EXTENSÃO Data de Publicação: 13 nov 2024 16:21 Data de Atualização: 13 nov 2024 17:50
Sistema foi desenvolvido dentro do software Microsoft Access
Além de registrar os quantitativos, sistema permite calcular a quantidade de reagente necessária para uma solução
Além de reagentes, as vidrarias e equipamentos do laboratório também podem ser gerenciadas pelo sistema
Sistema facilita elaboração de relatórios de usos de produtos controlados para a Polícia Federal e o Exército, uma exigência legal
Um novo sistema desenvolvido por meio de projeto de extensão do Câmpus São José deve melhorar o gerenciamento dos reagentes, vidrarias e bens permanentes dos laboratórios de Química do IFSC e de uma escola estadual da cidade. O sistema, elaborado pelo técnico de laboratório Ben Hur Heckmann com apoio da estudante de licenciatura Marcella Ferreira (voluntária do projeto), já está em funcionamento no Câmpus São José e em análise por outros quatro câmpus.
Ben Hur usou a linguagem de programação Visual Basic para criar o sistema dentro do software Microsoft Access, utilizado principalmente para gerenciar bancos de dados. Por meio da plataforma, o técnico em laboratório já inseriu os quantitativos e prazos de validade dos reagentes existentes no Laboratório de Química do Câmpus São José, além de registrar as vidrarias (tubos de ensaio, béqueres, balões de fundo, entre outros) e os bens permanentes do laboratório. Anteriormente, tudo era feito em planilhas eletrônicas.
“Esse sistema é mais prático e você não perde dados, o que é sempre um risco nas planilhas”, comenta Ben Hur. Ele enviou o sistema para colegas técnicos de laboratório dos câmpus Criciúma, Gaspar, Lages e São Carlos avaliarem e darem sugestões. A intenção é de que eles também passem a usar a plataforma.
O sistema também permite calcular as quantidades de reagentes a serem usadas em cada solução e gerar com facilidade um relatório mensal de uso de produtos controlados para a Polícia Federal e o Exército, uma exigência legal para os laboratórios de Química.
Nas pesquisas feitas, Ben Hur e Marcella não encontraram um sistema parecido disponível gratuitamente. A maior limitação da plataforma desenvolvida no projeto de extensão até o momento é de que os dados só ficam salvos em um único computador, sem acesso remoto de qualquer equipamento. “Futuramente pensamos em fazer um sistema que possa ser acessível por nuvem e em smartphones”, destaca o técnico de laboratório.
Além de desenvolver o sistema para uso interno no IFSC, o projeto prevê a adaptação dele para escolas da região. O piloto está sendo feito com a escola estadual Francisco Tolentino, no Centro Histórico de São José. No momento, a equipe está fazendo o levantamento dos reagentes que o laboratório de Química da escola possui.
O projeto “Desenvolvimento de software para gerenciamento dos laboratórios de Química da rede IFSC e escolas da região” tem apoio do edital de fluxo contínuo para eventos e produtos de extensão da Pró-Reitoria de Extensão e Relações Externas (Proex) e vai ser executado até dezembro de 2024.