ENSINO Data de Publicação: 23 fev 2018 14:41 Data de Atualização: 23 fev 2018 16:40
O dia 17 de fevereiro de 2018 vai ficar na história do Câmpus Canoinhas do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Foi nesse sábado que aconteceu a formatura da primeira turma do primeiro curso superior de tecnologia em Alimentos ofertado no câmpus. O curso teve início em 2015 com o objetivo de profissionalizar a área de alimentos, uma das que mais se desenvolve nos municípios da região do Planalto Norte.
A oportunidade de fazer um curso superior em “casa” fez toda diferença na vida de Daiana Alves Machado, que decidiu continuar no IFSC após a conclusão do técnico em Agroindústria. Junto com o título de tecnóloga em Alimentos, Daiana tem outros motivos para comemorar sua decisão. Aprovada no concurso público de 2015, ela atua como técnica de laboratório no Câmpus Canoinhas desde dezembro de 2016.
Estudando à noite e trabalhando durante o dia, Daiana fez do Câmpus Canoinhas uma extensão da sua família, tanto que seus pais, Jair e Dulce Machado, também já se consideram do IFSC. “É nossa família também”, contam orgulhosos. Principais incentivadores da filha, Jair e Dulce creditam o sucesso de Daiana à sua própria força de vontade e aos empurrões que recebeu em casa. “Nós sempre prezamos pela educação”, ressalta o pai. “Desde criança, a gente sempre dava livros para ela ler”, conta a mãe.
E como estudar nunca é demais, Daiana já se prepara para novos desafios, mas sem perder o IFSC de vista. Ela quer fazer mestrado na área de Alimentos. A meta? “Quero seguir a carreira acadêmica para ser docente no IFSC”, planeja. Enquanto isso, ela vai aproveitando as oportunidades para crescer pessoal e profissionalmente, participando ativamente de grupos de trabalho e de pesquisa e colegiados.
Falando em vida acadêmica, quem já sai do curso de tecnologia em Alimentos direto para o mestrado são Rhaine Nayra Mocelim e Maiara Arbigaus Bredun, aprovadas no mestrado em Ciência dos Alimentos do programa de pós-graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Felizes e ansiosas, as amigas se mudaram para Florianópolis nesta semana, enfrentando o desafio de sair de casa pela primeira vez.
“Sei que vão existir dificuldades quanto ao novo lugar, pois será tudo novo: a distância da família, a cidade, casa, amigos. Mas serei compensada com um grande crescimento pessoal e, principalmente, profissional. Sempre achei muito legal todo esse universo da pesquisa e creio que vou gostar bastante e crescer muito durante esse período”, afirma Rhaine, que vinha de Papanduva todas as noites para estudar em Canoinhas.
“O mestrado é uma oportunidade incrível que jamais deixaria escapar”, enfatiza Maiara. “Acredito que somente com educação a gente pode pensar em mudar o mundo e muito da decisão de engatar um mestrado vem da vontade de desenvolver nossa região, através da agricultura, produção sustentável e tecnologia de alimentos”, destaca.
A expectativa das duas amigas após o mestrado é voltar para o IFSC como professoras e trabalhar em projetos alternativos e viáveis de agricultura e pecuária que ajudem, entre outras coisas, a diminuir a produção do fumo na região. “Assim todo mundo pode ganhar: os alunos aprendem, os produtores se aprimoram e a região se desenvolve, cresce e beneficia toda a sociedade”, justifica Maiara.