espécies inclusive em um apartamento.”

A meta de Gilbram é chegar até o final do ano com mais de 100 mil indivíduos dessas espécies e para isso ele pretende ampliar o espaço de cultivo. “Eu estou em contato com a prefeitura de Penha, que é onde a empresa está localizada, e estamos trabalhando para a criação da primeira incubadora de empresas da cidade. Eu também estou em conversa com a prefeitura para a realização de um projeto nas escolas de aquaponia que envolveria o cultivo de peixes e o de hortaliças em que os rejeitos dos peixes seriam utilizados como adubo das plantas.” 

Formação no IFSC

A primeira formação de Gilbram é na área de marketing e foi a partir do curso técnico em Aquicultura do Câmpus Itajaí que ele resolveu investir em um projeto nesta área. Antes de abrir a Peixe SC, ele teve um projeto de aquaponia selecionado para o edital do programa Nascer de pré-incubação de ideias, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc) e do Sebrae (SC). “Mesmo já formado, eu continuo em constante contato com os professores do Câmpus Itajaí e o suporte técnico deles tem sido fundamental.”

 

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