Representantes do Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas do governo de Moçambique conhecem infraestrutura do Câmpus Itajaí

ESPECIAL Data de Publicação: 07 jun 2023 15:47 Data de Atualização: 07 jun 2023 15:50

No último dia 31 de maio, o administrador executivo do Fundo ProAzul, Mateus Tembe, e a diretora do Instituto Geral de Pesca e Agricultura, Paula Afonso, órgãos vinculados ao Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas do governo de Moçambique estiveram no Câmpus Itajaí para conhecer a infraestrutura dos cursos de recursos naturais e de formação de pescadores. Eles estavam no Brasil à convite da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e do Ministério da Pesca. A partir da visita ao IFSC, a proposta é de assinatura de um memorando de intenções para uma futura cooperação técnica.

“Em Moçambique temos dois mil quilômetros de linha costeira e queremos explorar melhorar esses recursos ao mesmo tempo em que precisamos reduzir a pressão sobre os recursos naturais.  Hoje o setor de pesca e da aquicultura representa 2,3%  do PIB de Moçambique e a nossa proposta é chegar em 2030 com este setor representando 5% do PIB. Além do IFSC, visitamos também a Epagri e a UFSC em Santa Catarina e ficamos muito interessados no cultivo de ostras, em Moçambique a maricultura é feita de forma artesanal e pudemos verificar aqui o potencial desse setor inclusive para garantir a segurança alimentar. Esse é um caso muito interessante em que a ciência desempenha um papel fundamental para garantir a produção ao mesmo tempo em que reduz a pressão pelos recursos naturais”, avalia o administrador executivo do Fundo ProAzul. 

Além de conhecerem os laboratórios da área de recursos naturais do Câmpus Itajaí, os representantes do governo de Moçambique também estiveram no barco-escola “Aprendendo com o mar” e visitaram unidades de processamento de pescado em Itajaí. “Uma área que enxergamos com muito potencial em Moçambique é a de processamento e comercialização de pescado. Em Moçambique, os peixes costumam ser consumidos frescos ou secos e não temos fábricas de conserva, o que permitiria, por exemplo, que tivéssemos pescados o ano inteiro. No Câmpus Itajaí, conhecemos um pouco do trabalho desenvolvido no beneficiamento de pescados e eu vejo que esta seria uma área onde poderíamos trabalhar juntos”, avalia a diretora do Instituto Geral de Pesca e Agricultura de Moçambique.

 

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