Professor e estudantes de Design constroem cadeira com resíduos da indústria de botões

EXTENSÃO Data de Publicação: 10 jul 2024 23:30 Data de Atualização: 11 jul 2024 00:31

Um projeto de extensão desenvolvido no curso de graduação em Design do Câmpus Florianópolis do IFSC ajudou a aproveitar resíduos da indústria de botões no protótipo de uma “cadeira girafa”, um tipo de banco de três pés com encosto em formato de “T” criado em 1986 por arquitetos e designers brasileiros (Lina Bo Bardi, Marcelo Ferraz e Marcelo Suzuki).

A atividade foi desenvolvida no Laboratório de Modelagem do curso de Design, onde resíduos polímeros termofixos da indústria de botões foram transformados no protótipo da cadeira girafa, desenvolvida em parceria com a 4FeedStock, empresa de Florianópolis especializada em no reaproveitamento de resíduos em novos produtos. O assento é praticamente todo feito de material reaproveitado: 95% da sua composição são resíduos dos botões e os outros 5% são resinas.

​​​​​O protótipo foi entregue à 4FeedStock e uma segunda unidade será produzida para ficar no Laboratório de Modelagem. Participaram da produção o professor Ulisses Filemon Leite Caetano e os estudantes Leonardo Rodrigues Portillo e Maria Luiza Pádua Flores, do curso de Design.

A iniciativa está dentro de um projeto de extensão que tem como objetivo principal criar um espaço colaborativo de trabalho no curso de Design e visa proporcionar aos estudantes a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos no curso na prática da elaboração de mobiliários e práticas de marcenaria. Também busca promover intercâmbio cultural com marcenarias e profissionais da área em Santa Catarina. Os estudantes devem realizar a concepção e construção do espaço colaborativo, considerando aspectos funcionais, ergonômicos e estéticos, para proporcionar um ambiente adequado e inspirador para a elaboração de mobiliário autoral e práticas de marcenaria.

O projeto vai usar a metodologia de "Design Thinking". Esta abordagem centrada no usuário permite  aos participantes uma imersão profunda no processo de criação, desde a identificação das necessidades até a prototipagem de mobiliários. Entre os resultados esperados, estão: o desenvolvimento de móveis autorais que poderão ter seu desenho industrial registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi); participação em concursos nacionais de design e em feiras e eventos para exposição das peças produzidas; e registro das atividades por meio de artigos científicos, contribuindo para a disseminação do conhecimento gerado pelo projeto.
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