Formatura do curso de Informática Básica ressalta importância do acesso às tecnologias na melhor idade

EXTENSÃO Data de Publicação: 16 dez 2024 16:37 Data de Atualização: 17 dez 2024 12:24

“Para muitos de nós, o acesso à educação tecnológica não foi uma prioridade no passado. A vida nos apresentou desafios, e, por diversas razões, a oportunidade de aprender informática na ‘idade certa’ ficou distante. Mas, hoje, ao olharmos para este momento, podemos dizer, com orgulho, que conseguimos dar o primeiro passo, e isso, para nós, significa muito mais do que apenas aprender a mexer em um computador.” A fala do orador da turma, Paulo Roberto Schulze, representou a alegria e o orgulho da primeira turma do curso de Informática Básica, formada pelo projeto de extensão Acesso às Tecnologias na Melhor Idade, do Câmpus Joinville.

A formatura foi sábado, 14 de dezembro, e contou com a presença de familiares e amigos. O curso teve como objetivo capacitar os participantes a utilizarem computador, celular e a internet no seu dia a dia de forma prática e segura, contribuindo para sua autonomia, independência e qualidade de vida digital.

“Em um mundo onde a tecnologia está em constante evolução, vocês deram um passo ousado ao se lançarem no aprendizado da informática, mostrando que nunca é tarde para adquirir novos conhecimentos, superar desafios e se adaptar a novas realidades”, enalteceu a coordenadora do projeto de extensão, Débora Link. Também participaram da equipe executora do projeto os técnicos administrativos Aroldo Leandro Schmidt Reeck e Maríndia Anversa Vieira.

A diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão, Dayane Clock Luiz, elogiou a persistência da turma. Dos 25 alunos que iniciaram o curso, em agosto deste ano, 19 concluíram as aulas semanais. “Vocês são um exemplo de permanência e êxito para o IFSC. É uma experiência que temos orgulho em compartilhar com os outros câmpus”, elogiou.

“Este curso gratuito foi, para muitos de nós, uma verdadeira porta de entrada para um novo mundo. Uma oportunidade que, talvez, jamais imaginássemos ter. A gratuidade do curso foi um gesto de inclusão, de acolhimento, e nos deu a chance de aprender sem as barreiras financeiras que, muitas vezes, limitam o acesso ao conhecimento”, reforçou Paulo Roberto, de 65 anos.

Produtor de banana e aipim na comunidade de Rio da Prata, Paulo começou o curso achando que dominava o celular. Além de conhecer novas utilidades para o celular, o agricultor aprendeu a trabalhar com o computador. Agora, ele conta que não depende mais do filho para imprimir nota oficial eletrônica e passar orçamento para os clientes. Em nome da turma, ele aproveitou para pedir a continuidade do curso, no nível avançado. “Que possamos continuar a trilhar esse caminho de conhecimento e crescimento, sempre buscando mais, e nunca parando de aprender.”

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