Projeto de extensão do Câmpus Palhoça Bilíngue capacita indígenas em tradução e interpetação de língua de sinais

EXTENSÃO Data de Publicação: 04 jul 2024 14:25 Data de Atualização: 04 jul 2024 16:40

O Câmpus Palhoça Bilíngue formou, por meio do projeto de extensão, 65 indígenas de diversos povos e etnias de todo o Brasil em Tradução e Interpretação das Línguas Indígenas de Sinais (LIS). O curso foi realizado a distância. A iniciativa foi pioneira no país na área de tradução e interpretação das LIS, de acordo com a professora Saionara Figueiredo Santos, que coordenou o projeto.

O curso teve como proponente os professores indígenas David Kaique Rodrigues (do povo ou etnia Pataxó Hãhãhãe e egresso do Câmpus Palhoça Bilíngue), Alessandro Inhape (Kambeba) e Bruno Henrique (Pankararu). Em sua pesquisa de mestrado, David Kaique mapeou tradutores-intérpretes indígenas que atuam ou são formados em Libras e em Línguas Indígenas de Sinais (LIS) no país inteiro.

“Com esse número e contatos, pensamos num curso que atendesse a necessidade formativa desses colegas e parentes. Dessa forma, pensamos no curso que contemplasse a Tradução e Interpretação nesse contexto específico, para povos indígenas”, conta Saionara.

O curso foi dividido em seis módulos, cada um com avaliação específica. Para estudantes que vivem em povos muito distantes e de difícil acesso à internet, foram aceitas avaliações enviadas pelo aplicativo de mensagens WhatsApp.

“A verdade é que fizemos muitas adaptações para que o curso pudesse acontecer, principalmente pelo público alvo. É um público variado, muito morando em povoados, então flexibilizamos as avaliações e a participação de todos”, explica a professora.

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